FNV Sports
·26 de julho de 2021
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Victor Hugo Aristizábal Pousada foi, sem dúvida, um dos melhores atacantes colombianos no futebol mundial. Até hoje é lembrado pela sua carreira vitoriosa nos clubes em que jogou. Além disso, participou de uma das melhores gerações da seleção do seu país. Sua fama e habilidade no futebol superaram os limites territoriais da sua nação de origem, pois o atacante jogou em alguns clubes brasileiros e até hoje recebe o carinho de muitos torcedores no Brasil. A coluna Colômbia Dourada vai mostrar neste artigo a carreira vitoriosa do atacante no Brasil.
A trajetória de Aristizábal em clubes do Brasil teve início no ano de 1996. Nessa temporada, o atacante veio ao nosso país para defender as cores do Tricolor, que gastou cerca de 1,2 milhões de dólares para ter o jogador no elenco. A estreia Aristigol pelo São Paulo aconteceu no dia 8 de agosto, pela 1ª rodada do Brasileirão em um jogo contra a Portuguesa. No entanto, só conseguiu balançar as redes pela primeira vez oito dias depois, pela final da Copa Ouro de 1996, em jogo contra o Flamengo. Nesta partida, o Tricolor perdeu por 3 x 1, no estádio Vivaldo Lima, em Manaus.
O primeiro e único título do jogador pelo São Paulo só ocorreu em 1998, ano em que o São Paulo venceu o Corinthians na final do Paulistão. Contudo, durante aquele ano, deixou o clube da capital paulista no dia 8 de agosto e foi emprestado para o Santos. Em sua passagem pelo clube do Morumbi foi muito importante para o time, mas não conseguiu repetir o mesmo desempenho brilhante que teve no Atlético Nacional. Ele disputou 79 jogos pelo São Paulo, venceu 33 partidas e marcou 36 gols.
A estreia do colombiano no elenco do time da Baixada Santista ocorreu no dia 11 de agosto de 1998. O jogador chegou ao clube como status de uma das peças mais importantes no elenco para a restante da temporada. A princípio, fez excelentes partidas no Peixe, mas novamente não teve o rendimento que se esperava. Isso se agravou após a lesão que o fez ficar seis meses fora dos gramados. Devido a longa recuperação, Ari só voltou a jogar em 1999, mas encontrou o elenco definido que o fez perder a posição no clube.
Entretanto, Aristizábal participou do elenco que foi campeão da Copa Conmebol de 1998. Além disso, ele chegou a participar de alguns amistosos fora do país pelo clube, contra Barcelona, Atlético de Madrid e Ajax. No time recebeu poucas oportunidades do treinador e não conseguiu manter seu espaço. Portanto, o colombiano acabou dispensado do elenco. Em suma, o jogador disputou 23 partidas e marcou apenas três gols em sua trajetória na Vila Belmiro.
Em 2002, voltou para o Brasil para defender a camisa rubro-negra do Vitória. No elenco comandado pelo técnico Telê Santana, o atacante colombiano voltou a conquistar a sua titularidade e recuperou o seu bom futebol. Naquele ano, o time baiano conquistou o título estadual jogando contra o Fluminense de Feira. Entretanto, no Brasileirão, o time não teve o mesmo sucesso, pois terminou o torneio na 10ª colocação com apenas 37 pontos. No time baiano o jogador era uma das peças fundamentais do elenco, afinal, marcou 25 gols em 30 partidas disputadas. Ainda é lembrado como um ídolo no Rubro-Negro.
Seu bom desempenho na Bahia chamou a atenção do Cruzeiro, que pontava um super time. Sua passagem no Brasil teve neste time, com certeza, sua melhor temporada. Os números e conquistas de 2003 mostram isso. O elenco do time Celeste era uma verdadeira seleção e nesse plantel incrível Aristigol era um jogador muito importante. Sua estreia pelo Cruzeiro ocorreu no dia 8 de fevereiro, em uma partida em que a Raposa enfrentou a URT, de Patos de Minas. O jogo ocorreu pela 1ª fase do Campeonato Mineiro, no estádio Castor Cifuentes, e o Cabuloso venceu por 3 x 0.
Porém, o primeiro gol de Aristizábal pelo time só ocorreu na partida contra o Mamoré, também pela fase inicial do torneio. Contudo, algo que é incrível em sua passagem pelo Cruzeiro é sua boa atuação em jogos decisivos. Por exemplo, na final do Campeonato Mineiro contra a URT. Nesse jogo, o colombiano marcou um dos quatro gols da goleada celeste. Além disso, no jogo de volta da final da Copa do Brasil, ele fez um golaço de cabeça, voltando a ser decisivo em uma final.
No clube mineiro conquistou a titularidade no elenco e participou em 53 jogos na temporada. Ari se tornou uma peça importante no ataque, afinal, marcou 28 gols pela Raposa na temporada. No Campeonato Brasileiro no qual terminou como o vice-artilheiro da competição, marcou 21 vezes. Pelo Cruzeiro, conquistou o Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e o Brasileiro, que pela primeira vez ocorreu no formato de pontos corridos.
Aristizábal foi para um novo desafio em 2004. O Coritiba havia conquistado, no ano anterior, uma classificação histórica para a Copa Libertadores de 2004. Dessa forma, a chegada do atacante teve muita importância para aumentar o poder ofensivo do time.
No chaveamento de grupos da competição continental, o clube caiu em um grupo considerado difícil, por causa dos adversários que enfrentaria. O Coxa enfrentou o Rosário Central, da Argentina, semifinalista da competição em 1975 e 2001, o Sporting Cristal, do Peru, finalista em 1997, e Olímpia, do Paraguai, campeão em 1979, 1990 e 2002.
O time paranaense começou a competição mal, com duas derrotas fora de casa e dois empates. Esses pontos perdidos fizeram falta para o time. Assim, mesmo vencendo os jogos contra o Rosário Central e o Sporting Cristal em casa, o clube não conseguiu se classificar para as oitavas de final, terminando em 3º lugar do grupo. No segundo semestre do ano, o jogador voltou a se lesionar, ficando vários jogos fora dos gramados.
O ex-jogador colombiano em sua última entrevista coletiva pelo clube, culpou essas lesões como fator principal de seu rendimento não ser o que desejava. Pelo Coxa, conquistou o Paranaense de 2004. Com apenas oito gols marcados no ano, a passagem do jogador pelo Coritiba teve um rendimento abaixo de sua última temporada pelo Cruzeiro. Portanto, no ano seguinte, voltou para o Atlético Nacional, de Medellín, onde ficou até se aposentar em 2007.
Foto Destaque: Reprodução/ Juares Rodrigues /Arquivo EM