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·10 de septiembre de 2024
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António Miguel Cardoso, líder dos vitorianos, concedeu uma entrevista ao Desportivo de Guimarães, na qual fez um balanço sobre o mercado de transferências e o estado atual do clube que preside.
O tema em torno de Ricardo Mangas, que está prestes a transferir-se para os russos do Spartak, foi bastante comentado, com os adeptos a protestarem nas redes sociais pelo facto de o negócio se fazer por dois milhões de euros (mais 500 mil euros em objetivos).
«Grande atleta, grande desportista, um grande homem, mas não acredito que o Ricardo Mangas, se estivesse cá a época toda, sairia daqui a um ano por um valor superior. Com a saída do Mangas, valorizamos automaticamente os laterais da equipa. O Maga, o Alberto, o Bruno Gaspar, o João Mendes e o Marco Cruz, que, direta ou indiretamente, podem beneficiar com essa abertura. O Mangas jogou a extremo-esquerdo. Abrindo a posição, valorizamos o Gustavo, o Kaio, o Telmo Arcanjo, o Nuno Santos, o João Mendes. Provavelmente, o Ricardo Mangas, daqui a um ano, valeria menos», considerou.
Depois, a procura de estabilidade financeira. António Miguel Cardoso lembrou o facto de estar privado de receitas televisivas para explicar a maior necessidade de vendas, bem como uma menor margem negocial.
«Nós temos a despesa corrente do Vitória e tudo o que está para trás, toda a falta de receita que não tivemos e só podemos resolver com a venda de ativos. Agora, se pensamos nesse valor, ajuda a pagar o quê? Ajuda a pagar a relva, os transportes, os hotéis, os jogadores. Há um sem número de chamadas constantemente a pedir dinheiro. Temos a responsabilidade de tentar pagar as contas. Não é vitimização, mas não recebemos os direitos televisivos o mandato inteiro, só os vamos receber em 2025. (...) Há sucesso desportivo, mas as dívidas não desaparecem e temos de continuar a enganar ou a esconder essa necessidade financeira com estes resultados», analisou.
Por fim, a saída de Jota Silva para o Nottingham por sete milhões de euros (o presidente revelou que apenas 25 por cento vão para o Casa Pia, por ter recuperado 25 por cento antes da transferência), uma verba que foi, por vários adeptos, considerada abaixo do valor do atleta: «Tivemos uma outra proposta superior, mas temos de ser conscientes em relação ao que é a vontade do jogador. Se o jogador tem o sonho de ir para a Premier League, se o jogador não quer ir para mercados emergentes, como era o caso dessas propostas, nós temos de ser sensíveis a isso.»