Treinador e auxiliar do Corinthians negam “sufoco” em vitória e exalta apoio da torcida em Itaquera | OneFootball

Na noite desta quarta-feira, 12, o Corinthians voltou a campo pelo Campeonato Paulista. O jogo da vez foi válido pela nona rodada, e disputado contra o Santos na Neo Química Arena. Em jogo onde a equipe foi eficiente no ataque e soube se controlar na defesa na maior parte do tempo, o Timão derrotou o rival por 2 x 1 e conquistou sua primeira vitória em clássicos na temporada. Ambos os tentos foram anotados por Yuri Alberto.

Após o jogo, o técnico Ramón Díaz e o auxiliar Emiliano Díaz atenderam a imprensa em entrevista coletiva, onde analisaram o desempenho do Timão, elogiaram destaques individuais do jogo, projetaram a equipe para o início da Copa Libertadores e destacaram o apoio da torcida em Itaquera. Confira as principais respostas da dupla:

Foto: Vinícius Lúcio/Ag. Corinthians

Desempenho na partida (Ramón Díaz)

“Fizemos uma grande partida, jogamos contra um adversário que tem um grande treinador, tem Neymar, que dá muito prazer vê-lo, é um jogador que não se vê habitualmente. Há que se desfrutar uma partida dessa característica, ainda mais um clássico. Queríamos demonstrar nossa forma de jogar, nossa atitude, e me parece que o time fez isso bem, sabendo que num clássico o adversário te ataca, porque tem qualidade, jogadores com experiência. Foi um clássico intenso, com entretenimento, porque os dois times se atacaram. Temos que seguir crescendo, mas o time melhorou muitíssimo, me encantou, eu gostei. Soubemos jogar um clássico.”

Segundo tempo (Emiliano Díaz)

“Sufoco? Não tivemos. Tiveram a ação do gol e do impedimento. Depois não teve sufoco, começaram a atacar mais, e com a saída de Neymar deu certa tranquilidade. Não pode deixar Neymar sozinho nunca. Teve bola cruzada e saiu o gol, deu outro jogo. Mas sofrer, as estatísticas mostram que não tiveram, fora o pênalti que foi impedimento.”

Disputa na lateral esquerda? (Emiliano Díaz)

“Vaga de Hugo e Bidu está aberta. Vai jogar quem melhor treinar. Sobre a dificuldade, tivemos uma só que saímos com três, e não treinamos isso. Depois não tivemos mais dificuldade, eu vi outra partida. Não vi dificuldade. Se há opção quando a bola volta, aí tivemos dificuldade de opção de passe. Em linhas gerais, uma vez nos complicaram, quando saímos com três, que tomaram seu xingado ali, porque não treinamos isso. Time nos pressionaram mais que hoje, e nossa força é sair com força assim. Não sofremos.”

Projeção para a Copa Libertadores? (Ramón Díaz)

“Gosto do time, gosto muito. Realmente estamos, se analisarmos bem, no jogo passado, completamente um time diferente. Temos muito boas alternativas, e seguimos procurando o melhor para a Copa. Se joga diferente, a atenção, a dinâmica, a concentração são diferentes. Há muito em jogo, precisaremos trabalhar o psicológico porque é um jogo diferente do que jogamos aqui, e sabemos da importância. Estamos tranquilos porque a equipe está crescendo em dinâmica, entendimento, e sabe se defender. Estamos em um bom caminho, acredito que vamos fazer um bom papel na Copa.”

Tchoca é titular? (Emiliano Díaz)

“Titular? Falei semana passada, quem está bem e trabalha bem, se dedica e joga bem, vai jogar. A titularidade não tem Tchoca, nem André, nem Cacá, nem Félix, nem Bidu, nem Matheuzinho. Eles têm que mostrar na semana se querem jogar e desempenhar no jogo. Em um time grande pode perder em uma semana, aí o time engrena. Tchoca fez dois grandes jogos, mas a titularidade nunca será dada a ninguém. Em time grande não se espera, é render jogo a jogo e sobretudo no treinamento. Como você treina, você joga. Quem treina bem e dedicado, vai jogar. Tenha o nome que tenha.”

Avaliação da arbitragem (Ramón Díaz)

“Esse tipo de jogo a pressão existe, e se joga no limite, tanto nós quanto eles. Sabemos a importância que é. Não tinha que ocorrer tão facilmente (tantos cartões), mas vamos corrigir, na Copa não pode ter margem de erro. Vamos seguir sendo intensos e duros, mas quando se toma um cartão é complicado. Por parte do temperamento e da agressividade que precisamos para jogar esses jogos.”

Atuação de Garro (Ramón Díaz)

“Garro foi o melhor, longe, por sua qualidade, sua posse de bola, pelo passe que dá a Memphis para o gol de Yuri. Gostei muito dos três da frente, são intensos, perigosos, e rodeados de uma equipe estruturada que trata de criar bastantes situações, esperamos seguir assim. Temos bastante bem um time completo, falta uma coisinha ou outra, que falarei com ele. Em linhas gerais, Garro, Yuri e Memphis jogaram bem e estou contente. Viram hoje que hoje foi a capacidade máxima em muitos anos, sabemos nós, e vamos seguir dando o máximo pelo público que nos acompanha.”

Atuação de Martínez (Ramón Díaz)

“Jogou como volante interno, fechado, quando via o espaço, ele ia. Como jogava Carrillo, depois ele foi para a esquerda. Estamos contentes, temos uma variante a mais. Da estrutura que gostamos do ano passado, conectamos os três, ainda não chegou Gustavo Henrique, Breno não está. A ausência de jogadores importantes, ele botou a cara e fez um ótimo trabalho. Isso nos deixa tranquilos.”

Foi no detalhe? (Emiliano Díaz)

“Não. Acho que não. O empate com o Palmeiras, aí sim levamos, mas não merecíamos. Dominamos, tiveram mais tenência, mas não tiveram finalizações claras. Detalhes? Não. A forma que íamos machucá-los era essa, e graças a Deus deu certo. Sofremos com a posse de bola, mas as chegadas claras foram mais nossas do que sofremos. Não podemos esquecer que no time adversário joga um dos melhores do mundo. Sabíamos que não poderíamos dar espaço, então fomos justos merecedores da vitória.”

Apoio da torcida (Ramón Díaz)

“Penso que o torcedor acompanhou bem, e é importante para o grupo, para nós, os dirigentes. É fundamental, um respaldo importante para nós e se sentir dentro do estádio, você se sente. O acompanhamento que estão dando para nós é muito importante. Esperamos que siga pelo que vem, o retorno da Libertadores. Estamos agradecidos, contentes, o time está crescendo e com a quantidade de pontos, estão felizes, e nós também”

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