Xabi Alonso: “Não me preocupa a comparação com os grandes técnicos que tive, tenho que ser eu mesmo” | OneFootball

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·12 de outubro de 2022

Xabi Alonso: “Não me preocupa a comparação com os grandes técnicos que tive, tenho que ser eu mesmo”

Imagem do artigo:Xabi Alonso: “Não me preocupa a comparação com os grandes técnicos que tive, tenho que ser eu mesmo”

Xabi Alonso teve um começo bastante promissor na Bundesliga. O novo técnico do Bayer Leverkusen, em sua estreia por uma equipe principal, garantiu a goleada por 4 a 0 sobre o Schalke 04 no sábado. Que os adversários não venham em boa fase, os Aspirinas também andavam acumulando tropeços. A equipe mudou bastante de atitude, e com uma formação tática diferente, mais agressiva. Moussa Diaby liderou o show em campo, com direito a golaço e ótimos passes, enquanto nomes como Jérémie Frimpong e Paulinho também se sobressaíram na ocasião. Em entrevista ao AS, Xabi falou sobre o novo momento da carreira, as inspirações e as perspectivas iniciais na Alemanha, onde pendurou as chuteiras pelo Bayern de Munique.

“Não me preocupa em nada a comparação com os grandes técnicos que tive, zero. Tenho muito claro que cada um precisa ser ele mesmo. Tive a sorte de ter muitos bons treinadores, os melhores. Eles me ajudaram muito, mas você tem que ser você mesmo. […] Tive muitos treinadores, é difícil ter algo de cada. Eu diria de todos eles uma palavra que os engloba: liderança. Isso é fundamental”, afirmou. “Aprendi dos meus treinadores que os jogadores precisam te seguir e confiar em você. Os jogadores têm que estar com você, é um fato. Todos os grandes treinadores sentem assim. O jogador deve saber que você está ali para ajudá-lo com sua experiência, sua liderança e sua ambição”


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Xabi Alonso preferiu não se definir por um estilo de jogo específico: “É preciso mesclar estilos, não precisar ter só um. Minha ideia é que a equipe deve entender perfeitamente nossa estratégia. Queremos jogar de maneira dominante e intensa. Fui volante, então eu gosto de controlar os jogos. E queremos criar uma mentalidade ganhadora, só assim se pode olhar longe”.

Além disso, comparado a Pep Guardiola por sua atitude agitada à beira do campo, o ex-volante afirmou que tal postura não tem nada de singular: “Para mim, é natural estar muito envolvido nos jogos quando estou dirigindo, acontece assim. Não é um comportamento nada especial. Como jogador, você joga em campo e, como treinador, joga no banco. Tem que ser parte do jogo e tratar de influenciar”.

Sobre a escolha da Bundesliga, Xabi Alonso declarou ser um passo consciente. Indicou que a competição o agrada não apenas por aspectos técnicos, mas também pela maneira como se vive nas arquibancadas. Além do mais, a língua se tornou um facilitador neste caso.

“A Bundesliga é uma liga muito enriquecedora para um treinador. Eu vivi como jogador, eu me aposentei aqui inclusive e já vi que pode ser um bom lugar para treinar, para começar a ser treinador. Assim que entrei em campo e ouvi o barulho das arquibancadas, pensei: ‘Uau, isso é a Bundesliga'”, analisou. “Tive ofertas da Espanha. Mas, para mim, as coisas dão certo se eu me sinto bem com elas. Assim foi com o Leverkusen. Conheço a mentalidade alemã, conheço a seriedade. Quando há algo que gosto, não consigo tirar da cabeça”.

“Tenho que falar em alemão sim. Temos só seis jogadores alemães, então também usarei o espanhol e o inglês. O francês não, porque não sei. Depois de cinco anos, esqueci algo de alemão, mas tentarei. É um grande projeto e temos grandes objetivos para alcançar”, complementou. “Sempre há um risco quando se começa na zona de rebaixamento, mas é preciso melhorar e dar passos para frente. Creio firmemente que funcionará e estou muito motivado. Os jogadores demonstraram uma grande qualidade nos últimos anos. Deveriam voltar a desfrutar jogando”.

Durante a conversa, Xabi Alonso comentou especificamente sobre Paulinho, que se via às portas de deixar o clube pela falta de espaço com Gerardo Seoane e voltou com gol sob as ordens do novo técnico: “Todos os jogadores partem do zero comigo, também Paulinho. Eu disse aos jogadores: não sou eu quem faço as escalações, são vocês que fazem por aquilo que me demonstram. […] Creio que ainda podemos melhorar muito. Falamos de alguns conceitos durante os dois dias de treino e os jogadores entenderam. É um bom começo. Estamos contentes. Não tivemos tempo para nos preparar, mas os jogadores me entenderam”.

E a sensação é de que os frutos não demorarão a vir: “A sensação geral é de que é um bom passo e eu também sinto assim. É um passo importante. Um grande desafio, que me vai servir para seguir crescendo como treinador. Eu me sinto preparado para este passo. Estamos nos primeiros dias e é preciso ver onde isso vai dar. Mas tenho a confiança de que tudo vai sair bem”. O Bayer Leverkusen deixou a zona de rebaixamento na Bundesliga e agora foca na Champions, ainda na luta pela classificação. Pega o Porto na rodada desta quarta.

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