Zé Ricardo vê queda de desempenho após o empate, fala sobre cobrança e garante dedicação no trabalho para encarar o Cuiabá | OneFootball

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Deus me Dibre

·01 de outubro de 2023

Zé Ricardo vê queda de desempenho após o empate, fala sobre cobrança e garante dedicação no trabalho para encarar o Cuiabá

Imagem do artigo:Zé Ricardo vê queda de desempenho após o empate, fala sobre cobrança e garante dedicação no trabalho para encarar o Cuiabá

O Cruzeiro continua enfrentando dificuldades no Mineirão. Neste domingo, a equipe sob o comando do técnico Zé Ricardo teve um bom início, abrindo o placar com um gol de cabeça de Luciano Castán, mas cedeu o empate sete minutos depois, quando Martin Benítez marcou. Mais uma vez, o time não conseguiu sair vitorioso em sua casa. O jogo, válido pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, não proporcionou muitas emoções. No final, a equipe sofreu com muitas vaias por parte da torcida, que demonstrou insatisfação com o resultado e o desempenho em campo.

Após o jogo, em entrevista coletiva, o técnico Zé Ricardo reconheceu que o time caiu de produção após o gol de empate do América, mas prometeu muito trabalho e demostrou confiança na reação da equipe com o trabalho a ser desenvolvido nas próximas semanas.


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Confira os principais trechos da coletiva:

Sem vencer no Mineirão em 2023:

“Ressaltar a festa linda feito pelo torcedor. Entendo a chateação, também estaria como torcedor. Tínhamos uma expectativa de fazer uma grande partida e trazer o resultado junto com nosso rendimento. Ele veio até o momento de empate do América. A gente fez um, poderia ter feito outro e sentimos depois do gol, terminando o primeiro tempo mais próximo do ambiente que o América queria, de transição, do que havíamos programado. Tentamos fazer algumas correções no segundo tempo, mas incomoda o fato de não vencer em casa. No Brasileiro todas as equipes aproveitam o fator casa e estamos pecando nisso. O que fazer é continuar trabalhando todos os aspectos do jogo, inclusive emocional, pra gente nesses 13 dias que temos até o próximo jogo apresentar um futebol com rendimento e resultado.”

Longo tempo de preparação até o próximo jogo. O que fazer para mostrar evolução, principalmente no setor ofensivo:

“O dia a dia de trabalho é integral. O que posso garantir é que estamos trabalhando muito e se dedicando bastante. O comprimento desses atletas com o clube, então a gente entende a chateação do torcedor, queremos virar essa página, sabemos que o Cruzeiro vai ser sempre cobrado por ser um clube gigante. O clássico tem outras variáveis que atrapalham. O América vem de bons resultados, merecia um resultado melhor contra o Vasco. Poderíamos ter feito uma vantagem melhor nos primeiros 20 minutos, mas sentimos depois do gol. Precisamos trabalhar mais, conhecer e reconhecer todos os jogadores, só o tempo realmente dá, para poder extrair e atacar o que vem atrapalhando. (…) Vamos sair dessa situação sem dúvida nenhuma.”

Saída do Wesley e entrada do Machado:

“O Wesley já pensava em tirá-lo no intervalo, pois tomou um amarelo junto com o Jussa, mas entendia que poderia ser uma boa opção. Conversei com eles para tomar cuidado com as divididas para que não ficássemos com um a menos. Quando a gente faz a entrada do Filipe Machado, tento levar o Nikão ao lado do campo para ele ser um meia como sempre jogou na sua carreira, vindo por dentro, já que o América havia adiantado um dos seus meias, e a gente conseguir um espaço. Acho que até em um ou dois momentos apareceram o espaço, mas aí entrou também o desgaste do próprio Nikão, e a gente precisou fazer as trocas. É continuar trabalhando, não tem outro jeito.”

Previsibilidade nas mudanças:

“Não acredito. Hoje tentamos uma formatação diferente. A ideia era colocar um quadrado no meio, com Nikão, Vital e os dois volantes chegando, para atrair os dois zagueiros do América e atacar com os homens que vinham do lado do campo. Conseguimos fazer bem nos primeiros minutos, talvez se a gente esperasse um pouco mais a compactação da equipe no ataque poderíamos ter aproveitado melhor, mas previsível não. Nossa equipe tem uma maneira de jogar, está tentando fortalecer, mas um campeonato longo é natural ter variações de jogadores e estratégia em virtude da característica de cada atleta, mas continuamos trabalhando num 4-4-2 tentando fazer o Nikão como um “9” que viesse buscar esse jogo e atrair um dos zagueiros para fazer os ataques em diagonal principalmente com Arthur Gomes e Wesley. Faltou um pouco mais de calma pra definir naquele último terço. Vínhamos bem até o gol do América. A partir disso a gente se desequilibrou um pouco e, com a expulsão, ficou quase impossível conseguir a vitória.”

