Zerozero
·5 July 2025
Só o apito final para tornar tudo Real

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·5 July 2025
A bem ou a mal, a última vaga nas meias do Mundial de Clubes seria sempre do Real... O gigante de Madrid voltou a reagir bem ao calor norte-americano e deu mais um passo seguro em direção às decisões com um triunfo por 3-2 sobre o Borussia Dortmund.
Mais do que os galáticos, que tantas vezes escrevem a história das vitórias blancas, desta vez foi a prata da casa, ainda sem garantias de futuro no plantel, que aproximou a equipa do ouro. A reação chegou tarde, mas a sua força foi inquestionável e por muito pouco não vimos o jogo a ir a prolongamento com os alemães em vantagem numérica. Foram três golos nos descontos!
Com este triunfo, o Real marca encontro de titãs com o PSG nas meias-finais desta prova internacional. Esse duelo será jogado na quarta-feira, um dia depois do confronto entre Palmeiras e Chelsea.
No reencontro entre velhos conhecidos, que já se defrontaram numa fase inicial da temporada (5-2) e até na final da Liga dos Campeões do ano passado (2-0), foi o favorito que levou esse estatuto da esfera teórica ao plano prático com uma exibição dominante em Nova Jérsia.
E o domínio teve tradução para o marcador! Não através dos galáticos nem das superestrelas, mas sim dos dois nomes mais humildes no lado espanhol da ficha de jogo. Os Garcías, podemos assim dizer.
Primeiro marcou Gonzalo, o García que tem aproveitado a ausência de Mbappé para se anunciar ao mundo e garantir, com golos, uma vaga no plantel de Xabi Alonso. Será ele, ponta de lança de 21 anos formado nos merengues, uma espécie de novo Joselu? Não sabemos, mas a forma como ataca a bola para fazer o 1-0 aos 10 minutos, após cruzamento de Güler, vale - senão um lugar no plantel a longo prazo - a liderança na lista de melhores marcadores deste Mundial, em igualdade com Di María e Marcos Leonardo.
Depois, Francisco. Ou Fran García. Também ele tem aproveitado esta nova competição para se impor e parece justificar cada vez mais o lugar que ocupa no plantel do Real Madrid, com a necessidade da contratação de Álvaro Carreras a decrescer lentamente. O esquerdino de 25 anos fez o 2-0 aos 20 minutos, após uma boa incursão interior de Alexander-Arnold, o outro lateral.
A vantagem dupla numa fase precoce do jogo, aliada ao domínio sobre o adversário, gerou uma série de «olés» nas bancadas de um estádio pintado quase exclusivamente de branco. O Dortmund precisava de evitar a humilhação e a verdade é que consguiu colocar algum gelo no jogo, ainda que as maiores chances tenham sido, ainda assim, de Jude Bellingham (o irmão Jobe falhou o jogo por suspensão) e de Vinícius Júnior.
Foi ao intervalo que Nico Kovac fez mudanças maiores na sua equipa, numa tentativa de reentrar na discussão do jogo. A tripla alteração tornou-o mais dividido, com Maximilian Beier em particular a entrar bem e a tentar levar os alemães para a frente. Quando conseguiu fazê-lo, ainda assim, Courtois esteve sempre presente.
Foi só nos descontos que o marcador voltou a mexer e certamente ninguém esperava que o fizesse tantas vezes! Beier conseguiu marcar com uma fantástica finalização aos 90+3, mas uma resposta acrobática de Mbappé ao cruzamento de Güler, um minuto depois, foi duro golpe para a formação amarela.
Com 3-1 a segundos do fim, tudo parecia resolvido, ainda que o duelo dos quartos reservasse mais história! O reforço Huijsen agarrou Serhou Guirassy no interior da área, foi expulso, e o ponta de lança do Dortmund converteu o penálti resultante (também ele chega aos quatro golos). Houve uma última chance, mas Courtois voou para evitar que Sabitzer levasse o jogo a prolongamento. Só o apito final travou a loucura.