AVANTE MEU TRICOLOR
·15 de dezembro de 2024
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·15 de dezembro de 2024
Técnico analisou como boa a sua temporada à frente do Tricolor (Foto: Divulgação/SPFC)
MARCIO MONTEIRO
Luis Zubeldía não chegou nem a um ano no comando do São Paulo. Foi contratado após duas derrotas nas primeiras rodadas do Brasileirão e já com a Libertadores em curso.
Sob a batuta do argentino, o Tricolor terminou o Campeonato Brasileiro em 6º, exatamente a meta do clube, além de ser eliminado nas duas copas na fase de quartas de final. Na Libertadores, caiu nos pênaltis para o campeão Botafogo, e na Copa do Brasil, saiu após confronto duro com o Atlético-MG.
Em entrevista àESPN, Zubeldía fez uma avaliação de sua temporada no São Paulo, na qual julgou positiva, e tratou de valorizar o Brasileirão, dizendo ser extremamente difícil.
“Às vezes nós, que estamos dentro, imersos nesse futebol, nos esquecemos de como é difícil o Brasileirão. É muito difícil. Se você olhar para a tabela de classificação, nós terminamos em sexto, e só de olhar e ver quais times ficaram atrás, já mostra o quão difícil é o Brasileirão”.
“Porque, claro, todos pensamos nas Copas e nos encantamos com elas, mas, na verdade, o que dá sustentação a uma instituição, o que dá equilíbrio, o que dá seriedade a uma instituição, na minha opinião, é o Brasileirão. Porque ele é quem mostra se você tem um elenco competitivo, se tem coerência institucional com os dirigentes, se tem uma comissão técnica equilibrada e trabalhadora, porque no Brasileirão você passa por todas as situações emocionais”.
“Você perde um jogo, ganha dois, perde outros dois, e precisa demonstrar muito equilíbrio emocional em todas as áreas. Por isso, acredito que foi um bom ano para o São Paulo, porque mostrou isso no Brasileiro”.
Na sequência, o técnico falou sobre a trajetória na Libertadores 2024, e lamentou o fato de não ter chegado mais longe.
“Na Libertadores ficamos em 1º do grupo. Avançamos bem nas oitavas de final contra um tradicional Nacional e fomos para uma partida que eu tinha a sensação que dali sairia o campeão”.
“Apesar de o Botafogo ter contratado seis jogadores de alto nível no meio do ano, até julho o Botafogo era um time normal, competitivo, normal. Já tinha bons jogadores, mas, a partir de julho, se tornou um time de ponta. Por quê? Porque trouxe dois laterais de seleção, um centroavante de seleção, trouxe o Almada. Já tinham um meia como o Savarino, imagine com o Almada”.
“Eles tiveram uma injeção econômica muito forte. Então, sim, poderíamos ter ido melhor, porque a diferença foi um pênalti ou algo do tipo, é verdade. Sempre digo, sentia, e disse ao presidente Julio Casares, ao [diretor de futebol] Carlos Belmonte, ao Muricy, aos jogadores, sentia que esta Libertadores era nossa. Eu realmente sentia que era nossa”.
“Mas os tempos de Deus são divinos. Então, disse aos jogadores: ‘Vamos nos classificar de forma direta, porque talvez 2025 possa ser o nosso ano’. E se não for, teremos que continuar tentando”, concluiu o treinador argentino.