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·29 de abril de 2022

Ligas Europeias esperam que Uefa desista de dar duas vagas na Champions League por coeficiente

Imagem do artigo:Ligas Europeias esperam que Uefa desista de dar duas vagas na Champions League por coeficiente

A Associação de Ligas Europeias espera que a Uefa desista da ideia de dar duas vagas na Champions League por coeficiente, em proposta que tem sido discutida para a competição a partir de 2024. A proposta apresentada indica que dois clubes que não estejam classificados, mas tenham ficado em posição imediatamente inferior aos classificados, e que tenham bom ranking, ganhem vaga na principal competição de clubes da Europa.

A proposta da Uefa foi apresentada em uma assembleia geral da Associação de Clubes Europeus (ECA) em Viena, em março. O coeficiente calcula o desempenho do clube em competições europeias nos últimos cinco anos, sem levar em conta o desempenho doméstico. A crítica é que esta seria uma forma de criar uma rede de segurança para salvar clubes ricos e poderosos que tenham ficado fora da competição em uma temporada.


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Para a Associação de Ligas Europeias, essas duas vagas extras na Champions League deveriam ser dadas a dois campeões nacionais de ligas que não recebem, atualmente, uma vaga direta na fase de grupos. Assim, essas vagas iriam para as duas primeiras federações nacionais sem vagas diretas.

A questão será decidida junto com outras questões da mudança de formato, como a mudança de seis atualmente para 10 datas da fase de grupos. A reunião do Comitê Executivo da Uefa no dia 10 de maio, em Viena, será responsável por decidir essas mudanças, aprovando ou rejeitando.

Apesar da proposta da Uefa ter sido apresentada na reunião da ECA, o grupo das Ligas Europeias foi encorajado no último ano pelo presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, a pronunciamentos públicos e o apoio da confederação a uma petição de torcedores chamada “Conquiste no campo”, que foi feita no começo deste mês.

“Temos um bom diálogo com a Uefa sobre isso e achamos que iremos encontrar um denominador comum a respeito”, afirmou Claus Thomsen, presidente do conselho de administração das Ligas Europeias, em Instambul, nesta sexta.

“Levantar essas questões não são contrárias à Uefa. É justo dizer que nossa expectativa é que a Uefa também tenha a posição do mérito esportivo estar no centro das competições europeias e domésticas”, continuou Thomsen.

“Estamos ouvindo cuidadosamente ao presidente [da Uefa] ao longo do último ano, desde que ele comentou sobre e respondeu firmemente ao surgimento da Superliga. Além disso, mais recentemente, quando ele esteve em Londres e esteve em um evento [Financial Times Business of Football Summit] e foi muito claro onde essas vagas deveriam ficar. Nós contamos com a sua responsabilidade e o fato que irá tomar, junto com o Comitê Executivo, uma decisão sábia e boa alinhada com nossa posição também”, afirmou Jacco Swart, diretor-gerente das Ligas Europeias.

No evento citado por Swart, Ceferin falou sobre o assunto. “Estamos discutindo como abordar o projeto. Serão mais vagas para ligas menores e, para ser honesto, de médio porte”. Para Swart, se a proposta for levada a votação e todos os clubes tiverem direito a voto, a proposta de vaga por coeficiente não será aprovada. Ele ainda informou que o Comitê de Competições de Clubes da Uefa irá se reunir virtualmente no dia 10 de maio, antes da reunião do Comitê Executivo. Normalmente, as decisões do Comitê de Competições de Clubes são validadas pelo Comitê Executivo da Uefa.

Thomsen estima que “oito em cada dez” vezes a Premier League seria beneficiada pelas duas vagas por coeficiente e, por isso, não vê que haja interesses diretos dos membros do Comitê de Competições de Clubes fora da Inglaterra votarem a favor da proposta.

Por fim, Thomson ainda desacreditou completamente a ideia de uma Superliga vingar. “A Superliga é uma ideia extremamente ruim, não acho que ela vá decolar nunca”, disse. “Não acho que as ligas domésticas irão aceitar o impacto em suas competições. Há fatos simples como o calendário. Não sei quando a Superliga irá jogar, mas não é algo que qualquer liga irá acomodar”.

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