Em uma noite sem inspiração, Flamengo encontra o alívio nos acréscimos e vence o Athletico | OneFootball

O Flamengo enfrentou uma noite dura no Maracanã: pressionado pela eliminação, contra um adversário recuado e apresentando um futebol sem nenhuma inspiração ofensiva. Era um dia onde tudo parecia dar errado, mas, apesar dos obstáculos, o time carioca não desistiu até o último minuto e arrancou uma vitória suada, por 1 a 0, diante do Athletico Paranaense. Nos acréscimos do segundo tempo, Gerson salvou o Fla e aliviou a pressão.

Além do respiro na temporada, o Flamengo defendeu sua posição no G4 e retomou a quarta colocação, com 48 pontos, diminuindo para nove a distância para o líder Botafogo. Já o Furacão continuou no perímetro de risco, estacionado em 15°, com 31.

Pressão inicial não sustenta volume do Fla

O Flamengo entrou em campo pressionado pela eliminação para o Peñarol na Libertadores e precisando dar uma resposta imediata ao seu torcedor para voltar a sonhar com a briga pelo Brasileirão. A torcida fez o seu papel no Maracanã e compareceu em peso para empurrar o time carioca no duelo rubro-negro contra o Athletico.

Embalado pela necessidade de ser ofensivo, o Flamengo começou a partida com ímpeto e ofensividade para sufocar o Furacão. Apesar da intensidade, o time comandado por Tite careceu de criatividade e suportou a blitz inicial apenas com tentativas pelo alto. Na melhor delas, David Luiz desviou no segundo poste, Léo Ortiz completou e a defesa athleticana salvou em cima da linha.

Com a bola no chão, o Flamengo não encontrou sintonia entre seus jogadores de meio e ataque. Carlos Alcaraz passou a maior parte do tempo longe do terço final de campo, Gerson tentou distribuir as jogadas e Gonzalo Plata não conseguiu nas suas tentativas individuais.

O Rubro-Negro irritou a torcida com a falta de volume ofensivo e passou a arriscar de média distância para testar o goleiro do Furacão. Sem inspiração para armar, o Flamengo facilitou o trabalho da defesa adversária para neutralizar suas tentativas.

O Athletico também ofereceu pouca dificuldade para a zaga mandante. Postado para contra-atacar, Canobbio ficou isolado dos companheiros, batalhou sozinho e não conseguiu encaixar saídas com qualidade.

Gerson salva no apagar das luzes

Na volta do intervalo, o Flamengo renovou o fôlego, mas não corrigiu os erros. O time carioca continuou acumulando uma posse de bola monótona e pouco perigosa para a defesa do Furacão.

Para tentar mudar o panorama, Tite promoveu as entradas de Bruno Henrique, De Arrascaeta e Alex Sandro. As substituições aumentaram as opções ofensivas e não resolveram os problemas rubro-negro, que seguiu sem conexão nas triangulações e encaixado na marcação.

Aproveitando o nervosismo e o aumento do número de erros de passes, o Athletico voltou a ligar o sinal de alerta para os contragolpes e buscou com Canobbio, se aproximando de Pablo, uma escapa letal para definir, mas, assim como o Flamengo, também demonstrou uma partida nada inspirada no ataque.

Era uma noite onde nada dava certo para o Flamengo. Perto do fim do tempo regulamentar, a torcida subiu o tom dos protestos e desenhou um fim de domingo duro para o técnico Tite. Mas, embora o jogo sem inspiração do Flamengo, o time seguiu insistindo dentro de campo e acabou recompensado no apagar das luzes no Maraca.

Aos 46 do segundo tempo, Gerson fez quase tudo. O capitão rubro-negro recebeu pelo meio, clareou para Wesley e correu para dentro da área. Ocupando o lugar que deveria estar Pedro, ou Carlinhos, ou até Gabriel Barbosa, o camisa 8  subiu completamente livre, testou como um autêntico centroavante e mandou a bola no fundo das redes. Festa e alívio no Maraca. O Flamengo voltou a vencer.