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·01 de julho de 2024

Venezuela faz história com experiência e geração de Ouro

Imagem do artigo:Venezuela faz história com experiência e geração de Ouro

A goleada sobre a Jamaica foi mais uma demonstração de força. Pela primeira vez na história, a Venezuela venceu três partidas em uma campanha de Copa América, e em apenas três jogos, com 100% de aproveitamento. O maior feito até aqui de um grupo que mistura nomes experientes e de sucesso internacional, como Salomón Rondón, e a "Geração de Ouro" vice-campeã sub-20 em 2017.

Sem grandes tradições no futebol, sem sequer gerações capazes de fazer sucesso efêmero ao longo da história, a Vinotinto foi tratada por longa temporada como uma espécie de "saco de pancadas" no continente. Uma percepção que vem mudando aos poucos no século, mas que apenas agora parece ter entregado um resultado realmente expressivo.


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A melhor campanha da Venezuela em Copas Américas foi em 2011. A seleção terminou em quarto lugar. No entanto, não foi com o brilho da campanha atual. Na época, a equipe venceu apenas duas partidas em toda a jornada, e acabou eliminada pelo Paraguai, perdendo depois a disputa pelo terceiro lugar por goleada, de 4 a 1, contra o Peru.

Em 20 participações na Copa América, a Venezuela nunca havia vencido três partidas. Em 13 delas, sequer venceu uma. Apenas por duas vezes atingiu duas vitórias, ambas na década passada, em 2011 e 2016.

Os seis gols marcados na fase de grupos já colocam o ataque venezuelano atrás apenas do de 2011 e de 1967, quando a seleção anotou sete gols. A média, no entanto, é superior.

Mistura de gerações explica sucesso na Venezuela

Há alguns motivos para a surpreendente campanha venezuelana. Um deles é a fragilidade do grupo: a tradicional seleção mexicana vive momento delicado, uma espécie de entressafra de gerações. A Jamaica, apesar da aposta em nomes da Premier League, era um rival mais que acessível, restando o Equador como principal oponente. Enner Valencia, expulso ainda no primeiro tempo no confronto entre as partes, facilitou a vida da Vinotinto.

A sorte no chaveamento não explica tudo. A Venezuela do passado provavelmente sofreria diante dos mesmos rivais. Há uma evolução clara no futebol venezuelano, que passa por jogadores cada vez mais experientes em níveis competitivos mais altos. Entre os 26 convocados, apenas um atua no próprio país. Seis estão em atividade no Brasil, nove na Europa (embora a maioria em clubes de pouco destaque no continente), e ainda com atletas na Argentina, Estados Unidos e México.

Autor de dois gols até aqui, Salomón Rondón continua a ser uma referência na Venezuela. O atacante, de 34 anos, esteve na campanha de 2011 e fez parte de outra geração de grandes expectativas no futebol local. Assim como Tomás Rincón, de 36 anos. Além da dupla, o goleiro Rafael Romo, de 34 anos, formam uma espinha dorsal com experiência em alto nível na Europa, em especial os dois primeiros.

Aos veteranos se somam outras gerações. Uma delas a mais famosa, vice-campeã mundial sub-20 em 2017. Cinco atletas daquela campanha, que terminou apenas com derrota apertada, de 1 a 0, para a Inglaterra na final, seguem com a equipe. Yangel Herrera, capitão daquela campanha, é um dos pilares da equipe principal hoje. Graterol, Ferraresi (do São Paulo), Makoun e Soteldo (do Grêmio) são os outros integrantes daquele time e que defendem a Vinotinto na Copa América.

O próximo desafio da Venezuela será contra o Canadá, nas quartas de final. Em preparação para a Copa do Mundo de 2026, em que será uma das sedes, os canadenses também tem uma geração com nomes promissores. A vitória já garantiria ao menos igualar a presença na semifinal de 2011. No entanto, mais importante que isso para a Venezuela é a consolidação de um time, capaz de, pela primeira vez na história, colocar o país em uma copa do Mundo.

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