Pia Sundhage analisa Índia e reverencia Formiga: ‘Ela é o futebol femi | OneFootball

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·24 de novembro de 2021

Pia Sundhage analisa Índia e reverencia Formiga: ‘Ela é o futebol femi

Imagem do artigo:Pia Sundhage analisa Índia e reverencia Formiga: ‘Ela é o futebol femi

A treinadora Pia Sundhage esteve em campo como atleta na derrota da Suécia para o Brasil por 1x0 na Copa do Mundo de 1995. Naquela partida, havia no banco uma jovem de 17 anos que fazia sua estreia com a camisa da Seleção Brasileira. Era Formiga, que passaria os próximos 26 dedicando-se à Canarinho. Personagem de um dos primeiros e do último capítulo da meia com a Amarelinha, a treinadora reverenciou um dos maiores nomes da história da equipe que dirige.

“A Formiga é o futebol feminino. São tantos anos numa Seleção tão boa quanto o Brasil, é incrível que ela tenha jogado tantas Olimpíadas. Eu a vi jogar em clubes de diferentes países e eu tenho muito orgulho de ter tido a oportunidade de conviver com uma jogadora tão boa quanto ela, um grande exemplo, e de ser sua treinadora em sua última partida pela Seleção. O clima ao redor dela nesse momento é especial”, definiu.


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Pia sabe que, para a torcida brasileira, é difícil imaginar o meio de campo da Seleção sem sua referência. Na coletiva de imprensa que concedeu nesta quarta-feira, a técnica comentou seus planos para o meio-campo e o estilo de jogo da Canarinho.

“Todos estão acostumados a ouvir o nome da Formiga toda vez que o Brasil está jogando. Ela fez muitos grandes jogos e significa demais para a Seleção. Acho que é muito cedo para falar sobre quem pode substituí-la, porque ela está na Seleção há muito tempo. Precisamos encontrar uma nova maneira de jogar, porque não existe outra Formiga ainda. Por isso, eu gostaria de falar não somente sobre uma única jogadora no meio de campo. Você citou Luana e Angelina, duas grandes jogadoras, mas não esqueça que jogamos com quatro no meio de campo. Algumas vezes, podemos jogar com três também. É sobre o conjunto e sobre como a equipe vai jogar”, disse Pia, detalhando o que espera de suas convocadas.

“Para a combinação de meias, e das meias com o ataque, eu quero achar jogadoras diversas, com características distintas, que tragam a melhor performance umas das outras. E é isso que estamos fazendo, tentando conectá-las um pouco melhor, porque desta forma elas conseguirão jogar melhor tanto pelo meio quanto pelas pontas”, disse.

A treinadora também comentou o momento de renovação da Seleção. A ideia é dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela comissão técnica até aqui, no qual a manutenção da posse de bola e a compactação defensiva são pontos-chave do estilo de jogo das Guerreiras do Brasil.

“Sim, é verdade, estamos tentando encontrar meias que sejam boas defensiva e ofensivamente. Estamos focando no meio de campo, mudando o ponto de ataque, aplicando a mentalidade de ficar com a bola e procurando jogadoras mais jovens. Algumas já chegam quase prontas, outras precisam ser mais lapidadas, mas isso é normal quando você trabalha com a juventude numa seleção. Espero que tenhamos mais jogadoras assim, porque é bom quando temos um grupo de atletas brigando pela vaga, e eu estou muito satisfeita com o que estamos vendo das jogadoras mais jovens”, elogiou.

Uma delas é Gabi Nunes, de 24 anos. Em ótima fase, ela volta à Seleção após quatro anos, período em que teve de se recuperar de duas graves lesões no joelho. Hoje no Madrid C.F.F., a atacante colecionou recordes vestindo a camisa do Corinthians e é a maior artilheira da história do Brasileirão Feminino.

“Eu observei bastante a Gabi Nunes no Brasil e depois que ela foi para a Europa. É interessante ver como ela lê o jogo. A gente testa jogadoras diferentes, acho que é importante não trazer sempre o mesmo tipo de atleta com as mesmas características. Agora, chega uma atacante que é uma grande artilheira, muito boa no jogo aéreo, e acho que será legal ver como ela se sai na Seleção”, avaliou.

A treinadora também falou sobre a Índia, o primeiro adversário do Brasil no Torneio Internacional de Manaus. Será o primeiro confronto da história entre as duas seleções. Mas há algo de familiar para Pia no duelo: o treinador da equipe asiática é Thomas Dennerby, seu compatriota.

“Eu nunca enfrentei a Índia antes, mas conheço bem seu treinador. Já trabalhei com ele, já o enfrentei como treinadora, e o engraçado é que minha auxiliar Lilie Persson trabalhou para ele por 10, 12 anos na Federação Sueca. Estou orgulhosa de poder competir com ele. Elas não jogaram tantas partidas, e o Brasil vai poder enfrentá-las, acredito que pela primeira vez. É o começo de um novo projeto na Índia, claro, e por isso é difícil de saber o que esperar. Assistimos aos jogos delas, claro, mas temos que ver. Será bem interessante”, concluiu.

Brasil e Índia se enfrentam nesta quinta-feira, às 22h (horário de Brasília), na Arena da Amazônia. A partida será transmitida pelo SporTV.

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