Martín Anselmi: “Samu tem de estar tranquilo, está a trabalhar para a equipa” | OneFootball

Martín Anselmi antecipa a deslocação ao Farense

Exame a um Farense fortalecido: “No futebol, não apenas em Portugal, mas a nível global, não há jogos fáceis. A competitividade é elevada, e é complicado vencer qualquer adversário. Embora a sua posição na tabela não seja favorável, o Farense é eficaz na transição e nas bolas paradas. É uma equipa que pressiona bem, o que torna o desafio complicado. A classificação não espelha a verdadeira qualidade do Farense.”

As vitórias influenciam a energia da equipa? “No fundo, o que importa é que estamos a lidar com diversas circunstâncias. A equipa técnica que entra a meio da época, as competições europeias… o FC Porto tem sempre a obrigação de vencer e tentamos lidar com isso de forma tranquila. Precisamos de nos sentir confortáveis com a pressão. A ideia de que precisamos de ganhar a todo o custo? Não. A prioridade é o plano de jogo. A crença de que é essencial vencer não é suficiente para garantir a vitória.”

Qual é a sua visão sobre a construção a partir dos centrais?É uma questão complexa. A forma como a Roma pressiona de forma individual é diferente da abordagem que se tem com o Sporting. A flexibilidade do modelo é um desafio. Cada jogo é único, em alguns é necessário atrair o adversário, em outros, a superioridade numérica permite uma maior fluidez. Quero ser eficaz e marcar golos, procurando sempre as vantagens. A dinâmica dos jogos é distinta. Se o adversário tem dez jogadores no meio-campo, isso é uma situação, se sobem para pressionar, é outra. É fundamental perceber os momentos do jogo em que o adversário pode mudar e formar uma equipa que seja inteligente e que saiba lidar com as circunstâncias da partida.”

Samu não marca há sete jogos, como se sente? “Os avançados vivem de golos, e todos desejam marcar. Contudo, a ansiedade pode ser um obstáculo para o sucesso, pois a situação exige calma. Se estiveres ansioso, não consegues perceber o que cada jogada exige. Preocupar-me-ia se a equipa não conseguisse criar oportunidades, mas, nesse sentido, não estamos em dificuldades. Samu deve manter a calma e focar-se no seu trabalho para a equipa, que é o que realmente importa. No último jogo, por exemplo, o Samu fez um bom passe para o Mora. Trabalhamos com todos os avançados em termos de finalização e desmarcação.”

Qual é a sua avaliação do plantel? “A avaliação do plantel deve ser feita no final da época ou durante o mercado de transferências. Estamos a descobrir diversas funções dos jogadores e onde se sentem mais confortáveis. Três semanas ainda é um período curto.”