Goleiros do Brasil em Copas: de 1970 a 1994 – Parte 2 | OneFootball

Goleiros do Brasil em Copas: de 1970 a 1994 – Parte 2 | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: Jogada10

Jogada10

·25 de abril de 2025

Goleiros do Brasil em Copas: de 1970 a 1994 – Parte 2

Imagen del artículo:Goleiros do Brasil em Copas: de 1970 a 1994 – Parte 2

Dando continuidade à nossa homenagem pelo Dia do Goleiro, celebrado no Brasil em 26 de abril, o Jogada10 apresenta a segunda parte da série especial. Trata-se da lista completa de todos os goleiros que defenderam a Seleção Brasileira nas Copas do Mundo.

Neste capítulo, o foco vai dos anos de ouro da geração tricampeã de 1970, passando por transições e mudanças táticas nas décadas de 80 e 90, até a consagração do tetracampeonato em 1994.


OneFootball Videos


A seguir, veja quem foram os arqueiros convocados entre 1970 e 1994, suas histórias, clubes e legados no futebol brasileiro.

Copa de 1970  – México (Tricampeonato)

Félix (Fluminense) Ado (Corinthians) Leão (Palmeiras)

Imagen del artículo:Goleiros do Brasil em Copas: de 1970 a 1994 – Parte 2

Félix foi o titular na campanha do Tri, no México. Ado e Leão, seus reservas – Fotos: Arquivo Fluminense, Acervo Corinthians e Public Domain / commons.wikimedia.org

Félix, embora questionado, foi o titular absoluto na campanha do tricampeonato da Seleção no México e fez defesas importantes. Leão e Ado foram reservas e não jogaram na competição. Leão ainda voltaria a disputar outras três Copas.

Félix iniciou sua carreira em São Paulo, defendendo o Nacional Juvenil e ganhou sucesso na Portuguesa, onde atuou entre 1963 e 1968, quando passou a defender o Fluminense, onde encerrou a carreira em 1978 com muito sucesso, ganhando quatro Cariocas neste período. Chegou a tentar a carreira de treinador, mas com pouco sucesso. Morreu em 2012, aos 74 anos.

O catarinense Ado começou no Londrina-PR, clube que defendeu entre 1964 e 1968, quando seguiu para o Corinthians, jogando no Timão até 1973. Passou por vários outros clubes. Enfim, encerrou a carreira em 1981. Nascido em 1946, Ado tem hoje 78 anos.

Copa de 1974  – Alemanha

Leão (Palmeiras) Wendell (Botafogo) Waldir Peres (São Paulo)

Imagen del artículo:Goleiros do Brasil em Copas: de 1970 a 1994 – Parte 2

Goleiro Emerson Leão em treino da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1974 – Rob Mieremet/Anefo/Wikimedia Commons

Leão foi o titular nos sete jogos e teve boas atuações, mesmo com o Brasil ficando em quarto lugar. Wendell e Valdir Peres foram reservas. Valdir Peres seria convocado para mais duas Copas.

Leão é um dos maiores goleiros de todos os tempos do futebol brasileiro, presente em qualquer lista dos Top 10. Começou no Comercial-SP e brilhou defendendo o Palmeiras (1969/78 e 1984/86, 617 jogos), Vasco (1978/80) e Grêmio (1980/83). Na Seleção foram 105 jogos, sendo um dos jogadores com mais participações e grandes atuações.

Encerrou a carreira em 1987 no Sport, começando neste clube uma vitoriosa carreira como treinador, com passagem pela Seleção e títulos brasileiros pelo Sport (o contestado caneco que o Flamengo também se considera campeão, em 1987) e Santos. Deixou a carreira em 2012 e atualmente é visto como comentarista esportivo em vários programas. Tem 75 anos.

Wendell começou a carreira e se destacou no Santa Cruz (1968/69), Botafogo (1971/1977) e teve sucesso também no Fluminense (1977/1979), encerrando a carreira no Ferroviário-CE em 1986. Embora tenha ido à Copa, defendeu pouco a Seleção, apenas três jogos entre 1973 e 1974. Morreu em 2022 aos 74 anos.

