Façanha da Cremonese foi o ponto alto das quartas de final da Coppa Italia | OneFootball

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Calciopédia

·03 de fevereiro de 2023

Façanha da Cremonese foi o ponto alto das quartas de final da Coppa Italia

Imagem do artigo:Façanha da Cremonese foi o ponto alto das quartas de final da Coppa Italia

A Coppa Italia costuma ser criticada por não possibilitar muitas surpresas, devido a seu formato conservador. José Mourinho, técnico da Roma, vocalizou isso há algumas semanas, inclusive. No entanto, a edição 2022-23 do torneio fugiu do script e terá azarões nas semifinais. Um deles é a Cremonese, lanterna da Serie A, que, ironicamente, achou de derrubar justamente a equipe treinada pelo português nas quartas de final.

A Cremo, que já havia conseguido outra façanha ao superar o Napoli nas oitavas, enfrentará a Fiorentina na próxima fase da Coppa. A Viola também não era cotada para chegar tão longe na competição, mas se beneficiou da eliminação precoce do Milan e, nesta semana, bateu o Torino. Do outro lado da chave não tivemos surpresas: Inter e Juventus passaram por Atalanta e Lazio, respectivamente, e protagonizarão um Derby d’Italia nas semifinais.


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Os jogos de ida da próxima fase da Coppa Italia acontecem nos dias 4 e 5 de abril, enquanto as partidas de volta serão realizadas em 25 e 26 do mesmo mês. Para ir esquentando as turbinas, confira a nossa análise dos confrontos das quartas.

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Roma 1-2 Cremonese

No Olímpico, tivemos casa cheia para o jogo entre Roma e Cremonese. Grande surpresa da competição, após eliminar o Napoli, virtual campeão italiano, a equipe de Davide Ballardini tinha outra dura missão pela frente, encarando toda a atmosfera na capital. Já a Loba via a Coppa como grande chance de título na temporada, já que o seu caminho na chave havia sido facilitado pelas quedas de Milan e Napoli. Não é de se espantar, portanto, que a torcida giallorossa tenha ficado furiosa após o apito final.

Assim como fez Luciano Spalletti na rodada anterior, Mourinho optou por poupar jogadores e entrou com uma equipe mista, sem Dybala e Abraham. Na zaga, Kumbulla, que vinha de boas partidas, ganhou uma chance no onze inicial, mas não correspondeu – muito pelo contrário.

Após um começo de jogo arrastado, com a Roma tendo muita dificuldade para transpor o bloco defensivo dos visitantes, Kumbulla recebeu a bola sozinho no círculo central, mas perdeu a concentração, deixou a pelota escapar e viu Dessers a roubar. O nigeriano disparou em direção ao gol, até ser derrubado por Rui Patrício: pênalti marcado e convertido pelo próprio atacante.

Já na volta do intervalo, Mourinho realizou quatro substituições, trocando Kumbulla, Mancini, Volpato e Cristante por Smalling, Matic, Zalewski e Dybala – além de passar do 3-4-2-1 para o 4-2-3-1. Só que antes mesmo de a Roma conseguiu demonstrar uma mudança em sua postura, a Cremonese aprontou novamente. Um chutão do goleiro Sarr terminou com Okereke deixando Ibañez na saudade, após um escorregão. O ponta nigeriano entrou na área, cruzou e Çelik jogou contra a própria meta.

Depois do 2 a 0, Mourinho lançou Abraham no time, atuando quase que num 4-2-4 com Dybala, El Shaarawy e Belotti no ataque, ao lado do inglês. A Loba foi para o abafa, cruzou muitas bolas na área e teve suas chances. Na melhor delas, Tammy perdeu uma oportunidade clara para descontar. Já nos acréscimos, Belotti balançou as redes, mas não havia tempo para mais nada.

Mourinho acabou subestimando o perigo da partida e os erros individuais custaram a classificação e a chance do décimo título de Coppa Italia para a Roma. Já a Cremonese conseguiu a sua terceira vitória na temporada – todas pela competição de mata-mata – e, pela segunda vez na história, é semifinalista da copa. Mesmo sem triunfos na Serie A, onde segura a lanterna, a equipe grigiorossa vai encarar a Fiorentina por uma vaga na grande decisão.

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Dominante, a Inter não deu sopa para o azar contra a Atalanta (Getty)

Inter 1-0 Atalanta

Contra a Atalanta, a dupla Lu-La, formada por Lukaku e Lautaro, voltou a iniciar uma partida pela Inter – o que não ocorria havia cinco meses. A equipe de Milão também teve novidade na defesa, já que Darmian novamente foi titular na linha de beques: Skriniar, que tem pré-contrato assinado com o Paris Saint-Germain, nem foi relacionado para a partida. Pela Dea, Gian Piero Gasperini optou por começar com Zapata e Pasalic no ataque, ao lado de Boga. Lookman, autor de oito gols em 2023, ficou no banco.

O jogo começou em ritmo arrastado e as duas equipes buscando estabelecer o seu estilo ofensivo. A Atalanta tentava ataques mais longos, com muita participação de Boga como articulador, e a Inter procurava jogo direto, sempre com Lukaku ou Lautaro servindo de alvo para facilitar tabelas e a infiltração dos meias.

A Atalanta não conseguia criar profundidade no seu jogo e, do outro lado, a Inter aproveitava para estabelecer ataques rápidos, trabalhando muito com as arrancadas de Çalhanoglu e Barella. No entanto, faltou capricho na hora do último passe e da finalização. Aos 40 minutos, Darmian roubou a bola no meio-campo e tocou para o articulador turco, que conduziu e arrematou com a perna esquerda, mandando na trave. No derradeiro lance do primeiro tempo, Zapata, sozinho, perdeu uma chance claríssima de responder para a Dea – que não cresceu após a oportunidade desperdiçada.

