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·4 Desember 2024
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Por Iúri Medeiros
O Corinthians de Ramón Díaz não só consegue resultados, como encanta os torcedores. Esse diagnóstico tem claro teor subjetivo, mas é fato que, sentindo o clima da arquibancada, o corintiano demonstra voltar a sentir prazer vendo o Timão jogar depois de muito tempo. Contra o Bahia de Rogério Ceni não foi diferente.
No tradicional 4-3-1-2, o Corinthians fez mais uma vítima na última terça-feira. A equipe novamente trabalhou bem a posse e envolveu o adversário, mas teve como principal mérito a boa marcação e recuperações de bola no campo de ataque. Se o Bahia não é dos times que vêm para Itaquera em busca de apenas se defender, o Timão respondeu da melhor maneira possível: forçando erros no momento de construção do adversário.
Assim, o Corinthians foi superior na primeira etapa, apesar dos momentos em que o Bahia conseguiu ditar as ações ofensivas. No segundo tempo, as substituições de Ceni abriram ainda mais o Tricolor de Aço, que perdeu consistência no meio-campo e proteção defensiva. A equipe passou a abusar de jogadas laterais, especialmente com Ademir, mas em vão.
Na segunda etapa, sim, o Corinthians controlou o duelo por completo. Com muito toque de bola, aproximação e ultrapassagem, o time de Ramón protagonizou mais momentos especiais para quem gosta de um futebol leve e bem jogado. O “olé” da arquibancada foi inevitável.
Além de Memphis e Yuri Alberto, autores dos gols, vale um destaque especial para os volantes André Carrillo e Breno Bidon, que atuaram bem nas duas metades do campo e conduziram o Timão ao ataque. A dupla é essencial para a engrenagem da equipe de Ramón funcionar.
O sistema defensivo como um todo também tem que ser exaltado. A agressividade na marcação chamou muita atenção e fez com que o Corinthians sofresse muito pouco ao longo dos 90 minutos.
Voltando ao início da análise, é claro que a subjetividade é um fator importante e precisa ser levado em consideração ao analisar o estilo de uma equipe. O que é vistoso para um torcedor, pode não ser para outro.
Mas fato é que Ramón caiu nas graças da Fiel depois do período de instabilidade pós-eliminações e montou o esquema ideal para potencializar seus atletas, com muita aproximação e jogo por dentro.
Se por vezes o Corinthians apresentou um futebol mecanizado nos últimos anos, a realidade mostra um time solto, com os melhores jogadores se aproximando para costurar jogadas.
O resultado? Oito vitórias seguidas e vaga encaminhada para a próxima Copa Libertadores. Mas mais do que isso: o time recuperou uma identidade que parecia distante.