Portal dos Dragões
·23 July 2025
“Não é momento de Rodrigo Mora sair. Seria uma venda precoce do FC Porto”

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Rodrigo Mora destacou-se no FC Porto durante o final da última temporada, tornando-se uma figura central numa equipa que não teve o melhor desempenho em campo. O jovem jogador fez parte da fase final da Liga das Nações, mostrando o seu valor.
Apesar das mudanças no meio-campo, promovidas pela SAD sob a liderança de André Villas-Boas, Israel Dionísio, treinador com uma forte ligação às categorias de formação do FC Porto, acredita que Mora tem potencial para brilhar nesta temporada.
Em uma entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, Dionísio afirmou que uma possível transferência de Mora para o Paris Saint-Germain, que estaria interessado no jogador, não seria benéfica, recomendando que ele permaneça no FC Porto por mais uma temporada.
“Uma das razões que lhe permitiu ter o tempo de jogo que teve na última época foi o facto de o FC Porto não ter apresentado o nível habitual. Inicialmente, ele teria sido utilizado durante 10 a 15 minutos. Devido à fragilidade da equipa, teve mais tempo de jogo. O seu mérito foi a chave para conquistar esses minutos, tendo uma participação significativa”, afirmou o treinador de 50 anos, que também destacou que a chegada de Gabri Veiga não irá limitar o tempo de jogo de Mora.
“Ainda não sabemos se ele será uma figura central na nova época, com a mudança de ideias no FC Porto. No entanto, estou convencido de que Mora merece o seu lugar no onze. As equipas são sempre compostas por 22 jogadores, com duas opções por posição, e o FC Porto não será exceção. O tempo de jogo de cada jogador é determinado pelo mérito e pelo desempenho durante a semana de treinos. A convocação de Mora para a seleção é uma prova do seu grande potencial. Acredito que este poderá ser um ano muito melhor para ele. Na sua posição, é essencial que ele seja bem apoiado para que a bola chegue em boas condições. O FC Porto está a reforçar a equipa e este ano pode ser uma oportunidade para potenciar ainda mais as capacidades de Mora”, continuou.
A atribuição da camisola 10 ao espanhol Gabri Veiga foi uma surpresa, uma vez que se esperava que Mora a recebesse. No entanto, Dionísio não acredita que o número da camisola tenha grande relevância.
“Isso é um pouco subjetivo. Para esclarecer um pouco a questão da camisola 10, o jogador pode ter a sua preferência em relação ao número. A posição e o tempo de jogo são conquistados. Não quero afirmar com certeza, pois é muito subjetivo, mas confio muito no potencial do Rodrigo. Ele alcançou o que alcançou na última época a uma idade muito jovem, com diversos fatores a seu favor, mas, acima de tudo, por mérito próprio. Com um melhor suporte, que é o que o FC Porto pretende, este poderá ser um ano ainda melhor para Rodrigo Mora”, destacou o treinador.
Recentemente, surgiram rumores sobre o interesse do Paris Saint-Germain em Rodrigo Mora, onde ele se juntaria a compatriotas como Nuno Mendes, João Neves, Vitinha e Gonçalo Ramos. No entanto, Israel Dionísio aconselha o jovem a permanecer na cidade Invicta.
“Se eu estivesse no lugar do Rodrigo, provavelmente não sairia. Mas isso sempre depende de como nos sentimos no clube. Acredito que este seja um bom ano para Mora permanecer, considerando todos os fatores que já mencionei. No próximo ano, uma saída poderá ser uma possibilidade. Se ele mantiver o nível que teve, a transferência será benéfica tanto para o jogador como para o clube. No entanto, não creio que seja o momento para ele sair. Muitas vezes, isso depende de valores e da situação do jogador. Se a transferência se concretizasse agora, seria uma saída prematura por parte do FC Porto”, concluiu.