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·26 de novembro de 2020

Zamorano: o craque chileno no América do México

Imagem do artigo:Zamorano: o craque chileno no América do México

Foram 14 anos de gols pela Europa, passagem brilhante pelo Real Madrid e título da Champions League com a Internazionale. Além disso, levou a seleção chilena até as oitavas da Copa do Mundo de 1998 com a camisa 9 e a braçadeira de capitão. Foi com esse currículo que Iván Luis Zamorano Zamora desembarcou na Cidade do México, em 2001, para defender as cores do América. Inegavelmente, o chileno havia facilidade para balançar as redes e, aos 33 anos, decidiu provar isso no país latino.

CHEGADA

Com a finalidade de encerrar a seca de títulos que o clube vivia na época, Iván Bam-Bam Zamorano foi a escolha dos dirigentes para elevar o patamar da equipe. De fato, sua contratação foi cercada de expectativa, e os torcedores se mostravam confiantes na quebra do jejum de 11 anos. Dessa maneira, os veículos de comunicação tratavam a chegada do chileno como a maior contratação da história do futebol mexicano.


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Embora conhecesse sua fama no México, Bam-Bam não esperava que uma multidão de torcedores fosse acompanhar sua apresentação no próprio aeroporto. Após ser apresentado para torcida e imprensa, começaram os questionamentos sobre sua condição física e as comparações com outros veteranos que não tiveram sucesso no país, caso de Bebeto no Toros Neza. Em seguida, Zamorano declarou que a idade era o que menos importava e que o espírito e alma de guerreiro fariam a diferença.

“Sei que muitos atletas experientes e já com uma certa idade vieram para cá e falharam, mas eu estou aqui para vencer”, disse o chileno.

ESTREIA

O primeiro jogo do América no campeonato de 2001 seria contra o Morelia, atual campeão, fora de casa. Então, o preparador físico da equipe admitiu que o atacante poderia entrar no segundo tempo, mas acreditava que Zamorano precisaria de um período de adaptação de até 21 dias. Contudo, a documentação do chileno não chegou da Itália a tempo e ele não pôde jogar. O Morelia venceu aquela partida por 2 x 0.

Dessa maneira, o adversário da 2ª rodada era o Santos Laguna, no estádio Azteca. Usando a camisa 11, Bam-Bam estava entre os titulares e precisou de apenas 30 minutos para mostrar serviço. Logo que a bola rolou, o América abriu o placar com Luna. Aos 7’, Zamorano marcou seu primeiro gol com a camisa das Aguillas, o segundo do time no jogo. Não demorou muito e, aos 27’, marcou o segundo dele na partida. Logo depois, aos 30’, fez o hat-trick para delírio dos torcedores.

Decerto que sua estreia não poderia ser mais feliz, e, sabendo disso, o treinador Alfio Basile promoveu a substituição do chileno aos 34’ do segundo tempo. Principalmente para que os 85 mil presentes no estádio pudessem reverenciar e aplaudir o craque do time. Oviedo fez o quinto gol do América, e Borgetti anotou o de honra do Santos para a partida acabar 5 x 1.

NÚMEROS DE ZAMORANO

Em dois anos jogando pelo América, Zamorano atuou em 63 partidas e balançou as redes em 33 oportunidades. Aliás, ele marcou um dos gols na final do campeonato em 2002, contra o Necaxa. Naquela ocasião, o time havia perdido o jogo de ida por 2 x 0, e Bam-Bam, já com a camisa 9, foi o responsável por marcar o segundo gol das Aguillas, no jogo de volta. Posteriormente, na prorrogação, Castillo marcou o gol do único título do chileno com a camisa do América. Enfim, quebrando a longa sequência de 12 anos de jejum ao ser campeão do Campeonato Mexicano de 2002.

Após o título de 2002, o contrato com o América se encerrou, e Zamorano optou por realizar um desejo antigo de seu pai. Dessa forma, ele se transferiu para o Colo-Colo, do Chile, onde marcou oito gols em 14 jogos e logo depois pendurou as chuteiras.

Foto destaque: Reprodução/Mexsports

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