
Gazeta Esportiva.com
·08 de maio de 2025
STF nega afastamento de Ednaldo da CBF, mas pede apuração sobre alegações de fraude

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·08 de maio de 2025
Nesta quarta-feira, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), considerando a solicitação “incabível”. Contudo, solicitou apuração imediata das alegações de supostos vícios de consentimento relacionados a um dos signatários do acordo firmado entre a CBF, cinco dirigentes da entidade e a Federação Mineira de Futebol (FMF).
O pedido de afastamento de Ednaldo foi feito pela deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ), sob a suspeita de uma suposta falsificação da assinatura de Coronel Nunes no acordo homologado pelo STF ainda neste ano, que legitimou a eleição de Ednaldo Rodrigues em 2022.
A decisão de Gilmar Mendes determina que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) “adote as medidas necessárias para apurar a possível ausência de capacidade cognitiva e suposta assinatura não fidedigna” de Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes.
“Não havia, à época, quaisquer elementos nos autos que levassem à compreensão ou sequer suspeitas de ocorrência de simulação, fraude ou incapacidade civil dos envolvidos”, afirmou Gilmar Mendes na decisão.
O ministro ponderou, porém, que manifestações posteriormente enviadas ao STF noticiam “graves suspeitas de vícios de consentimento, capazes de comprometer o acordo homologado em 21 de fevereiro” e, por isso, as alegações devem ser analisadas no âmbito da Ação Civil Pública (ACP) que originou o acordo, no TJ-RJ.
Ednaldo Rodrigues foi reeleito por aclamação na Assembleia Geral da CBF em março deste ano. O novo mandato do presidente se inicia em março de 2026 e tem duração até 2030.
Após o posicionamento do STF, a CBF se manifestou e disse que “a decisão reafirma a lisura da atual gestão, que já foi aprovada em 3 turnos: na eleição de 2022, na vitória sobre a tentativa de golpe em 2024 e na reeleição ocorrida há pouco mais de um mês, com apoio maciço e histórico de todas as 27 federações estaduais e dos 40 clubes das Séries A e B”.
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu com serenidade a decisão do Supremo Tribunal Federal de negar peremptoriamente, por absoluta falta de substância e legitimidade, os pedidos de afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues encaminhados àquela Corte nos últimos dias.
A decisão reafirma a lisura da atual gestão, que já foi aprovada em 3 turnos: na eleição de 2022, na vitória sobre a tentativa de golpe em 2024 e na reeleição ocorrida há pouco mais de um mês, com apoio maciço e histórico de todas as 27 federações estaduais e dos 40 clubes das Séries A e B.
A CBF confia plenamente na Justiça brasileira e tem certeza de que todas as mentiras perpetradas por opositores da atual gestão, empenhados numa campanha claramente orquestrada, serão derrubadas.
A CBF reforça que está totalmente à disposição das autoridades competentes para esclarecer quaisquer dúvidas e clama pela celeridade nas apurações, para que possamos enfim superar o trauma dos derrotados na eleição de 2022 e focar no que mais importa: o desenvolvimento do futebol brasileiro, com as melhores práticas de gestão e governança, trabalho incansável da atual gestão e que resultou no recém-anunciado recorde de investimento em fomento ao futebol, saltando de 42% para mais de 70% de toda receita da instituição em 2024”.