Zerozero
·11 de fevereiro de 2024
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·11 de fevereiro de 2024
O Vitória esteve muito perto de vencer o campeão, mas Arthur Cabral decidiu no último minuto. O Vitória empatou a dois, em casa, diante do Benfica numa partida marcada pela chuva forte, relvado degradado e intensidade alta, marcada pelos intervenientes. Tiago Silva inaugurou o marcador de grande penalidade, mas Rafa empatou perto do intervalo. André Silva voltou a colocar os vitorianos na frente, mas em cima do minuto final, Arthur Cabral cabeceou para resgatar um ponto. Jota e Di Maria foram figuras principais num relvado difícil à prática do desporto rei. Destacaram-se os que se adaptaram às condições.
Schmidt surpreendeu ao entrar sem uma referência ofensiva, apesar do bom momento de Arthur Cabral. Rafa foi o escolhido para a posição mais adiantada do ataque, possivelmente para trazer mais dinamismo diante de uma equipa que se tem mostrado capaz de anular avançados mais possantes (Gyokeres que o diga). O Vitória manteve o onze base, entrando apenas Charles para o lugar do lesionado Varela.
No relvado pesado do D.Afonso Henriques, foram os da casa a entrar melhor e colocar em alerta os campeões nacionais. Desde o primeiro minuto, Jota - com a sua disponibilidade característica - deu trabalho a Trubin, seguido de alguns cruzamentos sucessivos. O Benfica respondeu, maioritariamente através de lances de bola parada e cruzamentos, mas o trio defensivo dos conquistadores ia sendo uma verdadeira muralha no jogo aéreo. Do lado das águias, num primeiro momento, Aursnes surgiu como médio direito, com Di Maria a jogar como segundo avançado. Por vezes, organizou-se num 4-3-3, com João Mário mais por dentro, Rafa pela esquerda e o argentino como avançado.
Sem grandes condições para se jogar um jogo apoiado, as equipas investiam muito nos esquemas táticos para criar perigo, partindo depois por vezes o jogo depois desses momentos (mais os encarnados). Kokçu tentou de livre direto, Charles respondeu a grande altura. Depois, Nuno Santos, na sequência de uma transição, obrigou o guardião ucraniano a uma enorme defesa, mas o golo vitoriano surgiu na sequência do lance. Novo canto, confusão na área e Tomás Ribeiro acaba carregado por Kokçu. Tiago Silva, na cobrança, foi irrepreensível.
Nem o Benfica deitou a toalha ao chão, nem a chuva deu tréguas aos intervenientes. Após o golo vitoriano, recomeçou novamente o ascendente benfiquista. Di Maria já havia aberto o livro antes, mas na fase de aperto folheou-o de trás para a frente. Primeiro, avisou com uma arrancada já característica pela direita, mas acabou interrompida já dentro da área, e logo de seguida assistiu magistosamente Rafa para o empate. Três dedos na bola, que ultrapassou toda a defesa vimaranense e deixou Rafa à mercê do golo, e o português não desperdiçou.
Até ao fim do primeiro tempo, Tomás Ribeiro e Nuno Santos ainda assustaram, mas o resultado manteve-se empatado.
Roger não gostou do que viu no primeiro tempo e lançou poderio fisico com Arthur Cabral e Florentino, em detrimento de João Mário e Koçku. A presença ofensiva do Benfica sentiu-se desde cedo e a equipa conquistou terreno ao Vitória, qual D.Afonso Henriques. Cantos, livres e um jogo mais direto, mas a defesa caseira dizia presente a todas as bolas que poderiam dar perigo.
É aqui que entra o Inferno Branco. Um golo anulado a Jota Silva galvanizou o público e a equipa, que assumiu as rédeas do jogo. Às costas de Jota, a equipa cresceu e criou perigo no imediato. O extremo partiu para cima e obrigou Trubin a intervir novamente. De seguida, após uma excelente jogada coletiva, Jota (sempre ele) deu o golo a André Silva, que finalizou com maestria levando o público ao delírio.
A emoção teimava em não terminar e, apenas quatro minutos depois do Vitória se adiantar, uma infantilidade de Borevkovic deixou a sua equipa a jogar com dez elementos. Álvaro alterou, colocou Manu Silva na defesa e deixou a equipa com menos um homem no ataque, algo que não tirou acutilância aos seus comandados. Apesar do Benfica, a espaços, ir criando, os de Guimarães estiveram muito perto do 3-1. Jota isolou-se e o pé esquerdo de Trubin salvou o Benfica de nova hecatombe.
Nos últimos minutos, pareceu haver repetição do final do primeiro tempo. Di Maria pegou novamente na batuta e fez a diferença absoluta na partida. Novamente desde a direita - o seu habitat natural - cruzou teleguiado para a cabeça de Arthur Cabral, que cabeceou para o quarto golo nos últimos quatro jogos. Impressionante a forma do brasileiro, que parecia outro jogador no inicio da temporada.
Não houve tempo para mais, e o Benfica deixa fugir o Sporting na liderança, enquanto o Vitória igualou o Braga na barreira dos 40 pontos.