Copa de 1978 – Argentina

Leão (Palmeiras) Carlos (Ponte Preta) Waldir Peres (São Paulo)

Leão novamente foi o titular em sua terceira Copa. O Brasil terminou invicto, mas ficou em terceiro lugar, e o goleiro que qubrou o recorde de minutos sem tomar gol em Copas,  foi considerado o melhor da competição. Carlos e Valdir foram os suplentes e não jogaram nenhum minuto. Esta foi a primeira Copa de Carlos (iria ser convocado para outros dois Mundiais) e a segunda de Waldir Peres (que voltaria em 1982).

Copa de 1982 – Espanha

Waldir Peres (São Paulo) Carlos (Ponte Preta) Paulo Sérgio (Botafogo)

Imagen del artículo:Goleiros do Brasil em Copas: de 1970 a 1994 – Parte 2

Waldir Peres, titular do São Paulo e da Seleção Brasleira na Copa de 1982. Foto: Facebook São Paulo FC

Valdir Peres foi titular em todos os jogos, numa convocação em que a surpresa foi a ausência de Leão, titular em 1974 e 78, e que estava voando na época. A Seleção encantou o mundo, mas acabou eliminada pela Itália em um dos jogos mais marcantes da história das Copas. Paulo Sérgio e Carlos foram reservas e não jogaram nenhum minuto.

Valdir Peres começou na Ponte Preta, onde ganhou muito destaque entre 1968 e 1973, quando foi contratado pelo São Paulo, onde ficou até 1984 e teve carreira de destaque, sendo herói nos pênaltis no Brasileiro de 1977. Na Seleção, depois de duas vezes reserva (74 e 78), foi titular de uma das maiores equipes da história, mas que caiu nas quartas de final para a Itália. Seu último clube foi onde começou, a Ponte, em 1988. Depois, virou treinador, passando por inúmeras equipes, mas todas pequenas, sem repetir o sucesso como jogador. Como técnico, parou em 2013. Morreu em 2022, de infarto, aos 66 anos.

Copa de 1986 – México

Carlos (Corinthians) Paulo Victor (Fluminense) Leão (Palmeiras)

Imagen del artículo:Goleiros do Brasil em Copas: de 1970 a 1994 – Parte 2

Carlos, Paulo Victor e Leão, os goleiros do Brasil no Munidal do México em 1986. Carlos foi o titular – Fotos: Acervo Corinthians, Reprodução e Arquivo Histórico do Palmeiras

O então corintiano Carlos, em sua terceira Copa,  foi o titular na Copa do México. O Brasil foi eliminado pela França nos pênaltis, nas quartas de final. Esta foi a terceira Copa do goleiro Carlos, reserva nas duas anteriores, em 1978 e 1982. Paulo Victor e Leão foram reservas e não jogaram nenhuma partida. O Brasil caiu nos pênaltis para a França, nas quartas

Carlos teve uma carreira incrível na Ponte Preta, onde é o maior goleiro da história da Macaca, jogando pelo clube entre 1975 e 1983 (a fase áurea da equipe) com 437 jogos. Entre 1983 e 1987 defendeu também com extremo sucesso o Corinthians. Passou por vários outros clubes de ponta (como Palmeiras e Atlético Mineiro) e encerrou a carreira em 1993 com uma breve passagem pela Portuguesa. Pela Seleção, disputou 44 jogos entre 1975 e 1983. Passou a trabalhar como treinador de goleiros. Tem 60 anos e segue no mundo do futebol como auxiliar técnico.

Copa de 1990 – Itália

Taffarel (Internacional) Acácio (Vasco) Zé Carlos (Flamengo)

Imagen del artículo:Goleiros do Brasil em Copas: de 1970 a 1994 – Parte 2

Taffarel foi titular pela primeira vez em Copas. Acácio e Zé Carlos, seus resevas em 1990 – Reprodução

Taffarel estreou em Copas como titular, jogando todas as quatro partidas (o Brasil foi eliminado pela Argentina nas oitavas de final, no icônico gol de Caniggia com passe de Maradona). Acácio e Zé Carlos foram os reservas e não jogaram nenhum minuto.