Se falta intensidade e o motivo do problema:

“Vejo sempre o desempenho de uma equipe de forma integral, não fatiando em parte física, técnica e tática. Tem profissionais envolvidos em todas as áreas. Precisamos melhorar todos os aspectos do jogo. Uma equipe equilibrada consegue se equilibrar nos momentos do jogo. Organizações, transições, bola parada principalmente que estamos treinando bastante e conseguimos mais um gol de bola parada com um atleta que achávamos que conseguia atacar que foi o Luciano. Entendo que a concentração é fundamental ao ser humano, a equipe, quando estamos concentrados fazemos coisas muito boas. O futebol é muito caótico, temos que estar ligados o tempo todo. O Benítez ficou flutuando nas costas do William, no momento do gol chamo a atenção dele para que a gente pudesse ter uma base de início de jogo pelo lado, mas também uma cobertura. No lance do gol, demoramos a fazer abordagem no Nicolas e naquela abordagem acabou achando o Benitez que num giro de corpo tirou dois jogadores e foi feliz na finalização. Tentamos corrigir, futebol é isso. É um clássico e muitos detalhes acabam definindo.”

Como dar criatividade e aumentar a produção ofensiva da equipe:

“Uma dessas soluções que pensamos foi ter esses quatro homens por dentro de campo, para que pudessem se associar. Jussa e Lucas, que tem o poder de chegar de traz, o Nikão que tem uma capacidade de juntar a equipe e o Vital pela sua característica de meia. A gente entendia que com aqueles quatro poderíamos buscar. Muitas vezes a gente consegue, em outras não. Existe um adversário do outro lado, não é num passe de mágica que vamos mudar uma forma de jogar. Tivemos dez dias para trabalhar, conseguimos mostrar isso pra eles, mas certamente continuamos insatisfeitos e trabalhando para produzir mais. Quanto mais excelência e ser competentes, a tendência é que se aproxime mais da vitória. É pouco ainda, temos que trabalha para manter isso por mais tempo.”

Cobrança por resultados:

“Se pode ter certeza que a cobrança existe diariamente. Falo muito em concentração. Hoje a preleção a gente entendia que estava muito clara, a gente falou 20% do jogo e mais da concentração que temos que melhorar. Foi o que aconteceu, infelizmente. Acredito no elenco que a gente tem e tenho convicção que a comissão técnica que temos no Cruzeiro são profissionais de extrema competência e cada um na sua área dará sua contribuição. Vamos sair dessa situação, produzir mais e voltar a vencer não só dentro como fora de casa.”

Marcação sobre o Benítez:

“Concordo em partes. Quando saiu a escalação, chamamos a atenção sobre o Benitez. Tanto que ele sai de dois jogadores próximos dele. Corrigimos logo depois o posicionamento nas bolas paradas, que eles deixaram o Benitez pelo lado direito. Concordo em partes que depois do gol nosso, a gente poderia ter juntado a equipe e ter feito um ataque mais apoiado do que direto, foi isso que acabou marcando. Os zagueiros do América recuperam e não andam pra frente. Quando perdiam a bola, a gente tinha que esperar a nossa equipe se compactar na frente pra definir, e aí acho que pecamos um pouco. Tentamos fazer melhor no segundo tempo, mas de uma forma geral o clássico envolve muitos aspectos e o fato de não vencer em casa incomodou a nossa equipe, a torcida já mais impaciente, a gente entende. Jogamos numa equipe grande, a pressão vai existir e temos que estar prontos para superar tudo isso e que essa fase pode passar no próximo jogo.”

Desempenho do meia Mateus Vital:

“Gosto do Vital desde a minha época que ele subiu no Vasco. É um jogador que tem a render, seu início de ano aqui foi muito bom e temos que tentar resgatar seu melhor futebol. Logicamente que o Matheus Pereira chegando, que atua na mesma faixa de campo, muito talentoso, estou tendo a oportunidade de vê-lo mais de perto, teve dois treinos com a gente, mas não o suficiente para colocar, não queremos que tenha uma recidiva, então temos mais duas semanas, vamos prepará-lo bem para o jogo contra o Cuiabá. De forma geral confio em todos do meu grupo, certamente para um jogador vestir a camisa do Cruzeiro tem seu potencial. Agora é papel nosso tirar o seu máximo e fazer jogar na sua plenitude e com a consciência deles de que precisam melhorar. Não vai faltar cobrança e trabalho para melhorar no jogo contra o Cuiabá.”

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