Victor destaca bom ambiente no Atlético e vontade de manter Cuca para 2023 | OneFootball

Victor destaca bom ambiente no Atlético e vontade de manter Cuca para 2023 | OneFootball

Icon: Deus me Dibre

Deus me Dibre

·23 de setembro de 2022

Victor destaca bom ambiente no Atlético e vontade de manter Cuca para 2023

Imagem do artigo:Victor destaca bom ambiente no Atlético e vontade de manter Cuca para 2023

FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (23), na Cidade do Galo, o gerente de futebol do Atlético, Victor Bagy, fez uma análise sobre a temporada em andamento do Atlético, que passa por um momento de crise e instabilidade com as eliminações na Libertadores e Copa do Brasil, além da campanha ruim no Brasileiro. O dirigente fez críticas a conduta de parte da imprensa, lamentou o ambiente hostil que alguns jogadores foram expostos e ressaltou a ideia de ter o técnico Cuca em 2023.


Vídeos OneFootball


“Essa é uma preocupação de termos um nome para o técnico em 2023. O Cuca é o nome a ser mantido, não é segredo para ninguém, é o desejo do presidente e da diretoria. Inclusive o Cuca tem participado de reuniões para 2023, mas ainda não houve essa definição. Estamos buscando primeiramente definir com o Cuca, se ele permanece ou não, para depois seguir como o planejamento, mas hoje o Cuca é o nome em pauta para continuidade, porque conhece o clube, conhece o elenco, sabe onde a gente precisa evoluir, é o maior vitorioso dentro do Atlético e a gente defende a continuidade dele no clube”.

Com apenas duas vitórias nos últimos doze jogos, o diretor lembrou que a falta de resultados acaba culminando em especulações. Segundo ele, o “sensacionalismo” acaba estando presente por parte de alguns jornalistas para atrair mais engajamento.

“Quando os resultados não acontecem, muitas especulações surgem. A gente tem que ter cuidado com aquilo que a gente propaga, escuta e divulga, porque às vezes a gente percebe uma corrente, não estou generalizando, porque muitos jornalistas agem na linha do sensacionalismo, para conseguir seguidores e likes. É um sistema de autopromoção em vez de trabalhar com a verdade, porque sabemos que nem tudo que ouvimos é verdade”, disse.

Em relação ao ambiente de trabalho, Victor destacou que é saudável, profissional e de muita entrega por parte dos atletas:

“Nós temos um ambiente muito saudável, de amizade, muito profissional, no qual os jogadores trabalham exaustivamente. Se você pegar o dia a dia do clube, todos os jogadores já chegam uma hora antes para fazer o pré-treino. Isso mostra o compromisso. A gente sabe que o ambiente bom é o ambiente de vitórias. E é isso que a gente quer retomar”.

Nesta semana, a maior torcida organizada do Atlético intimidou o meia Matias Zaracho, que estava em uma noite de lazer com sua família, e ainda fez campanha em suas redes sociais para que o torcedor “denuncie” sempre que encontrar um jogador em algum evento. Victor criticou esse clima de hostilidade criado no futebol brasileiro e lembrou o caso do meia Willian, que saiu do Corinthians também por algo parecido:

“Infelizmente a gente vive em uma cultura do resultado, quando se ganha, tudo pode; ganha não ganha, nada pode. Acho que a gente tem que quebrar um pouco essa paradigma, sabendo que o atleta tem vida pessoal, vida social, tem família, e nada impede que, as coisas não caminhando bem em campo, ele tenha momentos de lazer, poder sair para jantar com sua família, encontrar os amigos, não vejo problema nenhum, desde que com responsabilidade, inclusive nas vitórias, desde que você não prejudique o clube com suas escolhas”.

Confira outros trechos:

Segundo o dirigente, a busca pela vitória é também uma forma dos jogadores terem tranquilidade na sua vida pessoal:

“Infelizmente, no futebol, a gente observa que você entra para vencer o jogo não para desfrutar, não é para dar alegria, é para ter paz. A gente vê exemplos de jogadores que voltaram ao Brasil, encontraram esse ambiente de hostilidade e que saíram, caso do Willian, do Corinthians. Então, isso é muito ruim quando você prega uma cultura de paz, um esporte como meio social e de lazer e a gente abomina esse tipo de situação”, lamentou.

Razões para queda de rendimento e uma campanha aquém do esperado no Campeonato Brasileiro:

“Tem coisas que temos certa dificuldade em explicar. Eu creio que nosso time sentiu muito a eliminação na Libertadores, porque a gente vinha fazendo bons jogos, inclusive contra o Palmeiras fizemos dois bons jogos, fomos na maior parte superiores e acabamos saindo nos pênaltis. A mobilização que se criou não só dentro do clube, mas da imprensa e torcida em cima da Libertadores gerou uma frustração muito grande que acabou gerando dificuldade para digerir e assimilar essa queda. Até hoje pagamos esse preço, temos atuado no sentido de resgatar esse padrão que tínhamos. Pela falta de resultados, a ansiedade acaba aparecendo evidente nos jogos, acaba que erramos nas tomadas de decisões, se desconcentrando por ansiedade. Hoje nosso trabalho é de resgate, sabemos o que esse grupo pode render, o torcedor também sabe, e a cobrança está em cima do que o grupo tem capacidade.”

Saiba mais sobre o veículo