Zerozero
·25 de enero de 2025
In partnership with
Yahoo sportsZerozero
·25 de enero de 2025
Depois do jogo frente ao Barcelona ter terminado numa derrota (4-5) que Bruno Lage descreveu no dia como «frustrante» e mais tarde como «cruel», o Benfica regressou às lides domésticas com duelo que também gerará uma série de adjetivos menos positivos.
Na visita ao Casa Pia, para a 19ª jornada da Liga Portugal Betclic, as águias voltaram a sair derrotadas de um jogo em que estiveram a vencer. Houve demérito na exibição dos encarnados, que podem permitir ao Sporting o afastamento e ao FC Porto a ultrapassagem, mas isso não invalida a qualidade demonstrada pela equipa de João Pereira, que soube reagir e conquistar um triunfo por 3-1.
O início do encontro deste sábado deu indícios de ser uma boa reação, já que a mini revolução que o treinador fez ao onze se provou frutífera nos minutos iniciais - Arthur Cabral, uma das surpresas, criou várias oportunidades - e também porque aos 12´ já era momento de redenção das águias: Leandro Barreiro (também ele de volta ao onze) caiu no interior da área e desta vez, ao contrário do que tinha acontecido nos fatídicos descontos de terça-feira, a equipa de arbitragem entendeu que houve falta sobre o luxemburguês.
Di María, outro dos regressados à titularidade, converteu esse penálti e iniciou o clima de festa num Municipal de Rio Maior que se pintava mais a encarnado do que nas cores da equipa da casa. Também isso deu força às águias, que continuaram por cima e viram Akturkoglu concluir uma boa jogada com um tiro à trave.
Esse conforto, como agora sabemos, não durou para sempre...
Mesmo sendo das grandes sensações desta Liga, o Casa Pia tinha mostrado debilidades nos jogos com os grandes e o mesmo parecia estar a acontecer desta vez, com uma enorme dificuldade na ligação entre defesa e ataque, mas por volta da meia hora de jogo isso mudou e o empate apareceu. Foi um mau passe de António Silva que gerou a belíssima finalização de Cassiano, avançado que um minuto antes tinha falhado, isolado, a primeira ocasião dos gansos.
A primeira parte deu tempo ainda para o que chegou a parecer ser o segundo desabar da semana do Benfica, quando António Nobre assinalou penálti de Otamendi sobre Nuno Moreira, mas a reviravolta não foi consumada porque, após quatro minutos de consulta ao VAR, prevaleceu o entendimento de que a falta foi fora da área.
O problema, do ponto de vista encarnado, foi esse desabar ser apenas uma questão de tempo. Já na segunda parte, o Casa Pia insistiu no ataque e à marca de uma hora de jogo, já depois de uma dupla oportunidade de Larrazabal, conseguiu mesmo chegar ao 2-1. Na sequência de um bom trabalho do ala espanhol, Nuno Moreira, artilheiro principal da equipa, atirou a contar.
Houve muita intenção do Benfica na hora de reagir a estas condições adversas, mas foi faltando alguma clarividência na criação de oportunidades verdadeiramente flagrantes, sendo que só cabeceamentos em esforço levaram a bola até à baliza de Patrick Sequeira.
No desespero foram-se acumulando mexidas, incluindo a estreia de Manu Silva, mas não surgiu mais nenhuma ocasião de golo. Para o benfica, isto é, porque o Casa Pia conseguiu beneficiar das circunstâncias certas para um contra-ataque que acabou por elevar o marcador para 3-1. Livolant marcou esse derradeiro tento.
No fim, a grande festa da equipa da casa foi abafada pela audível reação dos adeptos visitantes. Muitos assobios e um pedido claro como a justiça do marcador deste jogo: «joguem à bola».