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·28. November 2024

Um ponto (e vírgula) na epopeia europeia

Artikelbild:Um ponto (e vírgula) na epopeia europeia

Num duelo onde o Vitória SC foi bastante superior, eis que surgiu a primeiro empate (1-1) dos vimaranenses nas competições europeias, após nove vitórias. O impressionante registo não subiu de tom, mas a formação portuguesa, pela forma como foi buscar o ponto nos minutos finais, continua em excelente plano na UEFA Conference League.

Com três vitórias nos três primeiros jogos da competição, os homens de Rui Borges realizaram uma das maiores viagens possíveis em competições europeias: até ao Cazaquistão, para defrontar o Astana, segundo classificado do campeonato cazaque, que terminou no passado dia dez de novembro.


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Contra a maré

O começo da partida não entusiasmou, mas mostrou sempre mais Vitória SC. A formação portuguesa apresentou-se confiante e tranquila, com vontade de ter bola e de ocupar as zonas mais adiantadas do terreno.

Ainda assim, as oportunidades estavam difíceis de aparecer. Uma ou outra saída mais rápida do Astana não abalou os vimaranenses, que foram crescendo ao longo da primeira parte. Pouco antes da meia hora, o golo esteve a centímetros. Num canto - sempre cobrado pelo preciso pé de Tiago Silva -, Manu Silva apareceu com espaço e desviou para a baliza; em cima da linha de golo, Josip Condric agarrou.

No geral, a equipa estava bem, mas era esta dupla que traduzia o bom momento em perigo. Pouco depois, Tiago voltou a cruzar e, desta feita com a cabeça, Manu cabeceou à barra.

Os cantos pareciam ser a fórmula secreta para chegar ao golo. Estava a ser aperfeiçoada pelo Vitória SC e foi roubada pelo Astana. Ao segundo canto dos cazaques, contra a corrente do jogo, os da casa chegaram ao golo: Branimir Kalaica, dentro da área, recebeu, enquadrou-se e chutou rasteiro. 1-0 feito pelo ex-Benfica.

Na reação, antes do regresso aos balneários, o Vitória SC voltou a demonstrar a sua superioridade e atravessou o melhor período, com várias oportunidades de golo, mesmo em lances de bola corrida. Ainda assim, sem golos portugueses, a desvantagem seguiu para o intervalo.

Tardou, mas foi!

Depois do descanso, as duas formações vieram com vontade de jogar mais perto das balizas contrários, com as mesmas estratégias: em ataque organizado do lado português e com incursões rápidas do lado caseiro.

Nuno Santos desequilibrou ao aproveitar os espaços pela esquerda, entre o lateral e o defesa e João Mendes, acabado de entrar, arriscou na meia distância e ainda obrigou a bola a beijar a barra. O Astana voltou a marcar, mas o lance foi prontamente anulado por falta no decorrer da jogada. Partida mais dinâmica, apesar do notório cansaço.

Cheirava a, pelo menos, mais um golo e, se a justiça imperasse, seria para o lado português. Imperou. O Vitória SC teve de suar - e de que maneira -, mas chegou ao empate. Ramírez, com um cabeceamento fulminante, respondeu a um cruzamento vindo da direita da melhor forma e empatou a poucos minutos do final.

O representante português na UEFA Conference League foi muito superior e, por isso, o empate foi um mal menor - ainda que a vitória fosse o resultado mais justo. Ainda assim, são dez jogos sem perder e um primeiro lugar à condição.

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