Na volta para o segundo tempo, a Inter aumentou a pressão, criando chances em bola parada e também em cruzamentos laterais. Contudo, num contra-ataque, novamente a Dea conseguiu chegar com muito perigo. Após levantamento pelo lado direito, Onana saiu mal do gol e a pelota sobrou na medida para Maehle, que perdeu a oportunidade de abrir o placar.

Os primeiros 20 minutos do segundo tempo foram de enorme intensidade. Logo após a chance perdida pela Atalanta, Gosens cruzou a bola na cabeça de Lukaku e Musso impediu o gol. Na sequência, uma linda jogada coletiva da Inter terminou com Lautaro fazendo o pivô e Darmian aparecendo como elemento surpresa, para finalizar em diagonal e, de perna esquerda, abrir o placar para a Inter.

Já com Lookman e Hojlund em campo, a Atalanta buscou aumentar o seu volume ofensivo, trabalhando muito com a parede do atacante dinamarquês para a chegada de seus meias – e, assim, criou boas chances. A Inter também teve o contra-ataque a sua disposição e levou perigo à meta defendida por Musso, mas a partida terminou mesmo com o placar magrinho e a ida da Beneamata às semifinais pela terceira temporada seguida.

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Autor do gol que levou a Juventus às semifinais, Bremer almeja deixar a sua má fase no passado (Getty)

Juventus 1-0 Lazio

Fechando as quartas de final, a Juventus recebeu a Lazio, em Turim. As duas equipes haviam feito jogos ruins na última rodada da Serie A e precisavam deixar os pontos perdidos no passado. Era hora de focar apenas na grande chance de título da temporada.

O jogo começou com um bom ritmo de ambos os lados e com as duas equipes conseguindo suas melhores oportunidades em lances de transição rápida. Antes dos 10 minutos, um Kostic bastante acionado criou a primeira chance, encontrando Cuadrado no flanco contrário. Já a Lazio baseou suas articulações pelo centro do campo, com a condução dos seus meias. Sua oportunidade inicial saiu aos 18, quando Zaccagni recebeu de Cataldi, driblou o marcador e finalizou com perigo.

O jogo foi seguindo e a Juventus sempre criando pelo lado esquerdo. Kostic achou Vlahovic no comando do ataque e Maximiano fez boa defesa. Pouco tempo depois, foi a vez de Rabiot aparecer como elemento surpresa e cabecear na pequena área, após bom cruzamento do ala sérvio. O gol saiu aos 44, após o próprio camisa 17 levantar na área e Bremer surgir como centroavante, aproveitando a saída equivocada do  arqueiro da Lazio.

O segundo tempo não teve a mesma intensidade da primeira etapa. Embora precisasse buscar o empate, a Lazio não teve volume ofensivo e pouco conseguiu ameaçar a meta da Juventus: nas únicas oportunidades digna de nota, o fez em uma bola parada com Milinkovic-Savic, uma finalização de Marusic na entrada da área e alguns cruzamentos perigosos. A Juventus teve o contra-ataque a sua disposição, principalmente com Cuadrado e Kean, mas não foi capaz de aumentar a vantagem e avançou pelo placar mínimo.

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Fiorentina e Torino só marcaram gols no segundo tempo (Getty)

Fiorentina 2-1 Torino

Em Florença, a Fiorentina recebeu o Torino e o cenário do confronto ficou bem desenhado desde o primeiro minuto de partida. Os donos da casa tinham a bola e buscavam empurrar a linha de defesa visitante, trocando muitos passes até encontrar a possibilidade de finalizar. Já os grenás se sentiam muito confortáveis em defender com bastante gente em seu próprio campo, explorando roubos de posse para contra-atacar.

Logo no começo da partida, Vlasic descolou um passe para Sanabria, que disparou e cruzou na medida para Ricci finalizar para a defesa de Terracciano. Pouco tempo depois, foi a vez de a Fiorentina responder em uma cobrança de falta de Terzic: sozinho na pequena área, Barák não conseguiu concluir.

Com o passar do tempo, a Fiorentina se impôs e levou mais perigo ao sistema defensivo do Torino. Aos 18, Barák foi até a linha de fundo e cruzou buscando o centro da área; a zaga afastou e Mandragora pegou de primeira, acertando a trave defendida por Milinkovic-Savic. O Toro incomodou em um ou outro lance, como numa cabeçada de Sanabria, que obrigou Terracciano a trabalhar. Mas, no geral, tivemos uma etapa de muito controle e superioridade da Viola.

As duas equipes voltaram sem mudanças para a segunda etapa e o cenário do jogo também não se modificou. Pela Fiorentina, Kouamé, Jovic e Bonaventura perderam chances nos primeiros minutos do tempo complementar. Aos 65, porém, finalmente saiu o gol: Terzic chegou até a linha de fundo e descolou um lindo cruzamento para Jovic, que testou pro fundo da rede e abriu o placar.

Depois do gol sofrido, Ivan Juric olhou para seu banco de reservas e não viu muitas opções. Aina e o recém-chegado Ilic já tinham entrado e sobrou Karamoh como opção de velocidade. O atacante entrou bem, mas as melhores chances foram da Fiorentina, no contra-ataque. Aos 89, a Viola buscou a ligação direta com Arthur Cabral, a zaga grená se atrapalhou e Ikoné marcou o segundo.

Já nos acréscimos, a defesa dos donos da casa também bateu cabeça e Karamoh usou toda sua velocidade para descontar, mas já não havia tempo para muita coisa. Vitória da Fiorentina, que garantiu sua vaga na semifinal.

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