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Central do Timão

·15 Juli 2025

“Vamos apurar tudo”, diz presidente do Conselho Deliberativo sobre gastos no cartão corporativo do Corinthians

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  1. Por Daniel Keppler e Larissa Beppler / Redação da Central do Timão

Nos últimos dias, um assunto tem dominado as discussões entre a Fiel Torcida sobre os bastidores do Corinthians: os gastos efetuados por dirigentes no cartão corporativo do clube. O tema estava em pauta há cerca de duas semanas e explodiu no Parque São Jorge após o ex-presidente Andrés Sanchez admitir que usou do benefício institucional para despesas pessoais.

Inicialmente, Andrés confessou o gasto de R$ 9.416 referentes a estadia, passeios e alimentação em Tibau do Sul-RN, local onde todo final de ano ocorre o evento Let’s Pipa, na praia de mesmo nome. No entanto, outras faturas, relativas ao seu mandato e inclusive após sua saída do cargo, também possuem despesas que vem sendo questionadas, como gastos em joalheria, salão de beleza e até mesmo uma viagem para Madrid-ESP, em 2020.


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Foto: Reprodução/X

Diante da repercussão das denúncias, tem crescido a pressão de torcedores nas redes sociais por providências dos órgãos fiscalizadores do Corinthians, ou seja, seus conselhos Deliberativo (CD), de Orientação (CORI) e Fiscal (CF), além da Comissão de Ética e Disciplina (CED). Destes, o primeiro a tratar o assunto foi o CORI, que aprovou nesta segunda-feira, 14, a abertura de procedimento no CED contra Andrés e mais seis pessoas.

Já em relação ao CD, a redação havia obtido um posicionamento inicial de Romeu Tuma Júnior, presidente do órgão, que foi publicado pela Central do Timão em matéria na última quinta-feira, 10. Na ocasião, Tuma afirmou que via o reembolso dos gastos como algo obrigatório por parte do ex-presidente, para que o prejuízo às finanças do clube fosse reparado.

Ele ressaltou, porém, que tal reembolso não excluiria outras possíveis sanções contra o ex-mandatário, caso os órgãos internos corinthianos decidam que são cabíveis. Segundo Tuma, embora as contas da gestão Andrés já tenham sido analisadas e as tentativas de puni-lo devido à rejeição do balanço de 2019 tenham sido arquivadas à época por aliados do grupo político no poder, os gastos pessoais no cartão corporativo seriam um “fato novo”, pois não foi debatido na ocasião.

Dessa forma, na visão de Tuma, qualquer associado ou conselheiro do Corinthians pode encaminhar denúncia ao Conselho Deliberativo para que as irregularidades no uso do cartão corporativo sejam apuradas. O presidente do CD ressaltou que não tem autonomia para abrir de ofício uma investigação devido às atribuições de seu cargo, mas que está ciente da promessa de grupos políticos e de associados do clube de protocolar demandas sobre o caso.

O presidente do CD afirmou que já havia feito alertas à diretoria financeira sobre o tema, e que irá apurar as responsabilidades daqueles que deixaram de apontar estes gastos durante a gestão Andrés. “Vou apurar tudo, inclusive quem ‘prevaricou’ deixando de apontar e de fiscalizar. E também quem soube, se omitiu e agora está vazando para tumultuar o ambiente, causando danos ao clube e quebrando sigilo de documentos financeiros do Corinthians”, disse.

Tuma afirmou que as denúncias terão que percorrer o rito estatutário dentro dos órgãos internos do Corinthians, assim como ocorreu nos últimos meses em relação ao presidente afastado Augusto Melo no caso do impeachment provocado pelo caso VaideBet. “Está muito claro que o clube tem que fazer alguma coisa. Tecnicamente é complexo, e eu sei que este não é o melhor discurso, mas é a minha coerência”, alegou.

Ele prosseguiu: “Tudo isso, eu vou abordar. Só que tem 25 processos (tramitando) na Ética, que precisam acabar também. Eu soube que grupos iriam protocolar (uma denúncia), queriam mandar por e-mail mas pedi que fosse protocolado. Vamos apurar tudo, vou aguardar (as denúncias) e posteriormente publicar uma nota e fazer o negócio andar. Sei que vou apanhar de novo, mas vou agir com a mesma coerência. Se ele dever, vai pagar.”

A ressalva de Tuma sobre o prazo para uma possível deliberação do caso por parte da Comissão de Ética também tem como fundo as polêmicas recentes envolvendo o órgão, em relação à tentativa de aliados de Augusto Melo de fazê-lo retomar o poder, em 31 de maio, após medidas políticas que buscaram afastar Tuma da presidência do CD e anular os efeitos do processo de impeachment, mas que não tiveram sucesso.

“A apuração não deverá ser imediata (na CED). Temos uma Assembleia Geral para acontecer em relação ao Augusto, há mais quatro impeachments (tramitando), e a própria Ética teve mudanças de membros. (Os envolvidos no 31 de Maio) Vão ser julgados, também. Mas nós vamos apurar, até porque eu pedi pra cassar ele (Andrés) na época, por causa das contas (de 2019). Engavetaram, né? Mas nós vamos em frente.”

As denúncias recebidas no CD em relação ao caso deverão ser encaminhadas por Tuma à CED, onde poderão ser analisadas em conjunto com o pedido do CORI para abertura de processo disciplinar contra o ex-presidente. Após a instauração e tramitação dos procedimentos, os pareceres finais serão submetidos à decisão do plenário do Conselho Deliberativo, de acordo com o que determina o estatuto corinthiano.

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