Nosso Palestra
·01 de julho de 2025
VÍDEO | Médico do Palmeiras explica lesão de Paulinho e detalhes de nova cirurgia: ‘Fixação do osso’

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·01 de julho de 2025
Autor do gol da classificação do Palmeiras contra o Botafogo pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes, o atacante Paulinho terá que passar por nova cirurgia após a competição. A possibilidade havia sido antecipada pelo NOSSO PALESTRA e confirmada pelo treinador Abel Ferreira.
– Vou ser sincero, eu disse: foi para isso que ele veio. Jogar 15 minutos e resolver. Sabíamos que podemos contar com ele por 30 minutos. Após o Mundial precisará ser operado novamente. Sabíamos que seria importante. Saiu porque pediu para sair.
O Dr. Pedro Pontin, coordenador médico do Núcleo de Saúde e Performance explicou como será novo procedimento de Paulinho bem como todo processo de recuperação.
– O Paulinho é um atleta que chegou numa condição especial. Ele veio contratado de uma equipe que, ao longo do ano, diagnosticou uma reação de estresse no osso da perna, na tíbia. Foi constatado uma fratura de estresse e, ao longo da última temporada, ele jogou até acordo com o que já foi amplamente divulgado, com bastantes sintomas, com muitas limitações, e de maneira conjunta com o antigo departamento médico da equipe, foi planejado em se fazer um tratamento ao final dessa temporada.
– Ele foi operado, então, por essa equipe e nós recebemos o atleta com 15 dias de cirurgia e já com todas as informações necessárias em relação ao que ele havia passado e o procedimento que ele tinha sido submetido, para a gente dar sequência, então, ao processo de recuperação. A cicatrização, ela transcorreu de maneira esperada, dentro do prazo que a gente espera, que é de 3 a 4 meses, e após esse processo de cicatrização, é reintroduzido os trabalhos de treinamento, de fortalecimento, de recondicionamento físico e, por último, os trabalhos de treino em campo. Então, o atleta foi se sentindo muito bem, ele ia avançando de fase, até o ponto que ele começou a participar dos jogos e treinos com a equipe, ainda assim com uma carga bastante controlada, afinal de contas, mesmo tendo a liberação, ele precisava respeitar uma fase inicial, quando ele estivesse com a equipe, também de controle de carga e esse controle foi sendo feito.
– A comissão técnica, o próprio atleta, todos eles cientes e, conforme foi transcorrendo esse período de reintrodução aos treinos e jogos, o atleta, infelizmente, apresentou momentos de dor. Isso é um processo que pode acontecer numa situação como essa, por ser uma lesão grave, ela tem essa particularidade de você ter que ficar a todo momento manejando os sintomas e correlacionando com a carga recebida e a gente fez um planejamento para que ele pudesse participar do Campeonato Mundial com uma performance esperada para ele, porque é um atleta que a gente entende que tem um talento, uma qualidade técnica muito alta e que precisava também ter um físico para conseguir entregar esse resultado. Então durante a preparação, conciliando então todos esses fatores, a gente conseguiu trazê-lo para o Mundial numa condição em que a carga dele fosse controlada, estipulamos uma minutagem em que ele conseguia se sentir confortável para desempenhar o jogo e participar dos treinos.
– Então, infelizmente, mesmo com todo esse controle, as dores persistiram, então a gente entende que esses sintomas desgastam o atleta, limitam a performance, podem piorar cada vez mais. A gente entende que é um atleta que faz parte de um projeto de longo prazo, um atleta jovem, um atleta talentoso e explicamos para ele quais seriam as possibilidades de tratamento e obviamente o atleta entendendo tudo isso, optou-se então por fazer uma nova investida, um novo tratamento. Aqui a gente não quer que ele passe uma temporada se desgastando, se colocando em risco para fazer outros tipos de lesão quando o atleta joga nessas circunstâncias.
– Foi conversado novamente com o atleta, juntamente com a comissão técnica e chegou-se a conclusão de que o melhor a se fazer seria interromper essa fase, retroagir um pouco no tratamento para a gente fazer uma nova investida, uma nova cirurgia. Bom, o novo procedimento basicamente é uma fixação desse osso, a gente pretende usar um implante que ele seja resistente o suficiente para aguentar a nova carga que ele vai ser submetido posteriormente, agrega-se, junta-se a essa fixação o que a gente chama de enxerto ósseo que é um material do próprio corpo do atleta colocado no local da lesão e essa fixação então ela vai prover a estabilidade, vai deixar o osso com a maior estabilidade possível para aguentar então futuramente as cargas de treinos e jogos que o atleta será submetido.