ZUBELDÍA SE IRRITA COM PERGUNTAS SOBRE ACUSAÇÃO DE XENOFOBIA CONTRA BOBADILLA E TENTA DESCONVERSAR | OneFootball

ZUBELDÍA SE IRRITA COM PERGUNTAS SOBRE ACUSAÇÃO DE XENOFOBIA CONTRA BOBADILLA E TENTA DESCONVERSAR | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: AVANTE MEU TRICOLOR

AVANTE MEU TRICOLOR

·28 de maio de 2025

ZUBELDÍA SE IRRITA COM PERGUNTAS SOBRE ACUSAÇÃO DE XENOFOBIA CONTRA BOBADILLA E TENTA DESCONVERSAR

Imagem do artigo:ZUBELDÍA SE IRRITA COM PERGUNTAS SOBRE ACUSAÇÃO DE XENOFOBIA CONTRA BOBADILLA E TENTA DESCONVERSAR

Argentino fugiu a polêmica (ou pelo menos tentou) no Morumbi (Miguel Schincariol/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo


Vídeos OneFootball


O São Paulo venceu o Talleres por 2 a 1 nesta terça-feira (27), no Morumbi, pela Copa Libertadores, mas como era esperado, o jogo acabou ficando em segundo plano.

O assunto nos vestiários tricolores foi a acusação de fala xenofóbica do volante Bobadilla contra o lateral-esquerdo Navarro, da equipe argentina.

A confusão começou aos 41 minutos do segundo tempo, enquanto o São Paulo comemorava o segundo gol. Bobadilla e Navarro discutiram. O jogador do Talleres ameaçou deixar o jogo e chegou a chorar, literalmente. Acabou consolado até mesmo por jogadores do São Paulo e pelo árbitro.

"Nos classificamos em primeiro (lugar do grupo) com um time com muitos jogadores jovens, com muitos desfalques, todos entregando-se ao máximo, e as duas primeiras perguntas não têm nada a ver com isso. Nos classificamos em primeiro. Desconheço essa situação. Imagine você no meu lugar, estou a 50 metros, vejo que o jogo para por dez minutos, o que posso saber eu dessa situação?", retrucou Zubeldía.

O treinador são-paulino ficou muito incomodado pela confusão envolvendo Bobadillae e Navarro ter ofuscado o feito da equipe, que já estava classificada para as oitavas de final da Libertadores, mas conseguiu confirmar a vaga no mata-mata como líder do Grupo D da competição.

“Não sei nem do que estamos falando. O que quero dizer é que as duas primeiras perguntas após nos classificarmos em primeiro, com todos os inconvenientes que tivemos, não tem a ver com o jogo. Se tivéssemos empatado, iriam falar sobre as substituições, sobre a torcida estar enojada”, completou.

"O que acabei de falar? Me perdoem se não entendem meu espanhol. Mas eu não sei nada do que estão falando. Nem posso falar, imagine se eu falo uma coisa e aconteceu outra. Vocês sabem como é o meu ritual? Chego no vestiário, saúdo aos dirigentes, vou ao meu vestiário, não gosto de ir ao vestiário dos jogadores”, afirmou.

“Um professor meu, Ramón Cabrero, me disse que depois de um jogo o treinador não tem que ir ao vestiário. Há treinadores que falam, eu fiz isso duas, três vezes desde que cheguei. Nos veremos amanhã, depois também e assim segue a história. Não sei de nada. Eu fui claro na primeira resposta. Se não tenho informação, como vou falar. É preferível o silêncio. Já respondi a ele, outra vez a mesma pergunta? Foi parecida, já disse que não sei de nada. Se o equivocado sou eu, não tem problema", completou.

Navarro e outros integrantes do elenco e comissão técnica do adversário foram até o posto da Polícia Militar no Morumbi relatar o ocorrido e denunciar o paraguaio do Tricolor.

Após a partida, Luciano foi o primeiro a ir de encontro a Bobadilla e tirou o paraguaio de campo correndo para evitar maiores problemas.

A PM chegou a ir ao vestiário do São Paulo para colher o depoimento de Bobadilla, mas o jogador deixou o estádio tão logo saiu de campo.

Após a partida, o jogador do Talleres foi às redes sociais e contou sobre o ocorrido.

"Quisera poder ter em minhas mãos a solução para o problema de fome pelo qual passa o meu país. Espero que Deus me dê abundância para poder ajudar. Mas não creio que pode se fazer muito contra a pobreza mental", escreveu.

"Nunca me envergonharei das minhas raízes, irei até as últimas consequências frente ao ato de xenofobia que vivi hoje no Brasil com Bobadilla", completou.

O São Paulo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.

Vale lembrar que no grupo do São Paulo da Libertadores teve um exemplo de jogador punido (por quatro meses) pela Conmebol por xenofobia: Pablo Ceppelini, do Alianza Lima.

Segundo a Conmebol, o jogador uruguaio infringiu o artigo 15.1 do código disciplinar da entidade, que proíbe qualquer atitude que "menospreze, discrimine ou atente contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas por motivos de cor da pele, raça, religião, origem étnica, gênero ou orientação sexual".

De acordo com o jornalista argentino Germán García Grova, o jogador do Alianza Lima chamou um torcedor do Boca Juniors de "boliviano".

Saiba mais sobre o veículo