Vozes do Gigante
·21 febbraio 2025
Inter recebe dinheiro do seguro do Beira-Rio por estragos da enchente

In partnership with
Yahoo sportsVozes do Gigante
·21 febbraio 2025
O Inter recebeu, nos últimos dias, o dinheiro do seguro do Beira-Rio equivalente aos estragos acusados pela enchente histórica que assolou o Rio Grande do Sul em maio de 2024. Não houve necessidade de juízo e os custos operacionais da reforma do estádio foram, quase na totalidade, subsidiados.
O Inter debate internamente uma forma de explicar ao torcedor e aos sócios o que foi gasto e o projeto para a remontada do estádio e do Parque Gigante. Campo, vestiário, mobília, paredes, portas… estariam dentro de um custo de reforma na casa dos R$ 35 milhões – externados pelos próprios dirigentes em uma conversa com jornalistas ainda quando o clube treinava na PUCRS.
Ainda há a cifra mais ampla da catástrofe, que entra na conta o fato de ficar 70 dias sem estádio e campos de treinamento, ter de sair de Porto Alegre, diminuir bilheterias, quadro social, aumento da inadimplência no período e outras questões administrativas que fazem o montante chegar a R$ 90 milhões. Esse, abstrato, não é reposto pela apólice, por óbvio.
Como boa parte dos gaúchos, o Inter sofreu com a intempérie climática. O gramado ficou cerca de 20 dias submerso. O nível da água chegou a 80cm e alcançou a segunda fileira das arquibancadas. As inundações atingiram também a sala de imprensa, os vestiários e parte do museu, além de causar danos nas subestações de energia e nas bombas de abastecimento.
Na 15ª rodada do Brasileirão, diante do Vasco, em julho, que o Inter conseguiu reencontrar sua torcida após a cheia histórica do Guaíba. Foram 600 funcionários trabalhando na desinfecção, dedetização, limpeza, reformas, troca de equipamentos e replantio da grama de inverno do Beira-Rio.
No âmbito esportivo, o time do então técnico Eduardo Coudet teve de disputar 11 jogos em nove cidades diferentes. O aproveitamento caiu para 54,5%. A equipe Colorada foi desclassificada da Sul-Americana e teve de disputar o playoff da competição. Quando voltou para casa, mesmo com jogos a menos que os adversários, ocupava a 10ª posição no Brasileiro, apenas três pontos atrás do G-6.