Trivela
·01 de maio de 2023
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·01 de maio de 2023
O momento não é dos mais inspiradores para o Arsenal. A derrocada na Premier League é frustrante, por tudo aquilo que se sonhou. E quando a torcida londrina ganhava uma nova esperança com o futebol feminino, também quebra a cara. Diante do Emirates lotado com mais de 60 mil torcedores, o Arsenal perdeu a chance de se classificar para a decisão da Champions League, eliminado pelo Wolfsburg com requintes de crueldade nas semifinais. A partida na Alemanha terminou com o empate por 2 a 2, placar que se repetiu durante o tempo normal na Inglaterra. As londrinas abriram a contagem, tomaram a virada e voltaram a igualar. Já na prorrogação, quando tudo parecia encaminhar a disputa para os pênaltis, as Lobas aproveitaram um vacilo defensivo das anfitriãs e decretaram a vitória por 3 a 2. O gol saiu aos 14 minutos do segundo tempo extra. Mais experientes no torneio, as alemãs vão à sua sexta final e ganham o direito de desafiar o Barcelona em Eindhoven, no jogo que ocorrerá em 3 de junho.
O Arsenal abriu o placar com apenas 12 minutos, num contra-ataque que gerou reclamação do Wolfsburg por uma falta não marcada. Stina Blackstenius recebeu na entrada da área, ganhou a dividida e passou pela goleira, com a conclusão às redes vazias. As Lobas, de qualquer forma, eram mais agressivas no primeiro tempo e buscaram o empate com 41 minutos. Após uma cobrança de falta para a área, Jill Roord dominou na meia-lua e chutou firme para estufar o barbante.
O Wolfsburg manteve o momento na volta para o segundo tempo e virou o placar, aos 13 minutos. A craque Alexandra Popp apareceu, ao desviar de cabeça uma cobrança de escanteio que veio no primeiro pau. O Arsenal precisava reagir e pressionou até empatar de novo, aos 30, também numa bola parada. Na segunda tentativa de cruzamento, Jennifer Beattie mal precisou saltar para acertar a cabeçada no cantinho, que ainda beliscou a trave. As londrinas ainda tiveram mais controle no final, sem evitar a prorrogação.
Já no tempo extra, o Arsenal não produziu tanto nos primeiros 15 minutos, em que teve mais posse de bola. O Wolfsburg cresceu na segunda etapa e martelou para evitar os pênaltis. O gol da classificação para a final saiu, então, no 119° minuto. As londrinas erraram infantilmente uma saída de bola nos arredores da área. Jule Brand fez o desarme e deu o passe rasteiro para Pauline Bremer só escorar, com oportunismo. Duas substitutas resolviam às alemãs, de volta à final da Champions após três anos.
Já do lado do Arsenal, apesar da decepção e das lágrimas, as jogadoras saíram aplaudidas do Emirates. Era um reconhecimento ao esforço de um time que atuou no limite, sobretudo pelos desfalques de peso por lesão – incluindo Beth Mead, Vivianne Miedema, Leah Williamson e Kim Little, provavelmente as quatro melhores jogadoras do elenco. Além do mais, os 60 mil presentes também reforçam a capacidade de mobilização ao redor do clube e do futebol feminino.
O Wolfsburg disputará sua sexta decisão da Champions Feminina. As Lobas conquistaram um bicampeonato em 2013 e 2014. Desde então, foram três vices (2016, 2018, 2020) contra o Lyon. É ver se as alemãs conseguem bater de frente com o Barcelona, favorito pelo desempenho recente. As blaugranas celebraram no final de semana o tetra do Campeonato Espanhol. Já na Champions, o Barça foi campeão em 2021, com vices em 2019 e 2022.