Loucura total: O Augsburg bem que tentou, mas o Dortmund preponderou num insano 4×3 no Signal Iduna Park | OneFootball

Loucura total: O Augsburg bem que tentou, mas o Dortmund preponderou num insano 4×3 no Signal Iduna Park | OneFootball

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Trivela

·22 de janeiro de 2023

Loucura total: O Augsburg bem que tentou, mas o Dortmund preponderou num insano 4×3 no Signal Iduna Park

Imagem do artigo:Loucura total: O Augsburg bem que tentou, mas o Dortmund preponderou num insano 4×3 no Signal Iduna Park

Não é de hoje que o Borussia Dortmund possui uma das equipes mais desequilibradas da Europa. Sobram recursos no ataque, enquanto a defesa não se cansa de entregar o ouro. E a retomada do clube na Bundesliga viu essa máxima ser levada ao extremo, numa partida eletrizante no Signal Iduna Park. O BVB quis entregar a paçoca para o Augsburg várias vezes, mas o talento ofensivo prevaleceu para o emocionante triunfo por 4 a 3 – que poderia ter um placar ainda maior. Apesar dos pesares, seria uma senhora exibição ofensiva da equipe de Edin Terzic, com 27 finalizações, 10 delas no alvo. Jude Bellingham brilhou, mas as entradas dos garotos Jamie Bynoe-Gittens e Giovanni Reyna também ajudaram demais.

Apesar da expectativa pela estreia de Sébastien Haller no Borussia Dortmund, quem começou a partida no comando de ataque foi Youssoufa Moukoko, motivado pela recente renovação de contrato. Além disso, Julian Ryerson estreava na lateral direita, após chegar do Union Berlim.


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A partida começou com intensidade dos aurinegros, com uma finalização de Moukoko sem direção aos dois minutos. Não bastasse a pressão dos adversários, o Augsburg ainda perdeu por lesão Ruben Vargas logo aos 12. O sinal de que o time seguia com recursos seria dado por Ermedin Demirovic, ao acertar o travessão numa cabeçada. Ainda assim, o controle estava com o BVB. Ryerson aparecia bastante no apoio e a equipe da casa tinha bastante volume ofensivo, apesar da falta de precisão na conclusão das jogadas. Rafal Gikiewicz realizou defesas seguras, até que o gol finalmente viesse aos 29. Jude Bellingham foi brilhante no lance, ao iniciá-lo e aparecer para a conclusão na entrada da área. Chamou o marcador para dançar e bateu de média distância, pegando Gikiewicz desprevenido.

O placar fazia justiça ao domínio do Borussia Dortmund e a equipe não baixou o ritmo. Continuou mais perigosa na sequência, com o segundo não saindo por um triz em cabeçada de Mats Hummels aos 36. Isso até que a defesa começasse a entregar e a loucura tomasse conta do Signal Iduna Park. O empate do Augsburg surgiu aos 40. Numa bola em que Nico Schlotterbeck saiu jogando errado na lateral, o Augsburg aproveitou o rombo aberto para a trama rápida. Dion Drena Beljo passou para Arne Maier no corredor, o meia invadiu a área e finalizou rasteiro, nas redes.

Schlotterbeck se redimiu aos 42, ao anotar o segundo gol do Borussia Dortmund, numa falta cobrada por Julian Brandt que o zagueiro desviou. O BVB aproveitava bem as bolas paradas e mais uma vez se aproximou das redes com Hummels. O veterano parou em Gikiewicz, antes de mandar a sobra para fora. O problema era cumprir a missão na defesa aurinegra. Aos 46, em novo cochilo dos adversários, o Augsburg voltou a igualar o placar. Num contra-ataque, Demirovic recebeu por entre os zagueiros e partiu com espaço, dando um leve toque por cima do goleiro Gregor Köbel. Não dava para piscar.

O segundo tempo começou mais truncado, sem o ritmo forte da primeira etapa. O Augsburg até conseguia incomodar mais, mas os erros de Demirovic na conclusão eram um problema. O Dortmund demorou a ameaçar e recorreu à estreia de Haller, aos 17 minutos, no lugar de Moukoko. Logo os dois times acionariam mais o banco. E isso seria fundamental ao novo lapso de insanidade. Primeiro com o gol Jamie Bynoe-Gittens, aos 30 minutos, cinco depois de entrar. Acionado por Schlotterbeck, o garoto fez uma grande jogada individual, ao abrir da esquerda para o centro. Chutou de fora da área, em bola rasteira que saiu do alcance de Gikiewicz. No entanto, a festa pela vantagem não durou tanto.

O novo empate do Augsburg aconteceu um minuto depois, com a participação de dois estreantes que vieram do banco, Kelvin Yeboah e David Colina. Numa roubada de bola dos bávaros, a troca de passes aconteceu com facilidade. Yeboah acertou a trave e, no rebote, Colina conferiu. Ao menos o Dortmund conseguiu recuperar a dianteira nessa montanha-russa, dois minutos depois, aos 33. O quarto gol foi cortesia de Gio Reyna, mais um que entrou no decorrer do segundo tempo. Foi uma pintura do americano, aliás. Depois do lançamento de Schlotterbeck, Bellingham deu uma casquinha. Reyna dominou quicando a bola, no bico da grande área, e acertou o chute com ela ainda no alto, num movimento que fez o chute cair por cima de Gikiewicz.

Ainda restavam cerca de 15 minutos no relógio e, claro, a trocação não cessaria com isso. Os minutos finais seguiram de tirar o fôlego. O Borussia Dortmund tinha bem mais presença ofensiva e velocidade com seus garotos. As infiltrações na área eram constantes, para tentar resolver a parada, mas a defesa do Augsburg conseguia travar. Reyna e Bynoe-Gittens eram muito participativos. Do outro lado, o Augsburg ainda dependia de só uma bola e Demirovic teve uma chance de ouro na entrada da área, aos 44, mas isolou. O quinto tento do BVB era mais provável, mas não saiu por milagre quando a zaga afastou em cima da linha uma batida de Raphaël Guerreiro nos acréscimos.

A rodada favoreceu o Borussia Dortmund, mas a equipe ainda não entrou no G-4 da Bundesliga. Os aurinegros aparecem na sexta colocação, com 28 pontos. Ficam com um ponto a menos que o RB Leipzig e dois a menos que Eintracht Frankfurt, Union Berlim e Freiburg. O BVB vinha de duas derrotas antes da pausa para a Copa do Mundo. Já o Augsburg atravessa uma sequência péssima, na oitava rodada sem ganhar. Os bávaros precisam se cuidar com 15 pontos, no 15° lugar, fora da zona de playoffs do rebaixamento apenas por causa do saldo de gols.


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