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·29 de junho de 2022

Vigilante do incêndio do Ninho cobra indenização milionária do Flamengo

Imagem do artigo:Vigilante do incêndio do Ninho cobra indenização milionária do Flamengo

Um homem que trabalhou por mais de dez anos no Flamengo cobrou uma indenização de R$2.9 milhões na Justiça do Rio por danos morais, além de salário vitalício, por causa de sequelas deixadas após o incêndio do Ninho do Urubu. O homem em questão era vigilante do clube e estava a serviço na noite que dez atletas da base rubro-negra morreram.

A informação foi dada pelo “UOL”, que conversou com o vigilante. Assim, ele revelou que chegou a segurar os braços de algumas crianças que morreram naquele dia e escutou pedidos de socorro delas como: “não me deixa morrer, tio”; “me ajuda, tio. O que está acontecendo?”; “Meu amigo está dormindo, ajuda ele”.


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O Flamengo treino no CT do Ninho do Urubu – Gilvan de Souza / Flamengo

O homem contou que sua função à época era apenas de vigilante, sem ter conhecimento técnico, formação profissional ou psicológica para dar auxilio naquela situação. Desde então, ele afirma que sofre com um violento abalo emocional, o que lhe obriga ao uso diário de remédios. Além disso, seu atual quadro de saúde mental é grave, com desenvolvimento de doença psiquiátrica. No processo, estão anexados laudos médicos que comprovam as sequelas.

O vigilante ainda destaca que não consegue mais manusear armas de fogo, o que considera como um trauma definitivo. O fato o impede de voltar a atuar na profissão de maneira armada, pois, como ele explicou, lhe traria grande sofrimento. Dessa forma, o homem entende que perdeu a capcidade de trabalhar de forma definitiva.

No dia 8 de fevereiro de 2019, um incêndio no Ninho do Urubu matou dez jovens jogadores das categorias de base do Flamengo que tinham entre 14 e 16 anos. São eles: Athila Paixão, Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique da Silva Matos, Rykelmo de Souz Vianna, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías.

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