Allano sofre ataques racistas na web após ser alvo de preconceito racial na Série B | OneFootball

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·7 Mei 2025

Allano sofre ataques racistas na web após ser alvo de preconceito racial na Série B

Gambar artikel:Allano sofre ataques racistas na web após ser alvo de preconceito racial na Série B

O pesadelo para o atacante Allano, do Operário-PR, não terminou após denunciar Miguelito por racismo, durante o embate entre o time paranaense e o América Mineiro, pela sexta rodada da Série B. Afinal, o episódio desencadeou que o jogador do Fantasma fosse alvo novamente de preconceito racial. Contudo, dessa vez por parte de internautas.

Allano sofreu uma espécie de invasão em sua conta no Instagram e recebeu diversos comentários em sua postagem. Entre uma das mensagens, ele foi chamado de “mono” (macaco em espanhol). Além disso, houve registros com emojis de gorilas e macacos.


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Deste modo, a impressão é que tal movimento foi de admiradores de Miguelito, que sofre acusação de racismo contra o atacante do Operário. Outros usuários da rede social também demonstraram apoio e expõem que o jogador boliviano sofre injustiça pela denúncia, segundo a opinião deles.

Com isso, Allano precisou limitar os comentários apenas para pessoas que ele também segue no Instagram. Apesar disso, alguns internautas demonstraram insistência ao promover injúrias contra o atleta.

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Allano denunciou a ofensa racial em campo

O meia Miguelito, do Coelho, acabou preso em flagrante após ser acusado de proferir injúrias raciais contra o atacante Allano durante a partida. No dia seguinte, ele foi liberado da delegacia após passar por uma audiência de custódia. Entretanto, o STJD lhe suspendeu preventivamente pela denúncia de injúria racial.

A denúncia partiu do próprio Allano, com testemunho do volante Jacy. Segundo depoimentos, a agressão verbal ocorreu aos 30 minutos do primeiro tempo, logo após uma disputa de bola e marcação de falta em favor do time paranaense.

O boliviano teria se dirigido a Allano com a expressão “preto do caral**” em meio a um desentendimento no lance, conforme relatos da vítima e do volante Jacy. Ambos prestaram depoimento e reforçaram a denúncia junto à Polícia Civil.

O árbitro Alisson Sidnei Furtado interrompeu a partida no momento da denúncia e cruzou os braços em forma de “X”. Ou seja, acionando o protocolo antirracista recém-implementado pela Fifa e CBF. A partida, então, ficou paralisada por cerca de 15 minutos antes de ser retomada sem aplicação de sanções imediatas a Miguelito. O atleta acabou substituído, por opção técnica, no intervalo.

Denúncia e pena

A Polícia Militar conduziu Miguelito, Allano e Jacy até a sede da 13ª Subdivisão Policial para colher depoimentos. Após ouvir os envolvidos, a Polícia Civil decretou a prisão em flagrante do jogador do América-MG, com base na Lei nº 7.716/1989 — que trata dos crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. A pena para esse tipo de crime pode chegar a cinco anos de reclusão.

O delegado Gabriel Munhoz esclareceu posteriormente que os depoimentos colhidos continham informações suficientes para caracterizar o flagrante, ainda que as câmeras da transmissão não tenham registrado o momento da fala. A defesa do Operário, inclusive, solicitou novos registros aos canais de transmissão a fim de tentar obter imagens de outros ângulos, visto que ele aparece de costas nas primeiras, para comprovar o ocorrido.

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