Como pode o Benfica travar este Fenerbahçe? Uma análise à equipa de José Mourinho | OneFootball

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·19 agosto 2025

Como pode o Benfica travar este Fenerbahçe? Uma análise à equipa de José Mourinho

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O Sukru Saracoglu Stadium é conhecido pelo seu ambiente eletrizante e hostil para qualquer adversário que pise o terreno de jogo. O Feyernoord foi a mais recente vítima do caldeirão de Istambul, tendo deixado voar a vantagem mínima que havia obtido na primeira batalha.

A qualidade dos protagonistas dos canários amarelos também deve ser tida em conta, bem como a experiência do homem que está atualmente ao leme do barco. José Mourinho conhece a Liga dos Campeões como a palma da sua mão. As duas 'Orelhudas' que conquistou ao serviço do FC Porto e do Inter são o espelho deste ideal.


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Agora, para alcançar a fase final da prova, o técnico luso terá um último desafio hercúleo pela frente: ultrapassar o Benfica no playoff da prova milionária, uma equipa que ainda não conhece a amarga sensação de sofrer um golo em jogos oficiais na presente temporada. Aliás, só o Fener é que conseguiu balançar as redes encarnadas no decorrer da curta pré-época do conjunto português.

Na Eusébio Cup, as duas poderosas turmas mediram forças, com o tento tardio de Henrique Araújo a encaminhar o troféu para o Museu Cosme Damião. Ambas as equipas técnicas tiraram certamente notas das valências e fragilidades do adversário, sem terem noção de que o futuro acabaria por colocá-las, uma vez mais, frente a frente para uma eliminatória de alto grau de importância.

Desta forma, para além do encontro mencionado anteriormente, o zerozero analisou atentamente o mais recente compromisso do Fenerbahçe, diante do Goztepe, que culminou num emotivo empate a zeros. Caro leitor, venha conhecer alguns dos principais perigos do próximo oponente das águias, bem como eventuais minas de ouro para os pupilos de Bruno Lage.

Os principais perigos do Fenerbahçe

  • O forte pendor ofensivo dos alas: no sistema implementado por Mourinho, os alas têm um papel decisivo nos desequilíbrios ofensivos. Archie Brown, lateral belga contratado ao Gent no presente defeso, não tem qualquer receio em acelerar desenfreadamente pela esquerda, criando muitas dificuldades à defensiva contrária. Tem sido um dos atletas em maior evidência no arranque desta temporada. Já Nélson Semedo, ex-águia, é mais cuidado nos seus envolvimentos no ataque, mas tem uma grande capacidade em encontrar os colegas através de cruzamentos precisos.  
  • Um meio-campo construído a dedo: se Sofyan Amrabat organiza o processo de construção numa zona mais recuada do miolo, Fred é o motor do conjunto turco. O internacional brasileiro adora fazer vaivéns, sendo uma peça nuclear na pressão e na ligação entre o miolo e o ataque, fruto da sua capacidade em queimar linhas com a bola controlada. As águias terão de ter muita atenção com incursões surpresa do experiente jogador na grande área, movimentação que já lhe valeu alguns golos ao longo da carreira. Para completar o triângulo, Sebastian Szymanski é o elemento criativo. Dono de uma superlativa visão de jogo e capacidade de finalização, o polaco pode vestir a capa de super-herói em qualquer altura.  
  • Dupla de goleadores difícil de conter: a frente de ataque da turma de Istambul é amplamente conhecida pela sua acrescida fisicalidade. Youssef En-Nesyri é o matador de serviço, tendo anotado 30 golos pelo clube na época passada. O ponta de lança marroquino é uma constante ameaça à baliza contrária, sendo um jogador temível no jogo aéreo. O golo de cabeça que apontou contra Portugal no Mundial 2022 - e que deitou por terra as aspirações lusas na prova - demonstra toda a sua capacidade de impulsão. Jhon Durán, cedido pelo Al Nassr, alia potência a velocidade, explorando a seu belo prazer movimentos de rotura. A dupla esteve apagada frente ao Goztepe, mas pode muito bem abrir o livro no duplo compromisso frente aos encarnados.  
  • Pelo ar é tudo deles: face à linha de três centrais que atuou frente ao Feyernoord, Mourinho promoveu uma alteração na mais recente aparição: Yusuf Akcicek foi titular em detrimento de Mert Muldur, que ficou fora da ficha de jogo. Todavia, o camisola 18 deverá voltar ao onze na pré-eliminatória rumo à prova milionária, juntando-se, assim, a Jayden Oosterwolde e ao capitão Milan Skriniar. Com a braçadeira no braço esquerdo, o experiente defesa, com passagens no Internazionale e no PSG, é um autêntico comandante, sendo o principal responsável pela coesão no setor mais recuado. Pelas alturas, é muito difícil fazer cócegas ao esquadrão do técnico luso, face à elevada estatura e força física dos seus pupilos. A opção de Lage por um jogo direto seria (muito provavelmente) uma má decisão.

Potenciais abordagens do Benfica

  • Extremos atentos ao espaço nos corredores: a acutilância ofensiva dos alas do Fener pode ser aproveitada pelo conjunto português. São muitos os espaços concedidos nos flancos, após a perda da posse de bola. Andreas Schjelderup e Fredrik Aursnes - os possíveis indicados por Lage para as faixas - poderão ser decisivos na discussão do resultado, caso tenham o discernimento necessário para combinarem com os avançados e para aparecerem em posições vantajosas para premir o gatilho. As transições rápidas poderão ser o segredo para o sucesso.  
  • As movimentações associativas de Pavlidis: de forma a anular a organização defensiva do Fenerbahçe, as dinâmicas dos avançados das águias poderão ser determinantes para desbloquear a partida, sobretudo as movimentações de Vangelis Pavlidis. O internacional grego está habituado a baixar no terreno de jogo para dinamizar o futebol associativo pensado por Bruno Lage. A respetiva ação poderá suscitar inquietações na marcação, bem como uma superioridade numérica no miolo favorável ao emblema da Luz.   
  • Uma marcação irrepreensível ao cérebro adversário: tal como foi referido anteriormente, Amrabat é o pêndulo da formação turca, com o esférico a passar muitas vezes pelos seus pés. Como tal, a capacidade do Benfica em anular o possante meio-campista marroquino poderá ditar o rumo dos acontecimentos. Veremos quem ficará encarregue dessa importante responsabilidade... um médio ou um dos dois pontas de lanças, caso Lage volte a apostar no 4-4-2.
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