
Gazeta Esportiva.com
·16 de maio de 2025
Documento assinado por 19 federações pede renovação na CBF

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·16 de maio de 2025
Um manifesto assinado por 19 federações de futebol do Brasil na noite desta quinta-feira solicitou a “estabilidade, renovação e descentralização do futebol brasileiro”. O ato ocorre pouco depois da decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) pela destituição de Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
O documento tem a aprovação das federações de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Ceará, Sergipe, Rondônia, Paraná, Pará, Roraima, Amazonas, Acre, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A posição é um golpe importante contra Ednaldo Rodrigues, mostrando a perda de uma base de apoio para o dirigente, que tenta retornar ao cargo através de uma ação no STF.
Não compactuaram com a posição das 19 federações os dirigentes de São Paulo, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Tocantins, Amapá e Mato Grosso.
“MANIFESTO PELA ESTABILIDADE, RENOVAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO. 15 DE MAIO DE 2025.
O futebol brasileiro vive um momento decisivo. É urgente enfrentar desafios estruturais que há anos limitam o potencial do nosso futebol. Precisamos de um calendário equilibrado, arbitragem profissionalizada, gramados de qualidade, segurança nos estádios e competições fortalecidas.
Para que isso aconteça, é fundamental garantir estabilidade institucional à CBF. Precisamos virar a atual página de judicialização e instabilidade que há mais de uma década compromete o bom funcionamento da entidade e o avanço do futebol brasileiro. É também momento de resgatar a autonomia interna da CBF, hoje sufocada por uma estrutura excessivamente centralizada e desconectada das instâncias que compõem o ecossistema do futebol nacional.
Além da estabilidade, o cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência — e também precisa voltar a ser a casa de todos que constroem o futebol brasileiro, com um ambiente saudável, inspirador e descentralizado, em que cada um possa contribuir ativamente para a melhoria do esporte que constitui verdadeiro patrimônio nacional.
Unidos com esse propósito, assumimos o compromisso de construir uma candidatura à Presidência e Vice-Presidências da CBF comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos. Queremos uma CBF forte, querida por dentro, admirada por fora — e novamente amada por todos que fazem do futebol a alma do nosso país.”