Técnico interino vê Corinthians em desvantagem física contra o Cruzeiro e reforça pouco tempo de treino | OneFootball

Raphael Laruccia, técnico interino do Corinthians, viu a equipe em desvantagem física na derrota para o Cruzeiro, neste domingo. Além disso, o comandante reforçou que não vem tendo tempo para treinar a equipe, por conta da sequência de jogos no Campeonato Brasileiro.

Em relação à análise do jogo, Laruccia sentiu falta de “equilíbrio” da equipe em momentos cruciais da partida. O Timão perdeu por 3 a 0, todos oriundos de desatenção do sistema defensivo.

“Vejo que de alguma forma acreditamos em uma estratégia para o jogo, em algum momento tivemos o encaixe, mas faltou o equilíbrio, para concentrar o jogo. Deixamos escapar isso em alguns momentos, e sofremos os gols neste momento. A gente tem batido na tecla da concentração. Acho que isso acontece um pouco devido ao desgaste. São dois jogos, com um dia a menos de descanso em relação ao adversário. Faz parte do contexto, mas isso esteve presente em campo. A imagem de falta de energia está mais ligada a isso do que qualquer outra coisa”, comentou Laruccia em entrevista coletiva.

“O que falta para a gente é tempo para treinar. Nós não temos treinado. São dois dias entre um jogo e outro e é difícil treinar. É pensar na estratégia, ver o que o adversário pode oferecer, e tentar trazer os caras para campo com o máximo de energia possível”, complementou o comandante.

Para a partida contra o Vasco, no meio de semana, o Corinthians não terá a presença do meia Rodrigo Garro, por suspensão. Raphael sente a ausência do argentino, mas acredite que o time tem opções no elenco para suprir sua ausência.

“A gente vem de um momento em que estamos encontrando uma forma para que o Garro seja mais protagonista. Foi assim no meio de semana, hoje foi assim também. Ele fará falta no meio de semana, mas temos no elenco jogadores com características semelhantes, como o Coronado, que vai poder exercer esse papel. Garro ará falta, ele tem uma liderança no elenco, mas como tenho dito, nessa sequência de jogos não temos tempo para ficar lamentando. Temos que olhar para a frente, pensar no próximo passo”, disse Laruccia.

Com a derrota no Mineirão, o Corinthians segue na 17ª posição do Campeonato Brasileiro, com apenas 12 pontos conquistados. Os gols da Raposa foram marcados por Matheus Pereira, Barreal e Gabriel Verón.

Na próxima rodada, o Corinthians vai até o Rio de Janeiro para encarar o Vasco, na quarta-feira, às 19 horas (de Brasília).

Veja outros trechos da coletiva de Laruccia:

Fase complicada do Wesley

“Esses momentos ficam evidenciados pelo contexto. Ele está querendo muito, quer esse protagonismo, mas essa maturidade no momento que vivemos é difícil de adquirir, é com o tempo. A gente vê jogadores mais experientes oscilando em momentos como esse que a gente está. Ele é novo, está buscando, correndo, para ter o amadurecimento nesse momento. É preciso paciência, mas estamos em um contexto que não se tem essa paciência. Precisamos equilibrar, passar confiança para que ele consiga exercer o papel dele. Ele é importante, desafoga nosso jogo, e sei que ele vai encontrar esse equilíbrio naturalmente.”

O resultado traduziu o que foi o jogo?

“Sempre gosto de olhar para o contexto, para o todo. Futebol nunca é uma coisa só. Se a gente olhar para o jogo, para o número de finalizações, o Cruzeiro teve um chute a mais. Não houve tanto essa superioridade que pode ter parecido em alguns momentos. Nós buscamos, pensando na questão física, uma postura mais cautelosa, controlando espaços por dentro. Dá a sensação de superioridade para o adversário, que teve mais a bola, mas se olhar as entradas no último terço, foram parecidas. O que diferencia é que eles foram mais felizes na finalização, como o placar diz.”

Falta um protagonista ao time?

“Acredito que nós temos no elenco atletas que podem exercer esse papel de protagonismo. Nosso elenco é jovem de uma maneira geral, a média de idade é baixa, porém atletas com baixa idade e vasta experiência. O contexto todo interfere demais. Entrar em campo dentro de todo esse contexto é complicado. Aí a gente olha para a média de idade baixa do nosso elenco, isso tem representatividade, mas temos atletas que podem ter esse papel.”