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·17. Juli 2025
Arbitragem passa para ex-diretor do Sporting

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·17. Juli 2025
A Federação Portuguesa de Futebol anunciou esta quarta-feira que Rui Caeiro é o novo responsável máximo pela arbitragem, substituindo Pedro Proença nesse pelouro. A decisão foi tomada em reunião da direção da FPF, que aprovou também outras mudanças estruturais. Rui Caeiro, ex-diretor executivo da Liga Portugal e atual representante da FPF na direção da Liga, acumulará ainda os dossiês do Mundial 2030 e da relação com a LPFP.
Ora, lembram-se quando o presidente do Benfica, Rui Costa, alertou que “isto está tudo minado”? Hoje, essa frase ganha um novo peso.
Rui Caeiro não é um nome neutro. Foi membro do Conselho Diretivo do Sporting durante o mandato de Bruno de Carvalho e um dos últimos a sair da estrutura leonina. Em 2017, foi mesmo distinguido com o Prémio Stromp na categoria de dirigente do ano, uma homenagem feita por sportinguistas a sportinguistas.
É este o homem que, a partir de hoje, passa a comandar o setor da arbitragem na FPF.
Convém então relembrar o contexto recente:
– Quem perdeu uma Taça de Portugal, com erros graves e assumidos no VAR, que a própria FPF reconheceu mas não corrigiu? – Quem viu o tempo útil de jogo reduzido a 20 e poucos minutos numa parte, no Estádio da Luz, num dérbi para o campeonato, com total permissividade da arbitragem? – Quem vê negado o adiamento da Supertaça, num calendário que prejudica claramente a sua preparação para os play-offs da Liga dos Campeões? – Quem vê o rival beneficiar de uma 1.ª jornada “fora”, com a desculpa das obras, mas que na prática lhe poupa deslocações pós-jornadas europeias — ao contrário do Benfica?
A resposta a tudo isto é: o Sport Lisboa e Benfica.
Rui Caeiro pode ter currículo e experiência. Mas tem também um passado vincadamente ligado a um clube que tem beneficiado sistematicamente de decisões que levantam dúvidas. E agora, passa a estar à frente do sector mais sensível do futebol português.
A nomeação é legal. Mas não é inocente. A FPF pode continuar a ignorar os sinais, mas o padrão é demasiado claro para ser coincidência.