Vitória mostra evolução defensiva com Carille, mas falha coletiva define derrota no Beira-Rio | OneFootball

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A estreia de Fábio Carille no comando técnico do Vitória apresentou sinais de organização, especialmente no setor defensivo. Apesar da derrota por 1 a 0 para o Internacional, em jogo válido pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, o desempenho coletivo do time baiano foi mais consistente do que em partidas anteriores. Ainda assim, uma falha de cobertura nos minutos finais custou caro e impediu o Rubro-Negro de pontuar no Beira-Rio.

O gol do Colorado foi marcado por Bruno Tabata, já nos acréscimos da segunda etapa. A jogada se desenhou após um cruzamento pela esquerda que contou com falhas sucessivas da defesa do Vitória. Osvaldo não realizou a dobra de marcação com Maykon Jesus, permitindo espaço para o cruzamento. Na sequência, Gabriel Baralhas tentou cortar de cabeça, mas rebateu para o centro da área. Sem cobertura de Willian Oliveira e Pepê na entrada da área, Tabata apareceu livre para finalizar e garantir os três pontos para o time gaúcho.

Embora o resultado tenha sido negativo, a atuação do setor defensivo, comandado por Lucas Halter, foi um dos pontos positivos. O zagueiro teve desempenho seguro, com cortes precisos e liderança na organização da linha de defesa. A compactação do time e o comportamento sem a bola indicaram os primeiros traços do estilo reativo e disciplinado de Carille.

FALHAS PONTUAIS E PESO NA TABELA

O Vitória conseguiu manter o controle da partida durante boa parte do confronto, principalmente com uma postura cautelosa fora de casa. A equipe evitou se expor nos contra-ataques e dificultou as ações ofensivas do Internacional, que teve dificuldade para infiltrar na defesa rubro-negra. No entanto, a desconcentração no momento decisivo comprometeu o plano de jogo.

A sequência de erros individuais e coletivos na jogada do gol expôs um problema recorrente na campanha do Vitória: a fragilidade na sustentação da marcação em momentos cruciais. A falta de sincronia entre os setores e a lentidão na recomposição dificultaram a neutralização da jogada adversária. Esse tipo de falha, embora isolada em uma partida de desempenho mais sólido, tem se repetido ao longo do campeonato e afeta diretamente a pontuação do clube.

Com a derrota, o time baiano permanece na zona de rebaixamento, com 11 pontos conquistados em 13 rodadas. A equipe ocupa uma posição crítica na tabela e precisa reagir rapidamente para não se distanciar dos concorrentes diretos na luta pela permanência na elite.

PREPARAÇÃO E PRÓXIMOS DESAFIOS

Após a partida em Porto Alegre, o elenco do Vitória permanece em viagem para o Rio de Janeiro, onde enfrentará o Botafogo pela 14ª rodada da Série A. O duelo está marcado para a próxima quarta-feira, às 21h30, no Estádio Nilton Santos. Será mais um teste fora de casa e a oportunidade para Carille ajustar a equipe, especialmente em termos de consistência e transições defensivas.

O treinador terá pouco tempo para preparar o grupo, mas já deixou clara sua proposta de jogo: um time compacto, com marcação forte e boa organização tática. Resta saber se a evolução observada na estreia será suficiente para garantir resultados e recuperar a confiança da equipe.

A missão de tirar o Vitória da zona de rebaixamento exige mais que boas atuações. O time precisa transformar competitividade em pontos, corrigindo os erros pontuais e aumentando a concentração nos minutos finais. Para isso, será fundamental o alinhamento entre os setores e o fortalecimento coletivo diante das adversidades.