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·14 de setembro de 2024

A Luz volta sorrir!

Imagem do artigo:A Luz volta sorrir!

O arranque de Bruno Lage não podia ter sido mais atribulado, com um golo sofrido logo aos 22 segundos, mas cedo se percebeu que o Benfica respirava e jogava de uma forma completamente diferente e, com o passar dos minutos, surgiu a confiança e os golos. Os encarnados acabaram a vencer justamente por 4-1 e abrilhantaram o regresso do novo comandante.

Era a estreia de Bruno Lage neste regresso ao comando técnico do Benfica e o treinador encarnado surpreendeu dando a titularidade a Rollheiser, no meio campo, ao lado de Florentino e Luís e Kokçu (4x3x3) e ainda ao reforço turco Akturkoglu, a fazer a sua estreia absoluta e logo a titular. Do outro lado, Vasco Matos, técnico do Santa Clara, apostava no seu onze base, sem mudanças face à última jornada.


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Do Inferno ao Céu

A saída de Schmidt, e consequente entrada de Bruno Lage, tinha mudado drasticamente o ambiente na Luz, como bem se viu na festa antes do apito inicial, mas a verdade é que os ânimos demoraram apenas 22 segundos a acalmar. Foi esse o tempo que o Santa Clara precisou para, numa bola longa, aproveitar uma péssima abordagem de Otamendi e inaugurar o marcador, por Vinícius Lopes.

Como esperado, um golo tão madrugador influenciou o jogo. O Santa Clara defendia-se em 5x4x1 e apostava na velocidade de Gabriel Silva e Vinícius Lopes nas alas, mas o Benfica procurou reagir. As águias pressionavam alto e aproveitaram a vantagem numérica no miolo para fazer uma série de recuperações em zona adiantada. Com bola, notava-se a vontade de jogar bem e rápido, mas ainda havia alguma falta de entrosamento (natural) e dinâmicas neste novo desenho e com as novas peças, o que fez perder algumas vezes a bola de forma desnecessária.

Apesar disso, a equipa reagiu bem e foi crescendo a confiança com os minutos, galvanizada pela ligação emocional que Bruno Lage ia tentando fortalecer - puxando pelas bancadas - e pelo atrevimento de Rollheiser - médio mais vagabundo, ainda sem rotinas, mas com potencial entre linhas -, Kokçu e o estreante Akturkoglu. O empate acabou por surgir com naturalidade, aos 28', num grande passe de Kokçu para o compatriota Akturkoglu, que se estreava da melhor forma.

O empate tirou o peso do erro madrugador e, a partir daí, praticamente só deu Benfica, especialmente porque pouco depois, aos 34', surgiu a reviravolta, num canto estudado, por Florentino Luís. A cambalhota no marcador libertou a equipa da tensão inicial e, com isso, aumentou a velocidade na troca de bola, o que deixou o Santa Clara desconfortável e incapaz de sair na transição. O Benfica e as bancadas da Luz respiram de outra forma.

Quem cedo madruga...

Procurando dar à equipa uma maior capacidade de ter bola, Vasco Matos colocou Ricardinho ao intervalo, mas certamente não esperava que, desta vez, fosse o Benfica a madrugar e marcasse logo aos 48', novamente num canto - mais uma assistência do renovado Kokçu - e agora com golo de António Silva. Este golo madrugador permitiu ao Benfica acalmar qualquer possível reação que pudesse vir a surgir do outro lado e os encarnados passaram a controlar o jogo a seu bel-prazer. Aos 58', Di María, desmarcado com um grande passe longo de Bah, chapelou Gabriel Batista e intensificou esse sentimento.

O 4-1, apesar de surgir cedo na 2ª parte, acalmou claramente o jogo, com as duas equipas a sentirem o peso da diferença do marcador. O ritmo baixou e notou-se, especialmente do lado do Benfica, que começou a cometer mais erros na saída de bola e permitiu ao Santa Clara crescer e ter mais tempo de bola.

Apesar disso, os bravos açorianos não foram além de alguma coragem esporádica e o Benfica ultrapassou essa pior fase. Bruno Lage aproveitou para mostrar para o que vinha e deu minutos ao reforço Amdouni, Prestianni e até ao regressado de lesão Schejelderup, também ele à procura do seu espaço. Na ponta final, o Benfica ainda deu sinais de querer chegar à mão cheia de golos - incluindo através de um atrevido Arthur Cabral -, mas acabou por ficar-se pelo 4-1.

Bruno Lage estreia-se com o pé direito e deu o primeiro passo para as pazes entre as bancadas e o clube.

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