Coluna do Betinho: Everson, um monstro que quebra recordes e estereótipos | OneFootball

Coluna do Betinho: Everson, um monstro que quebra recordes e estereótipos | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: Fala Galo

Fala Galo

·31 Juli 2025

Coluna do Betinho: Everson, um monstro que quebra recordes e estereótipos

Gambar artikel:Coluna do Betinho: Everson, um monstro que quebra recordes e estereótipos

Por: Betinho Marques Foto: Pedro Souza / Atlético

O esporte, todos os dias, nos brinda com histórias de superação que inspiram novas páginas. Isso, todos sabemos. Mas, em alguns casos, é preciso provar mais — e provar todos os dias.


Video OneFootball


Se voltarmos ao contexto da chegada do goleiro Everson ao Atlético, vamos lembrar da desconfiança da Massa ao vê-lo ser tão “insistido” e desejado pelo teimoso Sampaoli. “Pra quê goleiro que joga com os pés? Temos o Rafael, que merece a vaga…” E, de fato, Rafael é um ótimo goleiro e profissional. Mas desde que Everson chegou, não teve pra ninguém.

RECEBA NOTÍCIAS DO GALO PELO WHATSAPP (CLIQUE AQUI)

Costurando momentos difíceis do clube, salvando em partidas decisivas, sendo fundamental na vitória da Supercopa contra o Flamengo e mantendo uma média de 0,85 gol sofrido por jogo (269 gols em 314 partidas), Lebron — como é chamado pelos amigos na Cidade do Galo — coleciona marcas impressionantes.

Everson já figura no seleto hall de taças que tem João Leite com 12, o icônico campeão dos campeões e do Gelo, Kafunga, com 11, e está empatado com o Libertador da América, Victor, com 8 troféus.

Para não tornar esta coluna apenas uma ode aos números, é preciso lembrar que, em 2025, ele também atingiu seu recorde pessoal de jogos consecutivos sem sofrer gols: sete partidas “limpas”, com absurdos 818 minutos invicto defendendo a meta do time da Massa.

Mas o que mais incomoda? É o critério. O peso de julgamento que recai sobre alguns personagens.

Há mais de 30 anos o Atlético não tem um arqueiro com média inferior a um gol sofrido por jogo. Nem o próprio Victor conseguiu esse feito. E, mesmo assim, mesmo com defesas decisivas, taças e uma trajetória sólida, ainda lemos — quase cinco anos depois — frases como: “Não me convencia, não gostava, não confiava… Mas o que fez o Everson ontem me fez rever tudo. Máximo respeito. Não corneto mais.”

A frase é positiva. Fala de gente que reconhece a grandeza de um jogador, revê rota e dá o braço a torcer. Mas a pergunta que fica é: por que a Massa demorou tanto a se render de fato ao MONSTRO Everson?

Um sujeito que saiu da pobreza, foi campeão por onde passou, que veio da Série D e se tornou referência num gigante da Série A. Um cara que defende — literalmente — o Atlético como poucos, e que pediu UNIDADE na última batalha contra o Bucaramanga. Um goleiro adaptado ao futebol moderno, em que todos fazem parte da construção do jogo.

Mas então, por que a demora no reconhecimento? Por que não chegou antes à Seleção? Por que custou a conquistar o coração do atleticano? Seria o perfil fora do padrão? Um estereótipo que incomoda?

Por muito menos, vimos hipócritas jurarem amor eterno ao Galo e não se mostrarem em atitude ou ação. Everson é um dos maiores da nossa história. E, se muitos ainda resistem aos fatos, as ações e os números falam por ele — com uma poesia que às vezes falta a alguns.

A cena mais recente resume tudo com mãos e chuteiras: defende um pênalti, bate outro, e ainda crava, com um gesto de dedo, o que nenhuma crônica conseguiu sintetizar: “No Galo, é todo mundo um. É todo mundo junto.”

E ainda fica a pergunta, para reflexão final: por que demoramos tanto a valorizar quem realmente representa a identidade da nossa entidade? Gostamos de ser enganados?

Há Everson para quem gosta de números — e para quem gosta de poesia. Nas estatísticas ou na estética das defesas que parecem quadros pintados, o “Lebron” da Massa convence.

Agora, se a implicância for pessoal, sem argumentos técnicos, é direito de cada um. Mas o fato é: ninguém pode apagar Everson Felipe Marques Pires da história da maior instituição de Minas Gerais.

O Galo é. O resto está. Viva o Monstro Everson! Vivam os números e a poesia.

Galo, som, sol e sal é fundamental.

Siga o FalaGalo: BlueSky | X/Twitter | Instagram | YouTube | Threads | Google Notícias | WhatsApp | Telegram | TikTok

Lihat jejak penerbit