Revista Colorada
·8 maggio 2025
O desabafo de D’Alessandro sobre o elenco do Inter que repercutiu entre os torcedores

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·8 maggio 2025
Na véspera do confronto decisivo contra o Atlético Nacional, pela fase de grupos da Conmebol Libertadores, o gerente de futebol do Internacional, Andrés D’Alessandro, foi à sala de imprensa em Medellín e não economizou nas palavras.
Em uma fala direta e visivelmente incomodada, o ídolo colorado criticou o tom das análises recentes feitas sobre a equipe, especialmente após os tropeços da temporada.
“Ouvimos muita coisa. Muitas delas são verdades, vocês estão aqui para analisar. Mas ultimamente se individualizou muito quando o resultado não vem. Não é por aí”, disparou o ex-camisa 10 do Colorado, hoje peça-chave na estrutura de gestão do departamento de futebol.
A fala de D’Alessandro ganha ainda mais peso em meio à pressão que o Inter enfrenta neste momento da temporada.
Embora tenha conquistado o título gaúcho, o desempenho em algumas partidas recentes da Libertadores e do Campeonato Brasileiro gerou cobranças mais duras da torcida e da imprensa, com jogadores como Alan Patrick, Rochet e Vitão sendo alvos frequentes das críticas.
“Concordamos com muito do que é dito, mas não concordamos quando a crítica é muito individualizada”, reforçou o argentino, batendo novamente na tecla da coletividade.
Para ele, o futebol deve ser analisado como um todo, e os resultados — bons ou ruins — são reflexo do desempenho coletivo, não apenas de nomes isolados.
A declaração chega em um momento de extrema importância para o Inter. A partida contra o Atlético Nacional pode definir o rumo da equipe na Libertadores.
Com apenas um ponto de diferença para o líder Bahia, uma vitória fora de casa recoloca o Colorado no topo do grupo e tranquiliza o ambiente.
D’Alessandro, que conhece como poucos o peso da camisa colorada em noites sul-americanas, parece tentar blindar o vestiário e manter o foco total no jogo.
E como sempre fez dentro de campo, agora tenta liderar fora dele, usando a palavra para proteger o grupo em um momento de turbulência.
Resta saber se o recado será ouvido — e, mais importante, se será respondido com futebol dentro das quatro linhas.