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·22 June 2024

<i>A pressa de chegar, p´ra não chegar tarde</i>

Article image:<i>A pressa de chegar, p´ra não chegar tarde</i>

Dois jogos e duas vitórias depois, Portugal garantiu um lugar nos oitavos de final do Campeonato da Europa, na Alemanha, e a esse objetivo cumprido ainda lhe juntou o 1.º lugar do Grupo F.

A vitória sobre a Turquia (3-0) foi lançada nos primeiros 45 minutos e confirmada nos segundos, abrindo espaço para uma última jornada da fase de grupos sem pressão.


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Sem calculadora, desta vez; e sem o dramatismo de Leipzig, já agora. Portugal teve pressa para evitar chegar à tarde à ronda do mata-mata, onde já está. Mas à urgência de fechar contas, a seleção nacional contrapôs a paciência perante uma Turquia movida a energia elétrica própria de uma geração plena de juventude. A vontade, essa, «tramou-os».

«Veteranos» à prova do tempo

A vontade ou, então, Pepe. Quando as linhas de pressão falhavam, o central resolvia. Foi soberbo, o senhor 41 anos, aos 21’ e 37 minutos, a colocar um ponto final em ameaças turcas.

E por falar em «veteranos» sem peso nas pernas, o que dizer de Cristiano Ronaldo? Um team player ao nível das qualidades próprias, que no um para um com o guarda-redes adversário preferiu servir Bruno Fernandes para o 0-3. Não foi o golo 131 do capitão; foi melhor do que isso.

Se há espaço para elogios individuais na exibição nacional, também cabe a crítica. Rafael Leão. É verdade que é dele uma das ignições no primeiro golo luso, mas dois cartões amarelos por simulação nas duas primeiras partidas sublinham a tomada de decisão errática. Martínez, protetor, substituiu-o ao intervalo.

«Rastilho» turco dominado

Do individual para o coletivo, a primeira parte de Portugal serviu de base para a tranquilidade na segunda. Depois de «cortar o rastilho» ao «fogo turco» - Kerem Akturkoglu falhou um desvio por pouco aos seis minutos -, a experiência e a qualidade portuguesa evidenciaram-se.

Desde logo, no golo de Bernardo Silva. Na boa definição de Leão (é decisivo quando o faz) para Nuno Mendes, ao cruzamento do lateral para o remate perfeito do «10», no «coração» da área, depois de um desvio de Kökcu. Aos 22 minutos, Portugal abria uma ferida que não sararia na seleção de Vincenzo Montella.

Tocados pelo golo, os turcos não tardaram a sucumbir, sete minutos depois, na infelicidade suprema de Samet Akaydin. O defesa, desorientado, atrasou para a própria baliza, apanhando Baynidir em contra-pé. Portugal fazia o 0-2, pela tranquilidade que tirou à Turquia.

Gestão em qualidade

Vantagem tranquila e exibição confortável. Ao intervalo, Roberto Martínez percebeu o momento e começou a pensar à frente. João Palhinha deu o lugar a Rúben Neves e Pedro Neto rendeu Rafael Leão. Os dois «amarelados» saíram e, com isso, o selecionador nacional tirou risco a possíveis expulsões e uma reentrada em jogo da Turquia.

Segura em posse - Vitinha e Bernardo têm «cola» -, a equipa das «Quinas» acabou com qualquer resquício de dúvida com o 0-3, aos 56 minutos, o tal em que Ronaldo não quis tentar e preferiu dar, depois de ter sido isolado.

Com o terceiro golo, Portugal «ganhou» outra batalha na tarde de Dortmund: a do ambiente. A supremacia turca nas bancadas foi evidente em número e em decibéis - até ao 0-3, quando a alma lusitana (entre 10 a 15 mil) tomou conta da banda sonora.

O resto foi gestão. Emocional e física, a pensar na Geórgia mas, sobretudo, com os olhos postos em Frankfurt, o destino português nos oitavos de final.

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