AVANTE MEU TRICOLOR
·16 de agosto de 2025
YOUNG FALHA FEIO EM ESTREIA, MAS SÃO PAULO CONTA COM A FORÇA DOS TITULARES PARA BUSCAR EMPATE COM O SPORT NOS ACRÉSCIMOS

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·16 de agosto de 2025
Luan foi uma das surpresas da escalação tricolor no Nordeste (Rubens Chiri/SPFC)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
E o São Paulo continua sem conhecer uma derrota no Campeonato Brasileiro depois da partida de reestreia de Hernán Crespo no comando do clube.
Na noite deste sábado (16), na abertura do returno, com um time misto, uma nova configuração tática e muita dificuldade em campo, o Tricolor sofreu no primeiro tempo. Mas na etapa final, com 2 a 0 de desvantagem, a cavalaria titular entrou em campo e arrancou o empate em 2 a 2 com o Sport, na Ilha do Retiro, já nos acréscimos.
Agora são sete jogos invictos na série que fez o Tricolor ascender na classificação.
Poderia-se dizer que Crespo abriu mão do jogo, antes as experimentações promovidas, priorizando, claro, a decisão que se avizinha. O esquema 4-3-3, inédito com ele desde sua chegada. E algumas caras novas na escalação deram o tom da dificuldade ante o desesperado adversário.
A maior das caras novas estava no gol. Desde 2022 treinando nos profissionais, Young acabou ganhando sua primeira chance nos 11 iniciais são-paulinos. E, infelizmente, será um dia para se esquecer. Foi em um erro do garoto que os pernambucanos abriram o placar diante da sua torcida: logo aos seis minutos, o arqueiro tricolor saiu jogando errado e deu de bandeja para Lucas Lima marcar com o gol vazio.
Mas, antes de tudo, é injusto tacar toda a culpa nas costas do novato. E a história acabou por ajudá-lo. O São Paulo reserva não se encontrou em Recife (PE). Teve dificuldades ofensivas, não conseguiu encaixar a marcação e foi presa fácil do Sport.
Não era, contudo, uma apresentação horrorosa do São Paulo, que perdeu gol feito no início, acertou o travessão nordestino...
No segundo tempo, tudo mudou. A tropa de choque dos titulares entrou e o ritmo paulista cresceu. Apesar de ter sofrido o segundo tento logo no início da etapa final, o São Paulo cresceu, marcou um gol com Lucas e empilhou chances ante um adversário retrancado. Aí não teve jeito. Maik, já nos acréscimos, empatou.
Ao Tricolor, o empate com gosto heroico mantém o time em sétimo na classificação até a publicação deste texto, com os 29 pontos. Mas dada a quantidade de jogos a ser realizada, o clube do Morumbi vai terminar a rodada bem atrás na tabela.
Agora, o que realmente importa: o duelo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores contra o Atlético Nacional, terça-feira (19), no Morumbi. Com o 0 a 0 na Colômbia, o São Paulo precisa vencer no tempo regulamentar para se classificar. Nova igualdade leva a decisão da vaga para os pênaltis.
Pelo Brasileirão, o clube volta a campo no ingrato horário das 20h30 (de Brasília) do outro domingo (24), para enfrentar o Atlético-MG, também no Morumbi.
O duelo mal começou e o São Paulo teve chance clara de sair à frente do placar. Na primeira jogada, um chutão de trás encontrou Dinneno livre. O atacante invadiu a área e, cara a cara com o goleiro Gabriel, chutou cruzado para fora, desperdiçando oportunidade única.
Alguns minutos foram o suficiente para se observar problemas no Tricolor: os erros causados pelo desentrosamento, a falta de ímpeto na rotação ofensiva, dificuldades no encaixe da marcação...
Tudo isso era compensado pela fragilidade do adversário nordestino. Até que o azar deu as caras. Aos 4, Young recebeu recuou, saiu errado e deu a bola nos pés de Lucas Lima, que só teve o trabalho de escolher o lado e bater às redes com o gol vazio.
As coisas começaram a mudar aos 24, quando Pablo Maia deixou as obrigações defensivas e passou a trabalhar mais na criação de jogo. Foi quando, por exemplo, quase empatou desviando de primeira uma cobrança de escanteio que triscou o travessão.
O São Paulo melhorou no jogo e aumentou seu volume, mas o primeiro tempo caminhou para o encerramento sem a efetiva criação de oportunidades mais contundentes de ambos os lados.
Na etapa final, Lucas veio a campo e a esperança são-paulina virou água logo. Aos 4, Matheus Alexandre cruzou na medida pela direita e Derik Lacerda testou de prima para acertar o canto esquerdo de Young e marcar o segundo dos mandantes.
A adversidade com dois tentos contra exigiu mais mudanças de Crespo e mais titulares entraram em campo. O resultado foi imediato: aos 20, Henrique do Carmo cobrou escanteio e Lucas subiu sozinho para cabecear e diminuir a vantagem pernambucana.
Foi a senha para o jogo mudar de vez o panorama. Contando principalmente com um inspirado Henrique do Carmo, o Tricolor passou a dominar de vez o jogo, com o desesperado Sport se retrancando e se salvando como dava.
Aí virou drama dos dois lados. O São Paulo chutava como dava ao gol adversário e chegou a reclamar de pênalti em cima de Tapia, que culminou na expulsão de um dos auxiliares de Crespo por reclamação. O Sport respondeu pelo menos duas vezes, finalizando para fora bolas em que saiu livre na entrada da área, aumentando a tensão do fim de jogo.
Até que, aos 47, a covardia dos mandantes foi punida. E o Tricolor provou o seu valor: após bate e rebate na área, Maik, outras das apostas de Crespo na noite, pegou de primeira da fora da área e ainda viu a bola desviar na zaga para enganar o goleiro e selar o empate.