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·18 de julho de 2025

Vice do Corinthians nega divergências internas sobre contrato do clube com marca de roupas

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  1. Por Fabio Luigi / Redação da Central do Timão

Na manhã desta sexta-feira, 18 de julho, o UOL Esporte publicou uma matéria citando que o contrato entre Corinthians e a empresa Braziline, firmado em setembro de 2024, estaria sendo motivo de divergências entre o vice-presidente do clube, Armando Mendonça, e departamentos da instituição.

A marca já repassou ao Corinthians R$ 1 milhão, divididos em quatro parcelas de R$ 250 mil, como garantia mínima. Porém, nenhum dos produtos que foram enviados pela empresa tiveram aprovações para venda até o momento. O portal divulgou em reportagem que os departamento de marketing, licenciamento e lojas fizeram apontamentos citando falhas nas peças, como má aplicação do escudo, acabamento irregular e ausência de validação da Nike, fornecedora de materiais esportivos do clube.


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Foto: José Manoel Idalgo/Agência Corinthians

Diante disso, no início de 2025, o departamento de marketing do Corinthians chegou a notificar os representantes da empresa para dar início ao processo de rompimento contratual – com aval da parte jurídica, seguindo a cláusula de aviso prévio de 90 dias. Fontes do mercado têxtil ouvidas pelo UOL Esporte indicaram que os produtos entregues não correspondiam aos que haviam sido aprovados, além de não virem com selo oficial.

Segundo o veículo o processo foi interrompido a pedido de Armando Mendonça, que teria dado a sugestão de que o Alvinegro liberasse a comercialização de parte dos produtos, o que teria acabado causando divergências. A Central do Timão entrou em contato com Armando Mendonça, que negou as divergências citadas na matéria do veículo e afirmou que há um alinhamento interno entre todos os departamentos do clube para que as melhores decisões sejam tomadas em prol da instituição.

“O Corinthians já se pronunciou sobre isso e deixou claro que não há divergência. Há um alinhamento interno de todos os departamentos para analisar a melhor decisão a ser tomada em prol da instituição, disse.

Procurado pelo UOL, o Corinthians se manifestou, através de nota, dizendo que o presidente em exercício, Osmar Stabile, também desconhece a suposta insistência de Armando Mendonça sobre o contrato com a marca de roupas.

“O presidente Osmar Stabile tomou conhecimento do tema nesta semana e pediu celeridade para a solução do caso. O presidente também desconhece a suposta insistência do vice-presidente Armando Mendonça e aguarda o parecer final dos profissionais envolvidos para tomar a melhor decisão para o Corinthians.”

Além disso, a atual diretoria afirmou que o contrato com a empresa Braziline foi assinado e aprovado pelo compliance do Corinthians ainda na gestão do presidente afastado Augusto Melo.

Ricardo Cobra, responsável pela intermediação do contrato com a marca de roupas, era o responsável pela análise técnica dos produtos. De acordo com o portal, o ex-funcionário do Alvinegro, demitido em agosto de 2024, passou a receber comissão por contratos em que não teve participação efetiva.

O Conselho Deliberativo do clube, inclusive, chegou a questionar as condições contratuais com o colaborador, principalmente pela falta de formalização e comissões acumuladas. Em relação ao contrato com a Braziline, Cobra pode faturar até R$ 550 mil, dos quais R$ 75 mil já teriam sido pagos.

“Contratado e desligado durante a gestão Augusto Melo, Ricardo Cobra possuía em contrato cláusulas que garantem o recebimento de comissionamento enquanto perdurarem os contratos das empresas que auxiliou na intermediação”, comentou o Corinthians ao portal.

Vice defende devolução de R$ 1 milhão

Armando Mendonça entende que o Corinthians deve reembolsar a Braziline R$ 1 milhão referentes à garantia mínima para que o acordo seja encerrado amigavelmente. Na último semana, o vice-presidente chegou a se reunir com os departamentos e estipulou o prazo até o último dia 17 de julho, quinta-feira, para que houvesse uma definição quanto ao pagamento.

Nesse contexto, o departamento de marketing do Corinthians se colocou disponível para antecipar receitas de outros contratos para que possa devolver à Braziline a quantia em questão. Mesmo assim, internamente, há um sentimento que o desejo de Mendonça vai na contramão dos pareces do setor jurídico.

“A participação do vice-presidente Armando Mendonça na condução do caso junto aos pares jurídico e de marketing do clube aconteceu na intenção de buscar a melhor solução, respeitando o que fora deliberado pelos departamentos responsáveis”, disse o Corinthians, em nota, ao UOL.

Versão da Braziline sobre encerramento do contrato com o Corinthians e referente à qualidade dos produtos

Carlos Nunes Mossi, diretor de Negócios da empresa, ao UOL

“A Braziline não recebeu nenhum comunicado do Corinthians a este respeito. Ficamos surpresos com esta pergunta, pois no início de 2024 a Braziline foi procurada pelo Corinthians para licenciamento. A negociação durou 9 meses e envolveu a apresentação de produtos, análises e projeções comerciais e financeiras. Depois de tudo aprovado, assinamos o contrato em setembro de 2024. Realmente, já pagamos R$ 1 milhão de garantia mínima, fizemos grandes investimentos para suportar o negócio e, diante disso, estamos tentando evitar a judicialização, principalmente em face do atual momento do clube.”

“A Braziline foi a pioneira no licenciamento de produtos de futebol e atua nesse mercado há mais de 30 anos. Atualmente é licenciada pelos maiores clubes do Brasil e do mundo, com constantes renovações de contrato e total transparência — essa é nossa maior credencial. Nossos produtos estão nas melhores e maiores lojas do Brasil. A qualidade não é subjetiva, mas um dado técnico: nosso índice de devolução é inferior a 1%. Logo, este questionamento não condiz com a verdade, é pura especulação”, comentou.

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