Jogada10
·16 de maio de 2025
CBF convoca eleição presidencial para véspera da chegada de Ancelotti

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·16 de maio de 2025
Com pressa após afastamento de Ednaldo Rodrigues, a CBF confirmou, nesta sexta-feira (16), que a próxima eleição para presidente será no dia 25 de maio, um domingo. A data, aliás, é véspera da chegada do técnico Carlo Ancelotti ao Brasil. O anúncio foi feito em ofício pelo interventor nomeado pela Justiça, Fernando Sarney.
A publicação do edital já será feita a partir deste sábado (17). Além disso, o registro das chapas será entre domingo (18) e terça-feira (20).
Ancelotti chega ao Brasil na segunda-feira (26), já para convocar pela primeira vez a Seleção Brasileira para os jogos contra Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias para Copa do Mundo. Sarney, aliás, garante que o contrato com o italiano está preservado.
Segundo a convocação, a regra eleitoral para registro mínimo de candidatura volta a ser aquela que antecede reformas estatutárias recentes da CBF. A cláusula mínima para registro de candidatura, então, fica em oito federações e cinco clubes.
Em março, Ednaldo foi reeleito por mais quatro anos à frente da CBF. Apesar disso, viu a oposição a ele crescer nas últimas semanas, principalmente após vazamento de documentos e ações na Justiça.
Dessa maneira, Gabriel de Oliveira Zéfiro, desembargador responsável pelo caso, decretou nulo o acordo assinado pelo Coronel Nunes e outros dirigentes da CBF, mesmo sem a confirmação se houve a falsificação da assinatura. O magistrado relatou que fez isso “em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários”.
No último dia 4 de maio, a perita em documentoscopia, Jacqueline Tirotti, concluiu que “as assinaturas questionadas divergem do punho periciado do vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima”. Assim, há uma suposta falsificação neste processo. Isso gerou um pedido de Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, para anular esse acordo que referendou eleição de Ednaldo.
Nesta semana, a deputada federal Daniela do Waguinho (União), que ocupou o cargo de ministra do Turismo no governo Lula, protocolou uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando o afastamento imediato do dirigente.
Na última quarta-feira (7), o ministro Gilmar Mendes, do STF, decidiu não afastar Ednaldo. Ele argumenta que há “falta de legitimidade dos requerentes para atuar em ação de controle concentrado”. Porém, o magistrado entendeu que os documentos anexados “trazem notícias e graves suspeitas de vícios de consentimento capazes de macular o negócio jurídico entabulado”. Por isso, encaminhou o caso ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.