Antes de decisão no Mundial, Renato Gaúcho faz desafio a treinadores estrangeiros | OneFootball

O Fluminense joga nesta sexta-feira, 4, contra o Al Hilal pela fase quartas de final da Copa do Mundo de Clubes. A classificação aconteceu diante da Internazionale da Itália, e o técnico Renato Gaúcho aproveitou o momento para fazer elogios ao próprio trabalho e um desafio incomum aos treinadores das equipes top europeias.

"Eu queria ver um gringo fazendo o trabalho que eu estou fazendo no Fluminense. Tem que estar na seleção brasileira, é demais, é muito bom, os brasileiros estão aprendendo. Esse seria o discurso. Mas quando é um treinador brasileiro.. Eu gostaria de estar uma temporada no lugar de um treinador desses grandes clubes considerados na Europa e eles virem treinar, no caso, hoje, o Fluminense patinho feio. E dar resultado. Aí você vai ver quem é o bom. Só isso eu gostaria de fala. Tem que valorizar o treinador brasileiro. Se as pessoas não me valorizam, eu tenho que me valorizar. Porque se você for ver meus trabalhos em todos os clubes, sem os cofres cheios, eu sempre dou resultado. Então alguma coisa eu devo ter", declarou o treinador.

Após usar um esquema com três zagueiros, pela primeira vez nessa passagem pelo Fluminense, para o duelo contra a Inter, Renato Gaúcho comentou qual esquema irá usar para a decisão contra o Al Hilal, destacando a velocidade da equipe saudita.

"O esquema que eu montei pra amanhã é da maneira que eu acho que a gente pode se dar melhor, sabemos que jogam muito em contra-ataque e têm muita velocidade. Analisei bem o jogo deles contra o City, e dessa forma procurei armar minha equipe. Se vai dar certo ou não, não sei. Procuramos treinar pra neutralizar da melhor forma possível os nossos adversários, e que possamos ter sucesso da maneira que pensamos", disse.

Mesmo elogiando o contra-ataque do Al Hilal, que conseguiu ser fatal dessa maneira em um duelo insano contra o Manchester City nas oitavas, Renato Gaúcho cravou que o Fluminense terá a posse de bola.

"De maneira alguma vou deixar de jogar. É dessa forma que gosto de trabalhar com meus jogadores, que gosto da posse de bola, mas sempre com objetividade e em busca do gol. Óbvio que sem a bola, a gente vai marcar e procurar tirar os espaços do nosso adversário, e principalmente não dando espaço para eles. Acho que foi ali que o Manchester City teve problemas com eles (Al-Hilal), porque deu bastante espaço. Dessa forma que treinei meu time, para que pudéssemos dar o mínimo de espaço possível", explicou.

Antes da partida, Renato Gaúcho também fez elogios ao meia colombiano John Arias, destaque do Fluminense na Copa do Mundo de Clubes e tido como um dos melhores jogadores de toda a competição, mas alertou para sua condição física.

"A cada partida, ele tem jogado melhor...Acho que ele é o único jogador, junto com o Fábio e o Freytes, se não me engano, que jogou todos os minutos de todos os jogos. A cada três, quatro dias em campo, o desgaste psicológico do jogo, o desgaste das viagens sem muito tempo para recuperação... Tem horas em que tem que se pensar de melhor forma. Não adianta você ter um jogador que desequilibra dentro de campo, mas não está mais conseguindo correr. Até porque, de repente, pode ter uma lesão. Vamos ver da maneira que ele se comporta amanhã".

Fluminense e Al Hilal se enfrentam nesta sexta, no Camping World Stadium, em Orlando, na Flórida, às 16h (de Brasília). Quem avançar enfrenta na semifinal o vencedor do duelo entre Palmeiras e Chelsea