Nosso Palestra
·9 febbraio 2025
‘A bola não entra por acaso, Palmeiras’
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·9 febbraio 2025
Último lance da partida contra o Red Bull Bragantino. Allan recebe de Flaco López, chuta cruzado e a bola bate caprichosamente na trave. No rebote, Estêvão finaliza para fora com o gol aberto e o Palmeiras termina a partida sem nenhuma finalização correta.
Também no Allianz Parque e nos acréscimos, Estêvão perde pênalti no Dérbi e o Alviverde desperdiça a chance de sair vitorioso no clássico em que atuou por mais de 30 minutos com um jogador a mais.
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São lances em que o palmeirense está desacostumado. Pelo contrário, a marca registrada de Abel Ferreira é justamente outra: acreditar até o fim e conquistar resultados improváveis.
A reformulação do Palmeiras começou em 2013 com a chegada de Paulo Nobre depois de uma gestão desastrosa de Eduardo Tironi e Roberto Frizzo que culminou no rebaixamento à segunda divisão do Campeonato Brasileiro no ano anterior. Descenso, inclusive, “comemorado” em uma praia carioca no dia seguinte da queda.
No mesmo ano da reconstrução do clube alviverde foi lançando o livro “A bola não entra por acaso”, escrito por Ferran Soriano, responsável por transformar o Barcelona ao participar de uma das gestões mais especiais em cem anos de história. A obra não é somente sobre futebol, mas como gerir um grande clube em todas as esferas.
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O Palmeiras passou por um duro processo de reestruturação no departamento profissional, base e na parte social. Foram quatro anos de Paulo Nobre, cinco de Maurício Galiotte e Leila Pereira está no início do quarto ano, com mais dois pela frente.
Em todo este período, os resultados mostram mais êxitos do que insucessos. O momento atual, porém, reflete a necessidade de profissionalizar áreas chaves para o Palmeiras. A comissão técnica precisa de dirigentes profissionais para acompanhá-la.
Como dizer que uma gestão é profissional quando ela não consegue negociar o camisa 10 de salário milionário e o time termina um Dérbi em casa com um zagueiro de 18 anos como referência no ataque? Como explicar a dificuldade em contratar um camisa 9 ao longo de quatro temporadas consecutivas?
Qual é a explicação para uma concorrência da camisa demorar tanto tempo e o departamento de marketing não conseguir parceiros que queiram estampar as marcas em um espaço tão valorizado recentemente? Como pode o Palmeiras precisar de terceiros na busca por receitas provenientes desta importante fonte de renda?
Como Soriano destacou no livro, os fatores fora das quatro linhas também são determinantes para a bola entrar. O ano de 2024 e o início da temporada atual mostram que é preciso reconectar áreas do clube que não fazem gol, mas que ajudam para a finalização não bater na trave ou parar no goleiro nos minutos finais.