Diogo Nascimento recebe o prémio do zerozero: «Foi um percurso fantástico em Vizela» | OneFootball

De Vizela a Atenas, os dias felizes de Diogo Nascimento. Aos 22 anos, o médio formado no Benfica - com passagens por Sporting e Belenenses - vê recompensada a temporada de grande nível na Liga Portugal Meu Super (II Liga) e vai jogar no Olympiacos, colosso helénico, campeão e representante grego na fase regular da Liga dos Campeões.

Antes de viajar em definitivo para os terrenos da Acrópole, Diogo recebe o zerozero na terra a que chama casa. É em Leiria, e nas margens do Lis, que o atleta constrói as primeiras memórias de bola no pé, «a fintar gente mais velha» e a seguir «o irmão Vando para todo lado».

O playoff da luta pela subida à I Liga e o Europeu de sub21 adiam a entrega do troféu mais do que justo. Tudo se junta para o fazermos no cenário perfeito, rodeado das pessoas certas: a mãe, a irmã e dois dos seus representantes.

Diogo Nascimento é o vencedor do Prémio Regularidade da Liga Meu Super 24/25, consequência de um ano superlativo a todos os níveis, época de total afirmação: 33 jogos (2778 minutos), um golo, uma assistência, quatro vezes o melhor jogador do mês e presença na equipa ideal da II Liga.

A média de 6.27 pontos deixa-o à frente de Manuel Pozo (Torreense - 6.18) e André Gomes (Benfica - 6.13).

O momento é singelo, mas marcante. As lágrimas maternas e o abraço da irmã mais velha comprovam-no. Diogo é mais reservado, segura bem as emoções, ao mesmo tempo que mostra ter a cabeça no sítio certo.

A ENTREVISTA COMPLETA ao novo jogador do Olympiacos será publicada esta sexta-feira (1 de agosto).

Por agora, ficam as primeiras impressões sobre o reconhecimento do zerozero. Ali, a poucos metros do rinque em que tantas vezes deixa miúdos mais velhos com a cabeça à roda. Um senhor jogador.

zerozero - Diogo, o troféu vai ficar bem lá em casa. Esta é uma distinção expectável, já contava com ela?

Diogo Nascimento - Não, não estava à espera (risos). É sempre bom ganhar este tipo de prémios, sinal de que fiz bem o meu trabalho. Fico muito contente por recebê-lo.

zz - A época foi muito boa para si. Consegue escolher um ou dois jogos marcantes neste percurso?

DN - Diria... contra o Desp. Chaves, fora (1-2 para o Vizela), porque foi um jogo bastante difícil. Levámos lá 1500 adeptos e fiz um bom jogo. E contra o Feirense, em casa (5-0, um golo), porque goleámos e acho que também fiz uma boa exibição. São os que destaco.

zz - Gosta de procurar os seus números, as suas estatísticas, ver as notas que lhe são atribuídas?

DN - Confesso que não sou muito de estatísticas (risos). Gosto mais de olhar para o jogo. Temos muitos exemplos de jogadores que não têm números fortes e que são muito importantes nas respetivas equipas. Por isso, não procuro tanto esses dados. Mas quando procuro, procuro no zerozero (risos).

zz - Se não fosse para o Diogo, este troféu podia ter ido para outro jogador do Vizela?

DN - Acho que sim. Desde a chegada do mister Fábio Pereira, todos os que jogaram também mereceram este prémio. Foi um percurso fantástico e muitos jogos sem perder. Não posso estar aqui a dizer nomes, porque alguns podem ficar com ciúmes (risos).

zz - A quem dedica este troféu do zerozero?

DN - Vou dedicar aos meus colegas de equipa. Fiz amizades para o resto da vida e sem eles isto não seria possível. E à minha família, que está sempre comigo.