Taffarel carrega o status de maior goleiro do futebol brasileiro ao lado de Gilmar dos Santos Neves, bicampeão em 1958 e 1962. Esta foi a sua primeira de três Copas, todas elas como titular, e que teve como ápices o título de 1994, nos pênaltis e com o goleiro defendendo uma cobrança, de Massaro, e em 1998, quando fechou o gol na semifinal contra a Holanda na campanha do vice na França. Foram 104 jogos entre 1988 e 2008.

Começou a carreira no Internacional em 1985 e logo já ganhou status de um dos melhores do país. Ficou no Inter até 1990, quando seguiu para a Itália, jogando no Parma e no Reggiana. De volta ao Brasil, agarrou pelo Atlético-MG. Mas até voltar à Europa, onde defendeu o Galatasaray e mais uma vez o Parma. No clube italiano encerrou a carreira em 2003. Passou a ser treinador de goleiros, muito reconhecido, e hoje está nesta função na Seleção Brasileira.

Acácio e Zé Carlos

Acácio começou no Americano, de Campos-RJ, e seguiu para o Serrano, de Petrópolis, quando, em 1982, foi contratado pelo Vasco. No Cruz-Maltino, se tornou um grande ídolo, jogando de 1982 a 1991, com 485 partidas e muitos títulos, o principal, o Brasileiro de 1989. Depois de defender dois times portugueses (Tirsense e Beira-Mar), voltou ao Brasil para encerrar a carreira no Madureira, em 1995. Tentou a carreira de treinador, mas sem grande sucesso. Está com 66 anos.

Zé Carlos começou no Flamengo. Mas logo foi emprestado no início da carreira para ganhar experiência e, de volta ao Fla, jogou de 1984 a 1991, quando passou a ser um cigano, defendendo oito times (e mais uma vez o Fla por uma temporada), até encerrar a carreira em 2000, no Tubarão-SC. Chegou a ser diretor de futebol no início dos anos 2000. Morreu em 2009, com 47 anos, por causa de um câncer no abdômen.

Copa de 1994 – Estados Unidos (tetracampeonato)

Taffarel (Parma-ITA) Zetti (São Paulo) Gilmar (Flamengo)

Taffarel foi o herói dos pênaltis na final contra a Itália, defendendo uma cobrança de Massaro, e um dos símbolos da conquista do tetracampeonato mundial. Gilmar e Zetti foram os reservas e não jogaram nenhum minuto. Taffarel teve o seu reduto consolidado desde a Copa de 1990.

Imagen del artículo:Goleiros do Brasil em Copas: de 1970 a 1994 – Parte 2

Além de Taffarel, Zetti e Gilmar Rinaldi fizeram parte do elenco tetracampeão mundial – Reprodução

Zetti foi o primeiro reserva na hierarquia do treinador Carlos Alberto Parreira. Começou a carreira em 1983 no Palmeiras, sempre com grandes atuações. Mas uma grave lesão (quebrou a perna em choque com Bebeto, então no Flamengo) o tirou dos gramados por quase um ano. Ao voltar, virou reserva de Velloso e foi para o Santos e, depois, para o São Paulo, onde voltou a realizar grandes jogos, a ponto de ser convocado para a Copa de 1994. No Tricolor Paulista, ficou de 1990 a 1997. Depois, passou por Santos, Fluminense, União Barbarense e encerrou a carreira em 2001 no Sport. Virou treinador, mas em 2009, após passagem pelo Paraná Clube, largou a carreira. Hoje, tem 50 anos e é comentarista esportivo.

Conclusão – Parte 2: a consolidação dos grandes goleiros brasileiros De Félix a Taffarel, o Brasil viu o surgimento de grandes nomes, com perfis diferentes, mas todos fundamentais para a história da Seleção nas Copas. Este período marcou a evolução da posição no país, com goleiros mais técnicos, ágeis e preparados para o protagonismo.

Siga nosso conteúdo nas redes sociais: BlueskyThreads,  TwitterInstagram e Facebook.

Ver detalles de la publicación