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·20 de agosto de 2020
Seleção norueguesa e sua fama nos anos 90

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Coisa de menina ou não, o futebol feminino sempre foi levado muito a sério na Noruega. Prova disso é o sucesso do esquadrão europeu nos primórdios da profissionalização da modalidade na década de 1990. Dessa forma, o futebol masculino norueguês não é tão relevante assim, e passa despercebido no cenário europeu. Por outro lado, a Seleção Feminina é digna de uma pesquisa no Google, tendo em vista todo o histórico e contribuição para o sucesso da modalidade. Portanto a coluna Rainhas da Bola desta semana tem como protagonista o talentoso plantel, que triunfou com a contribuição de grandes nomes como Gro Espeslth, Bente Nordby e Hege Riise.
Quando a Federação Internacional de Futebol (FIFA) criou a Copa do Mundo de Futebol Feminino, em 1991, a Noruega já contava com um plantel de qualidade para entrar na competição e brigar por título.
Dessa forma, no 1º mundial sediado na China, as norueguesas começaram brilhando e apontando para o início de uma era marcante no futebol feminino. Embora tenha ficado com o vice-campeonato daquela edição (a seleção estadunidense foi a campeã),o plantel norueguês fez uma das melhores campanhas.
Assim, um dos destaques do torneio, Linda Medalen, faturou Bola e Chuteira de Bronze para seu país. Posteriormente, dois anos mais tarde, a talentosa seleção conquistou a Eurocopa Feminina.
A seleção norueguesa tentou, mas não conseguiu o título de campeã mundial em 1991. Todavia, o bom desempenho do esquadrão norueguês foi recompensado no 2º mundial, na Suécia. Com grande prestígio, essa foi uma das campanhas mais celebradas no futebol feminino.
A saber, na 1ª fase da competição, a Noruega dividiu o grupo B com Inglaterra, Canadá e Nigéria. Na ocasião, venceu todas as partidas e passou para as quartas de final em primeiro lugar. Além disso, a maior goleada da 1ª fase, que também foi a maior do time na edição, foi 8 x 0 diante da Nigéria.
Na sequência, já nas quartas de final, as norueguesas encararam a Dinamarca. Aplicaram um 3 X 1, e triunfantes seguiram para o próximo confronto. Nas semifinais, o esquadrão viajou no tempo e reviveu a final do primeiro mundial, contra o Estados Unidos.
Contudo, quatro anos depois, o desfecho da história foi diferente. Dessa forma, marcando um único gol, o time europeu deixou as americanas para trás e avançou para a grande final. Finalmente, o confronto para alcançar a glória foi diante da Alemanha, outro destaque da competição. E como estava escrito, com dois gols, a Seleção Norueguesa chegou ao topo do mundo.
O auge do futebol feminino norueguês contou com a imensa contribuição de atletas consagradas, que mudaram para sempre o cenário. Para começar, a craque que comandou o campeonato inédito de 1995, Ann-Kristin Arrones. Artilheira do mundial com seis gols marcados, Arrones triunfou junto com sua seleção e aproveitou para apresentar seu talento ao mundo.
Entre as estrelas da Noruega, Hege Riise é outro talento que merece ser citado. Pois, Riise é de longe a maior estrela da seleção norueguesa na década de ouro. Assim, a jogadora foi a vice-artilheira do mundial de 1995, com cinco gols anotados nas cinco partidas que disputou. Também a Bola de Ouro da edição. Além disso, foi eleito futebolista do ano na Noruega, interrompendo um longo reinado masculino.
Bola de Prata em 1995, Gro Espeslth é mais uma das estrelas escandinavas. Capitã na grande final, a principal característica de Gro era a marcação forte, que impedia a passagem das adversárias. Bente Nordby, célebre goleiro, que está entre as melhores arqueiras de todos os tempos, indispensável para o sucesso do esquadrão escandinavo.
Engana-se quem pensa que o sucesso do time das escandinavas se esvaiu depois da conquista da Copa. Afinal, na sequência, o plantel imparável continuou perseguindo a glória futebolística. Sempre triunfante e com bom futebol, as norueguesas ficaram com o bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Posteriormente, faturaram o 4º lugar na Copa do Mundo realizada nos Estados Unidos em 1999. Além disso, nas Olimpíadas de Sidney em 2000, a Noruega triunfou novamente com a conquista do Ouro Olímpico daquela edição.
Foto Destaque: Reprodução/FIFA