“Talvez não tenhamos o que me prometeram”, diz António Oliveira sobre reforços para o Corinthians | OneFootball

Na noite desta quarta-feira, 26, o Corinthians recebeu o Cuiabá na Neo Química Arena pelo Campeonato Brasileiro. Em uma partida instável da equipe, o Timão foi pouco efetivo e apenas empatou o jogo em 1 x 1, seguindo na zona de rebaixamento da competição. Após o jogo, o técnico António Oliveira concedeu entrevista coletiva, onde questionou as expectativas que a torcida tem sobre o atual elenco alvinegro.

“Percebemos a dimensão do clube, mas temos que perceber se o grupo de jogadores está de acordo com as expectativas do torcedor. Já disse aos jogadores, não desisto nem vou desistir deles, acredito e continuo a acreditar neles, mas o grupo é curto para as expectativas de uma equipa que ano passado ficou atrás deste adversário de hoje. Às vezes até fico a pensar que o ano passado esteve a lutar para ser campeão.”

Foto: Alexandre Schneider/Getty Images

António lembrou de todas as saídas e entradas de jogadores durante os meses em que está no cargo de treinador do Corinthians, mas afirmou que não vê a reestruturação vivida pelo clube como um motivo para desculpas pelo mau rendimento dentro de campo. “Eu procuro resultados, não procuro desculpas e é nesse caminho, continuando a trabalhar, acreditando naquilo que faço, que vou continuar o meu trabalho”, disse.

O treinador falou também sobre o que espera da janela de transferências que será aberta em julho. “Temos que conseguir moldar as expectativas de um clube desta dimensão, com uma torcida desta, para aquilo que o clube hoje pode nos oferecer. Talvez seja uma janela onde o clube não nos vai proporcionar aquilo que eventualmente me prometeu. Se calhar, não me vai dar”, afirmou, continuando:

“Não vai chegar aqui o Neymar, não vai chegar aqui o Marquinhos, não vai chegar aqui o Paquetá. Se calhar, nós não vamos ter aquilo que, eventualmente, me prometeram. A janela já vai ser uma situação completamente diferente. Vamos ver aquilo que o mercado e as oportunidades nos dão para podermos treinar uma equipa mais competitiva e mais forte.”

Questionado sobre como vê seu trabalho no clube, o treinador desabafou: “Eu estou muito seguro daquilo que eu faço. Sei como cheguei aqui. Agora, realmente, tem sido um trabalho árduo, apaixonante, mas não pensava que tinha que fazer tanta coisa que fosse para além daquilo que fosse a minha competência técnica. Pude sair, mas continuei, porque apaixonei-me pelo projeto, pelo clube, e continuo apaixonado por ele.”

António ainda defendeu o elenco, reforçando que acredita em seus jogadores. “Vou em frente, com uma crença enorme, com uma vontade enorme, e continuo a acreditar nos meus jogadores, sua entrega, a forma como eles trabalham. Sigo confiando neles, mas percebemos que, para a dimensão e para as expectativas que as pessoas têm, relativamente à temporada, aquilo que nós temos é demasiado curto”, frisou.

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