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·06 de janeiro de 2025
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·06 de janeiro de 2025
Na antevisão ao duelo frente ao Sporting, Vítor Bruno, treinador do FC Porto, garantiu que a equipa está motivada para conquistar o troféu, dando ênfase à boa fase vivida atualmente. O técnico de 42 anos comentou, ainda, sobre os elogios de Rui Barros, lenda dos dragões, a Rodrigo Mora.
Vontade de vencer a prova: «Expectativa é a mesma de sempre num clube como o FC Porto. Queremos muito ganhar esta competição, é um objetivo da época, surge num bom momento. Gosto muito que a equipa seja desconfiada, que não embarque em demasia no que tem sido conseguido recentemente. Olhar com respeito e humildade para um adversário forte, que vai exigir estarmos a um nível muito alto. Queremos ganhar o jogo para estar na final.»
O regresso de Marcano: «O Marcano está connosco há algum tempo, mas nem sempre a treinar na totalidade. Tem-nos acompanhado, tem estado em estágio. É um elemento muito importante para nós. É alguém muito ouvido ali dentro. É sempre bom tê-lo por perto. Agora já pode dar todo o seu contributo.»
O novo Sporting com Rui Borges: «Há várias configurações que se mantêm, desenhos idênticos. Há alguns posicionamentos ligeiramente diferentes numa estrutura muito similar. Procurámos antecipar diferentes cenários, mas não houve grande diferença nos comportamentos. É fundamental perceber aquilo que o Sporting fez no passado e ver que não há muita diferença. Esperamos um Sporting à imagem do treinador, tendo em conta o passado recente.»
FC Porto beneficiado no panorama físico?: «Sinceramente, não me parece. Estamos a jogar ao quarto dia. Se fosse ao terceiro, até penso que poderia haver alguma vantagem, mas isto depois é muito levado para o lado emocional. São jogos com cariz muito próprio, um clássico, onde os níveis competitivos estão em alta escala. A fadiga dissipa-se com o contexto em si. Penso não haver vantagem da nossa parte nem da parte do Sporting. Quando se joga ao quarto dia, as 96 horas tornam-se boas para recuperar os jogadores.»
O peso anímico da prova: «Se perguntar a qualquer um dos treinadores da Final Four, a vontade passa sempre por ganhar. Contudo, uma derrota não significa ficar com o resto da temporada hipotecada. Digo, muitas vezes, que isso pode gerar sucesso se olharmos da maneira certa. Queremos muito jogar e ganhar amanhã e sabemos que o jogo vai ser difícil para nós, tal como vai ser difícil para o Sporting. Acho que aqui não vai chegar apenas o talento, mais do que isso terá de ser o compromisso.»
Os elogios de Rui Barros a Rodrigo Mora: «Se for igual ao Rui Barros no talento, fico muito contente. Se fizer um pouquinho dessa carreira, é um excelente sinal. É de um talento absurdo. Voltando ao Mora, recentemente, penso que o pai falou numa entrevista e disse que está muito bem rodeado. Sinto que o Mora quer crescer, evoluir, não quer ficar por aqui. Sabe que está a iniciar um caminho que é longo e que, por vezes, terá pedras pelo meio. Estamos cá para lhe dar atenção. As vozes vão aparecer no momento em que ele não for tão competente. Dá-me ideia que está muito bem rodeado e isso é essencial num menino de 17 anos. Que o vão aconselhar. Perceber que nem tudo são flores. Se ele tiver a mente aberta, certamente fará carreira no futebol.»
A chance de alcançar o segundo título como treinador principal: «No final de uma carreira, cada treinador olha para trás e vê o que foi construindo no palmarés. Percebo o lado mais objetivo e materialista, mas eu sou muito emocional, apesar de às vezes não parecer. Não devemos menosprezar as ligações e os vínculos no futebol, mas claro que títulos são sempre títulos. Não preciso e nem me quero impor de forma autoritária, quero que seja natural. Quero ser um líder que lidera enquanto competência. É um título que está em disputa e no FC Porto tem de se querer ganhar.»