Zerozero
·16 de diciembre de 2024
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André Villas-Boas, presidente do FC Porto, revelou que o clube teria sido vendido a um fundo americano num curto espaço de tempo, caso a sua lista não tivesse vencido as últimas eleições.
«Contactámos instituições internacionais para refinanciar a dívida do clube. Conseguimos angariar 115 milhões de euros a 5,62 por cento, quando a dívida do FC Porto era até então indexada a taxas entre oito e 13 por cento ao ano. Precisávamos de gerar 15 milhões imediatamente para pagar os salários dos funcionários e dos jogadores. A situação era realmente limite. Se não tivéssemos sido eleitos, penso que o clube teria sido vendido a um fundo americano dentro de um ou dois anos, no máximo. Havia oito mil euros na conta à ordem», referiu, numa primeira instância, numa entrevista concedida ao L'Équipe.
«Quando tens, por exemplo, de deixar à espera pessoas que ganham mil euros por mês para o clube recuperar e poder fazer o pagamento, é doloroso. Muitos jogadores ficaram livres, houve muito dinheiro pago a intermediários. Enquanto no Benfica e no Sporting 40 por cento do valor das vendas entra nos cofres, no FC Porto eram apenas dez por cento, devido a diversos acordos», acrescentou.
O líder máximo dos azuis e brancos destacou, ainda, a evolução da turma da Invicta desde o sufrágio: «Já estamos numa progressão de 30 para 40 por cento da nossa receita comercial. Sobre as transferências, a taxa média de comissões paga pelo FC Porto a intermediários foi de 13%. Nós reduzimos isso em 3 por cento. Mudámos o diretor desportivo, de formação, de desempenho, do futebol feminino e do scouting.»