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Luiz Signor·29 de novembro de 2020

Por onde andam os sobreviventes e quem não viajou com a Chape?

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O destino quis que alguns jogadores não viajassem junto com a delegação que nunca chegou ao seu destino. São muita as histórias dos atletas e hoje ex-atletas que não embarcaram com a Chapecoense para a final da Sul-Americana de 2016.

Exatos 11 jogadores estavam no elenco principal do Verdão do Oeste, mas não embarcaram por diversos motivos. Ou estava lesionados ou não estavam inscritos no torneio.


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Já três dos 22 jogadores relacionados para o jogo contra o Atlético Nacional renasceram. Casos de Alan Ruschel, Neto e Follmann, os únicos atletas resgatados com vida. Este domingo (29) marca os quatro anos da tragédia.

A lista de sobreviventes da tragédia ainda contou com a comissária Ximena Suárez, o jornalista Rafael Henzel e o técnico de voo Erwin Tumiri.

Henzel morreu em 27 de março do ano passado, vítima de um infarto enquanto jogava uma pelada. Tinha 45 anos.


Alan Ruschel

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Um dos maiores exemplos de superação no esporte. O lateral/meia estava cedido pelo Internacional, vinha atuando pouco, mas foi titular contra o Palmeiras – o último jogo antes do acidente.

Ele entrou em campo 252  dias depois da tragédia para encarar o Barcelona pelo Troféu Joan Gamper – 60 dias depois do acidente já corria.

Sua primeira partida oficial foi em 13 de setembro do mesmo ano, quando encarou o Flamengo pela Sul-Americana.

Assinou em definitivo com a Chape em 2018, teve passagem pelo Goiás por empréstimo e é um dos líderes do elenco atual do time catarinense.


Neto e Follmann

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O zagueiro era titular absoluto da Chape na época – 21 jogos e um gol.

A recuperação do acidente foi longa. Ele voltou a treinar, mas decidiu se aposentar no dia 13 de dezembro do ano passado.

Neto foi o último sobrevivente a ser resgatado e acabou vencido pelas dores em sua luta para atuar novamente.

Só entrou em campo em um jogo beneficente. Se tornou atuante na defesa dos familiares das vítimas da tragédia.

Cria do Juventude, Follmann chegou ao Grêmio no mesmo pacote de Bressan, Alex Telles e Ramiro.

Sem chances no Tricolor, passou por Linense e URT antes de chegar à Chape. Tinha apenas um jogo pelo clube catarinense.

A perna direita precisou ser amputada, encerrando sua carreira no futebol.

Virou embaixador do clube – tem contrato até fevereiro de 2021. Investiu na carreira musical após vencer o “Popstar” e já lançou música. Tem planos de fazer shows pelo país no ano que vem.


Nivaldo

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Alguns dos atletas que não viajaram eram ídolos históricos do clube.

Caso do hoje ex-goleiro Nivaldo, que defendia o clube desde 2006 e pelo qual fez 298 jogos.

Ele virou reserva naquela temporada e não entrou em campo.

Nivaldo seria relacionado para o jogo contra o Palmeiras no dia 27 de novembro. Mas houve mudança na logística da viagem e ele ficou em Chapecó, já que a delegação não voltou a Santa Catarina antes de embarcar para a Colômbia.

Sua despedida pela Chape passou, então, para o duelo contra o Atlético-MG. Que não aconteceu.

Anunciou a aposentadoria após a tragédia e passou a integrar o departamento de futebol. Acabou demitido em maio do ano passado.


Marcelo Boeck

Tinha sido emprestado pelo Sporting à Chapecoense. Fez 11 jogos na temporada, mas perdeu espaço para Danilo e nem entrou em campo pela Sul-Americana.

A sua convocação para o jogo na Colômbia chegou a ser cogitada, mas apenas Danilo e Follmann viajaram.

Já tinha recebido proposta do Fortaleza antes da tragédia. Virou ídolo no clube cearense a partir de 2017, sendo um dos grandes responsáveis pelos dois acessos seguidos do clube.


Hyoran

Revelação da base da Chape, já estava negociado com o Palmeiras e só não viajou por estar lesionado na época.

Hoje está no Atlético-MG por empréstimo.


Martinuccio

Vice-campeão da Libertadores de 2011 com o Peñarol, não brilhou como era esperado depois. Também estava lesionado, mas já não vinha atuando muito – foram somente dez jogos em 2016.

Renovou para o ano da reconstrução, mas saiu após quatro jogos. Hoje defende o Boston River, do Uruguai.


Neném

O meia era outro símbolo do clube. Chegou em 2009, teve passagem pelo Joinville em 2010 e ficou no clube até 2018.

Não estava entre os mais cotados pela comissão técnica. Foram apenas nove jogos em 2016. Aos 38 anos, defendeu o Concórdia no Catarinense.


Rafael Lima

O zagueiro era capitão da Chape, mas perdeu espaço no time titular. Atuava ocasionalmente e chegou a ser relacionado nos dois jogos contra o Independiente.

Foi para o América-MG em 2017, passou pelo Coritiba e, hoje, está no Paraná.


Lucas Mineiro

Contratação para aquela temporada, o volante tinha entrado em campo somente três vezes. Seguiu no clube até 2018 e passou pelo Vasco. Defende o Gil Vicente, de Portugal.


Cláudio Winck

O lateral-direito estava emprestado pelo Internacional, mas sem ter sequência. Voltou ao Colorado para 2017. Defendeu o Vasco e, hoje, está no Marítimo, de Portugal.


Moisés Ribeiro

O volante ainda faz parte do elenco da Chape, mas sem atuar com frequência. Chegou ao clube para aquela temporada – estava no Japão.


Lourency

Contratado ainda para o sub-20 da Chape, entrou em campo nas duas partidas contra o Independiente. Ficou no clube, foi emprestado para Vila Nova e Brasil de Pelotas e está no Gil Vicente desde 2019.


Demerson

Foram apenas quatro jogos na temporada. Deixou o clube para atuar na Ásia. Está na Malásia após ter jogado na Indonésia.

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Foto destaque: Alex Caparros/Getty Images